Adeus potência? Carros ficarão mais econômicos, mas com um preço a pagar

Escapamento, gases poluentes, Proconve

Desde o início de 2025, o Brasil adotou normas mais rigorosas para a emissão de poluentes por veículos novos. A medida faz parte da implementação do Proconve L8, que visa reduzir a poluição do transporte motorizado.

Essa mudança impactou diretamente as montadoras, que precisaram ajustar seus motores para atender às novas exigências.

O motor 1.3 turbo T270 da Stellantis, utilizado em modelos como Jeep Renegade e Fiat Toro, teve sua potência reduzida de 185 cv para 176 cv. Essa alteração visa o cumprimento das normas sem comprometer significativamente o desempenho do veículo.

A Hyundai também fez mudanças em suas linhas HB20 e Creta, ajustando o desempenho do motor 1.0 turbo, que agora proporciona 115 cv quando movido a gasolina.

Adaptações técnicas e impacto no consumo

Além das mudanças na potência, as montadoras também trabalharam para otimizar o consumo de combustível. Isso foi observado nos modelos HB20 e HB20S da Hyundai, que agora são mais econômicos.

O HB20S, por exemplo, apresenta uma redução de 2,4% a 6,1% no consumo, dependendo das condições de uso.

Os motores 1.0 aspirados da Hyundai também sofreram ajustes. O torque foi aumentado para 9,6 kgfm com gasolina, mantendo os 80 cv quando abastecido com etanol. Essas melhorias visam não apenas o cumprimento das novas normas, mas também oferecer uma melhor eficiência energética aos consumidores.

Redução de poluentes e impacto ambiental

As novas regras do Proconve L8 focam na limitação de óxidos de nitrogênio e gases orgânicos não metano. O etanol, principal responsável por essas emissões, requer atenção especial.

As adaptações nos veículos visam reduzir a emissão desses compostos, essenciais para proteger a camada de ozônio e reduzir o efeito estufa.

Um exemplo claro é o Hyundai HB20 aspirado, que agora emite menos NMOGs e óxidos de nitrogênio, cortando as emissões de monóxido de carbono pela metade. O sedã HB20S também mostra melhorias significativas, diminuindo suas emissões em até um terço, apontando um caminho para um ambiente mais limpo e sustentável.

Impacto na saúde e economia

Estudos anteriores indicaram que, sem limites rigorosos, cidades como São Paulo enfrentariam uma poluição 60% maior. Esse aumento resultaria em custos adicionais de saúde pública, estimados em R$ 1,3 bilhão.

As novas normas, portanto, representam um passo significativo não apenas para o meio ambiente, mas também para a saúde da população e para a economia do país.

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