Peixe invasor é encontrado em destino turístico na Bahia; espécie tem 18 espinhos e não tem predadores

Animal foi encontrado em Morro de São Paulo em expedição da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). Peixe-leão espécie invasora e venenosa é encontrada na Bahia
Um peixe invasor foi capturado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado em Morro de São Paulo, destino turístico baiano que fica na Ilha de Tinharé. De acordo com a secretaria, o Peixe-leão é altamente venenoso e pode causar desequilíbrio no ecossistema marinho.
De acordo com a secretaria, o Peixe-leão é nativo da região indo-pacífico e apareceu no Brasil pela primeira vez no ano de 2014, no Rio de Janeiro. A captura em Morro de São Paulo aconteceu em 14 de fevereiro deste ano e o animal foi levado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde passará por estudos.
“É um animal muito perigoso para o equilíbrio do ecossistema, por ser um peixe muito voraz e que se multiplica e cresce em taxas muito rápidas”, explicou o biólogo Eduardo Barros, da SEMA.
Confira algumas curiosidades sobre a espécie:
🐟 tem o corpo listrado de branco, vermelho, laranja, marrom e preto;
🐟 tem cerca de 18 espinhos;
🐟 pode crescer até 30 cm;
🐟 não tem predadores no Brasil;
🐟 pode consumir até 20 peixes em apenas 30 minutos;
🐟 se reproduz rapidamente e consegue colocar até 30 mil ovos de uma vez.
Apesar de ser venenoso, as substâncias existentes no Peixe-leão não são fatais para pessoas saudáveis. Ele pode causar dor local, enjoo e bolhas. Caso o banhista seja ferido, as recomendações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) são:
passar água quente no local afetado para dificultar a ação do veneno;
procurar atendimento médico o mais rápido possível para receber o tratamento adequado.
Em caso de pesca acidental, a recomendação é que ele não seja devolvido para a água. É necessário colocar o dedão dentro da boca do peixe e, com a outra mão, cuidadosamente cortar os espinhos.
Ainda de acordo com a Seman, serão feitas análises das rotas que possibilitaram a chegada do peixe na Bahia e a elaboração de um plano emergencial para contenção.
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