Suspeita de matar prima a facadas no PI é indiciada por feminicídio; vítima estava de costas quando foi atacada, diz delegada


De acordo com a investigação da polícia, as primas tinham uma relação conflituosa e discutiram momentos antes do crime. A suspeita está presa preventivamente. Mulher morta a facadas pela prima estava de costas quando foi atacada, diz polícia
Arquivo pessoal/Eric Souza/g1
Uma mulher identificada apenas como Juliana foi presa preventivamente suspeita de matar a prima, Leilane Maria dos Santos, de 33 anos, a facadas em um bar na Zona Leste de Teresina. O crime aconteceu em 4 de fevereiro de 2025. A suspeita foi indiciada por feminicídio (entenda o motivo abaixo).
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Segundo a delegada Nathalia Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima Leilane Maria foi atacada enquanto estava de costas no bar.
“[A suspeita] relatou que não teria sido à traição. As duas teriam discutido, a vítima teria tentado tirar a faca e, na luta, ela teria atingido a vítima. O que vai de encontro ao que foi relatado pelas testemunhas, que disseram de forma categórica que Leilane foi surpreendida por Juliana”, explicou a delegada ao g1.
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As testemunhas ouvidas afirmaram que Juliana esfaqueou a prima em várias partes do corpo, dentre as quais a artéria femoral, que fica na coxa. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde faleceu.
Conforme a delegada, a relação entre as primas era conflituosa. Em novembro de 2024, Leilane foi conduzida à delegacia após descumprir uma medida protetiva contra Juliana. No dia do assassinato, as duas discutiram na porta da casa de Leilane.
“Tentaram apaziguar, Leilane foi para o bar e Juliana ficou em casa. Minutos depois, em posse da faca, Juliana saiu na bicicleta à procura de Leilane e a encontrou”, contou a titular do Núcleo de Feminicídio.
Indiciada por feminicídio
A delegada explicou que o feminicídio ocorreu no contexto de violência familiar, já que a suspeita e a vítima eram primas. De acordo com ela, o fato de que Juliana é mulher não impede que ela responda pelo crime específico.
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Após indiciar a suspeita, o DHPP enviou o inquérito ao Ministério Público do Piauí (MPPI), que vai analisá-lo e decidir se oferece ou não uma denúncia criminal à Justiça.
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