Após 8 anos, jovem vai a júri por tentativa de homicídio em saída de boate no Olhos d’Água, em BH

A Justiça de Minas Gerais marcou para o próximo dia 27 de março o julgamento do engenheiro Rafael Batista Bicalho, de 28 anos, por tentativa de homicídio contra o hoje médico Henrique Figueiredo Papini de Morais. O júri aconteceu 8 anos depois do caso ocorrido em setembro de 2016, na saída da antiga boate Hangar 677, no bairro Olhos d’Água, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

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Durante o processo, outros dois réus foram inocentados. O quarto deve a tipificação do crime de tentativa de homicídio convertida para lesão corporal. Agora, familiares e amigos de Papini se mobilizam em uma campanha virtual para pedir a condenação de Bicalho. “Que ele seja condenado à pena significante ao ato absurdo que praticou e proporcional ao injusto penal”, diz trecho de comunicado do grupo.

Procurado pelo BHAZ, o advogado Zanone de Oliveira Júnior, defensor de Bicalho, explicou que a defesa não acredita na hipótese de tentativa de homicídio. O especialista tenta provar que o caso trata-se de lesão corporal.

“Analisamos todo o processo e não vislumbramos o dolo. Foi uma briga e confusão. Isso merece resposta, tanto que os envolvidos já ficaram presos. A vítima teve convalescência e melhorou. Não houve ali um dolo homicida, a intenção de matar. Temos um habeas corpus no STJ para afastar o dolo para que ele [Bicalho] possa responder pelo crime de lesão corporal, que tem graus como grave e gravíssima”, defendeu o advogado.

Relembre o caso

Henrique Papini, aos 22 anos, então estudante de medicina, foi espancado na saída da boate Hangar 677, no bairro Olhos d’Água, na região Oeste de BH. Testemunhas afirmaram que a vítima foi jogada no chão e atingida por vários socos e chutes, principalmente, na região da cabeça.

A investigação apurou que o crime foi motivado por ciúmes, já que Papini havia sido visto com a ex-namorada de Bicalho.

A vítima foi internada em estado grave e chegou a ficar em coma. O jovem ficou mais de 20 dias no hospital, com traumatismo craniano e na face. Dentre as sequelas causadas pelo ataque, Papini teve paralisia facial e surdez no ouvido esquerdo.

Papini se formou em medicina e fez especialização em anestesiologia.

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