Oportunidade Histórica: Renda fixa está mais lucrativa – Saiba como aproveitar

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O mercado de renda fixa está passando por um momento único, com a expectativa de alta do CDI e a Selic podendo chegar a 15,50% ao ano. Essa elevação nas taxas cria oportunidades raras de investimento, especialmente para quem busca alocações de longo prazo.

No entanto, especialistas alertam que, apesar dos rendimentos atrativos, é essencial avaliar os riscos, especialmente na escolha de títulos privados e fundos de crédito. Segundo Marcio Verri, CEO da Kinea Investimentos, e Marília Fontes, da Nord Investimentos, este é um momento de planejamento estratégico para investidores.

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Oportunidades na renda fixa com a alta do CDI

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Imagem: lovelyday12 / shutterstock.com

A expectativa de aumento da Selic cria um ambiente favorável para determinados investimentos de renda fixa. Segundo Marcio Verri, a atual abertura das taxas representa uma janela histórica, vista em apenas 3% do tempo nos últimos 20 anos.

Dentre as oportunidades mais promissoras, destacam-se:

  • NTN-Bs (Tesouro IPCA+): taxas de IPCA+ 7% a 7,5%, consideradas excelentes para investimentos de longo prazo.
  • Fundos listados isentos de IR: rendimentos de 10% a 11% + IPCA, uma chance rara para diversificação.
  • CDBs e LCIs/LCA: produtos com taxas mais elevadas, mas que exigem atenção ao risco de crédito dos bancos emissores.

NTN-B: uma chance para o longo prazo

Os títulos NTN-B (Tesouro IPCA+) são indicados para investidores que buscam proteger o poder de compra e garantir rendimentos reais. Atualmente, as taxas estão em um patamar elevado, tornando esses papéis atrativos para formação de patrimônio a longo prazo.

Segundo Marcio Verri, este é um momento ideal para investir pensando no futuro, já que é difícil encontrar essas taxas em períodos normais de mercado.

Fundos DI e o perigo do curto prazo

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Imagem: Ground Picture / Shutterstock.com

Dados da Anbima mostram que os Fundos DI foram os que mais cresceram nos últimos meses, já que acompanham a alta do CDI.

Apesar disso, Verri alerta que o investidor precisa reavaliar sua estratégia. Enquanto os Fundos DI oferecem liquidez e segurança, eles não capturam as melhores taxas disponíveis no mercado para ganhos expressivos no longo prazo.

Riscos da renda fixa: atenção ao crédito privado

Apesar das oportunidades, especialistas apontam um risco crescente no mercado de crédito privado. Marília Fontes, da Nord Investimentos, alerta para o aumento da oferta de títulos privados com taxas elevadas, muitas vezes emitidos por instituições com baixo rating de crédito.

Entre os principais riscos, destacam-se:

1. Crescimento rápido da carteira de crédito dos bancos

  • Alguns bancos dobraram sua carteira de crédito em um ano, aumentando a exposição ao risco.
  • Bancos menores podem ter dificuldade de captação, oferecendo CDBs com taxas muito altas.

2. CDBs e LCI/LCA com juros muito elevados

  • Normalmente, um CDB de um ano paga cerca de 110% do CDI.
  • Se um banco pequeno oferece 120% ou mais, pode indicar alto risco de crédito.

Como investir na renda fixa com segurança?

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Imagem: Anna Tarazevich/ Pexels

Para aproveitar a alta do CDI sem correr riscos desnecessários, especialistas recomendam algumas estratégias:

1. Diversificação da carteira

  • Misture títulos públicos, fundos isentos de IR e CDBs de bancos sólidos.
  • Evite concentrar investimentos em ativos de uma única instituição.

2. Avaliação do risco de crédito

  • Priorize bancos grandes e médios com boa classificação de risco.
  • Consulte agências de rating para verificar a solidez dos emissores.

3. Foco no longo prazo

  • Títulos IPCA+ com vencimentos longos podem garantir proteção contra a inflação.
  • Fundos isentos de IR podem ser ótimas opções para quem pensa no futuro.

4. Evite investir apenas por altas taxas

  • Rendimentos muito acima da média do mercado podem indicar risco elevado.
  • Pesquise sobre a saúde financeira do banco emissor antes de investir.

Conclusão

A alta do CDI abre excelentes oportunidades na renda fixa, especialmente para quem busca investimentos de longo prazo com taxas historicamente elevadas. NTN-Bs, fundos isentos de IR e CDBs bem selecionados podem oferecer ótimos retornos.

No entanto, é essencial ter cautela com o risco de crédito, evitando ativos de bancos menores sem avaliação de risco positiva. A melhor estratégia é diversificar a carteira, equilibrando segurança, rentabilidade e liquidez para aproveitar esse ciclo econômico favorável.

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