Gasolina caseira de óleo de cozinha: economia ou risco para o motor?

O aumento expressivo no preço da gasolina em algumas regiões, ultrapassando R$ 8, tem levado consumidores a buscarem alternativas para reduzir despesas.

Uma dessas soluções, amplamente divulgada nas redes sociais, é a chamada “gasolina caseira”. Esta mistura é feita a partir de óleo de cozinha reutilizado, prometendo aliviar os custos de abastecimento.

O conceito de “gasolina caseira” não é novo, tendo surgido na internet há alguns anos. Contudo, ganhou destaque devido às recentes flutuações de preço nos postos de combustível. Muitos se perguntam se essa opção é realmente uma solução viável ou se pode trazer prejuízos ao veículo.

Os perigos da gasolina caseira

Mistura de gasolina caseira é feita à base de óleo de cozinha reutilizado (Foto: Shutterstock)

Embora promova uma queima inicial, essa mistura pode trazer sérios problemas. Segundo Renato Romio, chefe da Divisão de Motores do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), o uso desse combustível alternativo pode ser extremamente prejudicial ao motor.

  • Componentes afetados

Ao introduzir a “gasolina caseira” no tanque, ocorre a formação de uma substância semelhante à “goma”. Esta substância afeta diversos componentes do veículo, incluindo a bomba de combustível, a linha de combustível, os bicos de injeção e o filtro.

  • Bomba de combustível;
  • Linha de combustível;
  • Bicos de injeção;
  • Filtro de combustível.

A substituição desses componentes torna-se inevitável, uma vez que os danos são, em muitos casos, irreparáveis.

Impacto ambiental do óleo usado

Além dos riscos mecânicos, o descarte inadequado do óleo de fritura representa um sério problema ambiental. Jogar óleo em pias e ralos causa entupimentos nas tubulações.

Além disso, descartar em córregos pode gerar poluição significativa. É essencial que o óleo usado seja destinado a pontos de coleta, onde pode ser reciclado adequadamente.

Portanto, apesar da tentação de economizar em tempos de preços elevados, a “gasolina caseira” não é uma solução viável nem segura. É crucial buscar alternativas sustentáveis e menos prejudiciais, tanto para o veículo quanto para o meio ambiente.

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