Falta de energia prejudica lojas da 25 de Março às vésperas do Carnaval; veja o que aconteceu

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A famosa região da 25 de Março, em São Paulo, conhecida por seu comércio popular movimentado, enfrenta sérios problemas de fornecimento de energia elétrica.

Desde a última quarta-feira (19), lojistas têm relatado constantes falhas no abastecimento de energia, o que tem gerado transtornos significativos, especialmente em uma época crucial para as vendas: a semana que antecede o Carnaval.

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O que aconteceu com a energia elétrica na região da 25 de Março?

Poste de energia elétrica à frente de um pôr do sol
Imagem: Cacio Murilo / Shutterstock.com

A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo, informou que a interrupção no fornecimento de energia foi causada pelo superaquecimento de um trecho da rede elétrica.

A empresa explicou que as altas temperaturas dos últimos dias sobrecarregaram o sistema, danificando os equipamentos da rede. Segundo a Enel, 116 clientes foram afetados pela falta de energia e, enquanto os reparos estavam em andamento, geradores foram fornecidos para minimizar os impactos.

No entanto, a situação descrita pela concessionária parece ser bem diferente da realidade vivida pelos lojistas da região. Muitos comerciantes estão insatisfeitos com a resposta da empresa, alegando que o fornecimento de energia não foi restabelecido dentro do prazo prometido, afetando o funcionamento de suas lojas e causando prejuízos financeiros.

Os impactos para os lojistas da 25 de Março

Para os comerciantes da 25 de Março, o timing da falha de energia não poderia ser pior. A área, que já tem um movimento intenso durante o ano todo, experimenta um aumento substancial nas vendas durante a semana que antecede o Carnaval, quando turistas e consumidores em busca de produtos populares se deslocam até a região.

Perda de mercadorias

Lojistas que dependem de refrigeração para a preservação de seus produtos sofreram perdas substanciais. Na Galeria Central, localizada na rua Comendador Afonso Kherlakian, um atendente contou que precisou descartar mercadorias perecíveis devido à falta de energia.

“A geladeira desligou e perdi todos os sorvetes”, lamentou. Embora a Enel tenha fornecido geradores, o equipamento só chegou na sexta-feira, dois dias após o início dos problemas. Antes disso, os comerciantes ficaram dependentes de geradores improvisados fornecidos pelos próprios prédios.

Impacto nas vendas

Em outra loja da Galeria Aurora, também situada na rua Afonso Kherlakian, a gerente Tamara relatou que o estabelecimento ficou fechado durante toda a quinta-feira, já que as portas eletrônicas não funcionavam sem eletricidade.

“Ficamos um dia inteiro sem abrir, e até agora não estamos conseguindo trabalhar direito por causa do barulho do gerador”, afirmou.

Ela mencionou também a falta de explicações da Enel, que, segundo ela, não forneceu uma previsão clara de quando o fornecimento de energia seria normalizado.

Elenildo, gerente de uma loja de vestuário, disse que, embora tenha conseguido abrir as portas, ainda assim perdeu vendas significativas. “Sem energia, o sistema não funciona, o ar-condicionado não liga e o calor é insuportável. E essa é a época do ano em que mais temos vendas”, lamentou.

A resposta da Enel

A Enel, por sua vez, se defende dizendo que o problema foi causado por um dano na rede elétrica, que exige a troca de cabos e outros equipamentos localizados nas galerias subterrâneas da região.

A concessionária declarou, em nota oficial, que está realizando os reparos necessários e trabalhando 24 horas por dia para restaurar o fornecimento de energia.

A empresa também reiterou que todos os 116 endereços afetados pela interrupção já estão operando normalmente, o que contrasta com as reclamações dos lojistas, que ainda enfrentam dificuldades.

Por que os lojistas estão insatisfeitos?

Indenização Enel pelo apagão
Imagem: Freepik

A principal queixa dos lojistas não é apenas a falta de energia, mas também a falta de comunicação clara por parte da Enel. Muitos comerciantes relatam que, ao entrarem em contato com a concessionária, não receberam informações sobre a natureza exata do problema nem sobre a previsão para a resolução.

A frustração é ainda maior considerando o impacto que as falhas têm nas vendas, justamente em um período de pico para o comércio da 25 de Março.

Comunicação inadequada

A comunicação da Enel foi criticada por não fornecer detalhes suficientes sobre os procedimentos de reparo, o que causou incerteza e angústia entre os lojistas.

O gerente Elenildo, por exemplo, mencionou que, apesar de diversas tentativas de contato, a concessionária não ofereceu nenhuma explicação satisfatória, apenas reiterando que as equipes estavam trabalhando para resolver o problema.

Perda de oportunidades de venda

Em uma época crucial para o comércio, como a semana que antecede o Carnaval, a falta de energia não apenas impede que os lojistas operem normalmente, mas também resulta em perdas de vendas.

O impacto é sentido principalmente pelos comerciantes que dependem de sistemas eletrônicos para registrar vendas ou de aparelhos como ar-condicionado para garantir o conforto dos clientes.

Além disso, a falta de energia afeta diretamente a imagem de empresas que não conseguem manter seus estabelecimentos funcionando adequadamente.

O que pode ser feito para evitar problemas futuros?

A situação de falhas no fornecimento de energia não é exclusiva da 25 de Março, mas é exacerbada pela alta concentração de estabelecimentos comerciais e pela grande dependência de eletricidade na região.

Para evitar problemas futuros, especialistas sugerem que a Enel invista em melhorias na infraestrutura elétrica, com a modernização dos sistemas e a adoção de tecnologias mais eficientes para a distribuição de energia, especialmente em áreas de grande concentração comercial.

Além disso, é essencial que a concessionária invista em uma comunicação mais clara e transparente com os consumidores, especialmente durante situações de crise, para que os lojistas possam se planejar e minimizar os impactos negativos em seus negócios.

O que esperar nas próximas semanas?

Quatro pessoas se divertindo em um Carnaval de rua.
Imagem: Kleber Cordeiro / shutterstock.com

Com o Carnaval se aproximando, espera-se que a situação na região da 25 de Março se normalize rapidamente, permitindo que os comerciantes retomem suas atividades com normalidade.

No entanto, os lojistas estão atentos a possíveis falhas futuras e à necessidade de melhorias tanto na infraestrutura elétrica quanto na comunicação da Enel.

Considerações finais

A interrupção no fornecimento de energia na região da 25 de Março, em São Paulo, revelou a fragilidade de um sistema que ainda depende de soluções temporárias, como geradores, para garantir o funcionamento das lojas.

A Enel, embora tenha se comprometido a solucionar o problema, precisa investir em uma comunicação mais eficaz com seus clientes e garantir que esse tipo de transtorno não se repita, especialmente em períodos de alta demanda, como o Carnaval.

Com as festividades se aproximando, é essencial que tanto a Enel quanto os lojistas encontrem uma solução definitiva para que o comércio da região possa operar sem mais interrupções, assegurando o mínimo de perdas para todos os envolvidos.

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