Drex e blockchain: como a tecnologia transforma o futuro da moeda digital no Brasil

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O Drex, a moeda digital do Brasil, promete ser uma revolução na forma como o país realiza transações financeiras. Trata-se de uma CBDC (Central Bank Digital Currency), uma versão digital do real brasileiro que integra a tecnologia blockchain, a mesma utilizada para criar o Bitcoin. O projeto é liderado pelo Banco Central do Brasil e visa não só criar uma moeda digital, mas também transformar a infraestrutura financeira do país.

Este artigo vai explorar os principais aspectos do Drex, sua relação com a blockchain, as diferenças em relação às criptomoedas e o futuro do projeto, que deverá ser lançado oficialmente em breve.

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O que é o Drex?

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Imagem: Freepik e Canva

O Drex é a versão digital do real brasileiro, que será controlado e regulamentado pelo Banco Central do Brasil. A proposta da CBDC (moeda digital do banco central) é oferecer uma alternativa digital ao dinheiro físico, permitindo que os cidadãos realizem transações financeiras de forma mais rápida, segura e eficiente. Ao contrário das criptomoedas, que são descentralizadas, o Drex será centralizado e terá seu valor atrelado ao valor do real 1:1.

Tecnologia por trás da CBDC brasileira

A tecnologia blockchain é a espinha dorsal do Drex. A blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que garante a segurança, transparência e descentralização das transações. No caso do Drex, a blockchain utilizada é uma rede permissionada (privada), onde apenas instituições financeiras autorizadas têm acesso. Isso significa que, ao contrário das blockchains públicas como a do Bitcoin, o Drex opera dentro de uma rede controlada e supervisionada pelo Banco Central.

A plataforma que está sendo usada para o desenvolvimento do Drex é a Hyperledger Besu, uma solução que é compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM). Durante a fase piloto, essa solução tem sido essencial para permitir a criação do real digital, incluindo a integração de contratos inteligentes (smart contracts). Esses contratos permitem automatizar processos financeiros de forma segura e transparente, sem a necessidade de intermediários.

Diferença entre Drex e as criptomoedas

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Imagem: rafapress / shutterstock.com

Embora o Drex utilize a tecnologia blockchain, ele se diferencia das criptomoedas em vários aspectos importantes:

Centralização x Descentralização

Enquanto as criptomoedas como o Bitcoin são descentralizadas, o Drex será centralizado. Isso significa que o Banco Central do Brasil controlará o valor do Drex e sua distribuição. As criptomoedas, por outro lado, não têm um emissor central e o preço pode ser influenciado por diversos fatores de mercado.

Valor estável x Volatilidade

Outro ponto crucial é que o Drex terá um valor atrelado ao real brasileiro, o que significa que sua valorização será estável e 1:1 com o valor do real. Já as criptomoedas apresentam uma alta volatilidade, podendo sofrer grandes flutuações em um curto período de tempo.

Objetivo

O Drex tem como principal objetivo a digitalização da economia brasileira e a criação de um sistema de pagamentos eficiente e seguro. Ele será usado principalmente para transações financeiras, enquanto as criptomoedas podem ser utilizadas como meio de troca, reserva de valor ou para tokenização de ativos.

Como o Drex e a tecnologia blockchain funcionam?

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Imagem: Freepik e Canva

A blockchain utilizada no Drex é baseada no Hyperledger Besu, uma solução desenvolvida para permitir a criação de blockchains permissionadas. Isso significa que o acesso à rede é restrito a instituições financeiras autorizadas, garantindo que o sistema seja seguro e controlado.

Contratos Inteligentes (Smart Contracts)

A utilização de contratos inteligentes é uma das funcionalidades mais poderosas da tecnologia blockchain. Eles permitem automatizar processos financeiros, como a execução de transações, pagamentos e até a criação de novos produtos financeiros, sem a necessidade de intermediários. No caso do Drex, esses contratos serão utilizados para facilitar operações bancárias, como transferências entre contas e pagamentos de serviços.

Rede Permissionada e Nós Validadores

A rede permissionada do Drex é composta por nós validadores, que são instituições financeiras parceiras do projeto. Esses nós são responsáveis por validar as transações e garantir a integridade e a segurança do sistema. Com a tecnologia blockchain, todas as transações realizadas no Drex serão registradas de forma imutável e transparente, evitando fraudes e erros.

Desenvolvimento final do Drex

O projeto do Drex já entrou em sua fase piloto, com o primeiro teste de sua CBDC ocorrendo em março de 2023. Durante essa fase, mais de 500 transações foram realizadas entre 11 instituições financeiras que participaram do teste. O projeto tem como objetivo entrar em operação gradualmente até o final de 2025, com uma previsão de lançamento oficial para o ano seguinte.

O Banco Central do Brasil tem trabalhado ativamente para aprimorar o sistema de pagamentos baseado no Drex e garantir que a tecnologia seja segura, eficiente e escalável. O Drex pode ajudar a digitalizar a economia brasileira, trazendo mais eficiência e segurança para as transações financeiras no país.

O que podemos esperar do Drex no futuro?

Com o lançamento do Drex, o Brasil se torna um dos primeiros países a adotar uma CBDC com blockchain como sua tecnologia subjacente. A digitalização da economia brasileira será um dos principais benefícios dessa moeda digital, permitindo transações mais rápidas, seguras e acessíveis.

Além disso, o Drex pode servir como base para o desenvolvimento de novos produtos financeiros e soluções inovadoras no futuro, aproveitando as vantagens da blockchain e dos contratos inteligentes. A integração com o mercado de DeFi (finanças descentralizadas) pode abrir novas oportunidades para empresas e consumidores, criando um ecossistema financeiro mais inclusivo e eficiente.

Conclusão

O Drex representa uma mudança importante na forma como o Brasil realiza transações financeiras. Ao integrar a tecnologia blockchain e os contratos inteligentes, a moeda digital do Banco Central promete revolucionar o sistema financeiro do país, trazendo maior segurança, eficiência e acessibilidade para as transações. O projeto do real digital tem tudo para transformar a economia brasileira, posicionando o país como líder na adoção de tecnologias financeiras inovadoras.

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