Caso Stefany: Pastor tinha ‘viagra’ na carteira; acusado foi indiciado

O pastor João das Graças Pachola, de 54 anos, foi indiciado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver no inquérito que investigou o assassinato de Stefany Vitória, de 13 anos. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta terça-feira (25). A pena pode chegar a mais de 40 anos de prisão.

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De acordo com o delegado Marcus Vinícius Rios, responsável pela investigação, o pastor confessou o crime no momento em que foi detido, mas se manteve em silêncio durante o depoimento oficial. Além disso, no dia da prisão, os policiais encontraram uma pílula para disfunção erétil na carteira do acusado.

“Foi encontrado nos seus pertences um medicamento para disfunção erétil, o que é mais um elemento que nos faz entender que as intenções do investigado em relação à Stefany eram as piores”, pontua.

“Uma vez que é relatado nos autos que a relação conjugal dele já estava desfeita, não haveria uma outra explicação para ele naquele dia estar portando esse tipo de medicamento, então o que se entende é que alguma intenção sexual ele tinha no dia dos fatos”, completa.

Stefany Vitória Teixeira Ferreira desapareceu após sair de casa no último dia 9 para ir até a casa de uma amiga, mas nunca chegou ao destino. Segundo levantamentos da Polícia Civil, o pastor encontrou a menina no meio do caminho e se ofereceu para levá-la até o local. O corpo da garota foi encontrado dois dias depois em um “monte de oração” com sinais de violência.

Mesmo com a suspeita da polícia, a tese ainda não foi confirmada por exames laboratoriais, que ainda estão em análise no Instituto Médico Legal. De acordo com o delegado, a demora é explicada pela natureza complexa dos exames. Ainda não há prazo para liberação dos laudos.

“No dia da prisão, o comportamento dele se restringiu a apresentar como justificativa o fato de, segundo ele, ela ter lhe dado um tapa no rosto. Ele não fala exatamente o motivo desse tapa, e diz que a teria esganado, por que ficou com raiva e depois disso só toca em uma coisa: ‘eu não encostei nela’. Ele estava muito preocupado em se desvincular de um crime sexual”.

Corpo é encontrado em ‘monte de oração’

O corpo da adolescente Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos, foi encontrado em um “monte de oração” localizado em Ribeirão das Neves.

De acordo com a delegada Ingrid Estevam, chefe da chefe da Divisão Especializada de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), a menina tentou fugir do agressor antes de ser morta. “Nós recebemos denúncias de que um casal teria visto um carro entrando na Lagoa do Tijuco, e que o motorista teve uma atitude suspeita. Eles perceberam que uma menor havia se jogado da porta traseira do veículo, mas o motorista imediatamente desce e coloca a Stefany de volta no veículo com toda a força”, descreve.

Ainda de acordo com a delegada, a versão das testemunhas juntamente com os dados da placa do carro foram fundamentais para a localização do suspeito.

“Percebendo que tinha pessoas ali, que não passaria despercebido, ele deu ré e seguiu para outro local, que provavelmente é onde localizamos o corpo. Ali é um local conhecido como monte de oração, então com toda a certeza por ele ser pastor, ele conhecia a região, os horários e dias que estaria mais deserto para ele poder agir”, continou.

Últimos passos

Stefany Vitória Teixeira Ferreira saiu de casa na tarde do último domingo (9) para ir até a casa de uma amiga, mas nunca chegou ao destino. Segundo levantamentos da Polícia Civil, o pastor João das Graças Pachola, de 54 anos, encontrou a menina no meio do caminho e se ofereceu para levá-la até o local.

Aos policiais, o homem confessou ter matado a garota e disse que o crime foi motivado por um tapa que ela deu no rosto dele. As autoridades não descartam a possibilidade de violência sexual, que só pode ser comprovada após a publicação dos laudos do Instituto Médico Legal.

Durante as diligências, a polícia foi até o local onde a menina tentou escapar das mãos do homem. “Deslocamos para esse local onde ele teria estado com a Stefany. Chegando lá, nós encontramos um mato abaixado, que seria exatamente o local onde ela teria caído após se jogar do carro. E encontramos também um chinelo branco com uma bandeira do Brasil. Perguntamos aos familiares qual o chinelo ela estaria usando no dia que saiu de casa. Eles nos enviaram uma foto e infelizmente era o mesmo chinelo que encontramos naquele local”, afirma Estevam.

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