Nubank deixa de ser o banco mais valioso da América Latina

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O Itaú Unibanco voltou a ser o banco mais valioso da América Latina após uma forte queda de 15% nas ações do Nubank na última sexta-feira (21 de fevereiro de 2025). Essa reviravolta reposicionou o Itaú à frente do Nubank no ranking dos bancos mais valiosos da região.

Até sexta-feira, o valor de mercado do Itaú era de US$ 52,9 bilhões (aproximadamente R$ 303 bilhões), enquanto o Nubank registrava US$ 51,6 bilhões (aproximadamente R$ 295 bilhões), de acordo com dados de Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.

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Imagem: Divulgação/ Nubank

Os bancos no ranking das empresas mais valiosas da América Latina

Com a queda do Nubank, o Itaú se consolidou como a terceira empresa mais valiosa da América Latina, ficando atrás apenas do Mercado Livre e da Petrobras. Confira o ranking das dez maiores empresas em valor de mercado:

  1. Mercado Livre – US$ 114,6 bilhões
  2. Petrobras – US$ 91,8 bilhões
  3. Itaú Unibanco – US$ 52,9 bilhões
  4. Nubank – US$ 51,6 bilhões
  5. Walmart de México – US$ 48,3 bilhões
  6. América Móvil – US$ 45,1 bilhões
  7. Vale – US$ 43,5 bilhões
  8. GMexico – US$ 39,7 bilhões
  9. Weg – US$ 39 bilhões
  10. Fomento Econômico Mexicano – US$ 36,9 bilhões

A ascensão e a queda do Nubank no mercado financeiro

O Nubank viveu um período de ascensão meteórica ao longo de 2024. Em maio de 2024, o banco digital se tornou o banco mais valioso da América Latina, superando o Itaú pela primeira vez, após um lucro de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre do ano, um aumento de mais de 160%.

Na época, o Nubank atingiu um valor de mercado de R$ 297 bilhões, contra R$ 288 bilhões do Itaú.

Expansão no número de clientes e liderança temporária

Além da valorização financeira, o Nubank também ultrapassou o Itaú em número de clientes. Segundo o Banco Central do Brasil (BC), no último trimestre de 2024, o banco digital possuía 100,8 milhões de clientes, enquanto o Itaú contava com 98,5 milhões.

Esse marco tornou o Nubank o terceiro maior banco em número de clientes no Brasil, atrás apenas da Caixa Econômica Federal (154,2 milhões) e do Bradesco (109,1 milhões).

O que levou à queda nas ações do Nubank?

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Imagem: Freepik e Canva

A forte queda nas ações do Nubank foi motivada pela divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, feita na última quinta-feira (20 de fevereiro de 2025).

Os números mostraram um crescimento da receita total para quase US$ 3 bilhões, representando:

  • Aumento de 2% em relação ao trimestre anterior;
  • Crescimento de 28% em comparação ao mesmo período de 2023.

Porém, o mercado reagiu negativamente ao lucro estagnado em US$ 553 milhões, igual ao terceiro trimestre de 2024, apesar de um crescimento anual de 53%.

O impacto da margem financeira líquida do Nubank

O principal fator de preocupação para os investidores foi a redução da margem financeira líquida, um indicador fundamental para medir a capacidade de lucro do banco.

  • No terceiro trimestre de 2024, a margem era de 18,4%;
  • No quarto trimestre, caiu para 17,7%.

Essa queda indica um aumento nos custos e despesas do banco, reduzindo a capacidade de geração de lucro e preocupando o mercado.

Análise do mercado: XP Investimentos avalia cenário do Nubank

Apesar da queda nas ações, a equipe da XP Investimentos avaliou que o Nubank teve um trimestre sólido, mas ligeiramente abaixo das expectativas do mercado.

Segundo os analistas da XP:

“O Nubank registrou outro trimestre sólido, embora ligeiramente abaixo de nossas expectativas, refletindo uma dinâmica de crescimento mais lenta.”

A instituição destacou que, apesar da redução na margem financeira, o banco segue com bons fundamentos de longo prazo.

O que esperar do Itaú e do Nubank nos próximos meses?

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Imagem: Freepik/Edição: Seu Crédito Digital

A queda do Nubank e a recuperação do Itaú demonstram a volatilidade do setor bancário na América Latina. Enquanto o Nubank segue expandindo sua base de clientes e inovando no setor digital, o Itaú mantém sua solidez e confiança do mercado tradicional.

A disputa pelo posto de banco mais valioso da América Latina ainda pode ter novos capítulos nos próximos meses, conforme os investidores avaliarem os impactos das margens de lucro e da estratégia de crescimento das instituições.

Para os acionistas e investidores, o cenário exige atenção às próximas divulgações financeiras, que poderão redefinir o ranking dos bancos mais valiosos da região.

Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

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