Drex e Banco Central: projeções futuras e lançamento

Drex

O Banco Central (BC) divulgou o relatório técnico da primeira fase do projeto-piloto do Drex, o real digital. O documento detalha os testes realizados para avaliar a viabilidade da plataforma, destacando avanços na digitalização do sistema financeiro. Os resultados indicam que a tecnologia funciona, mas há desafios a serem superados, como a necessidade de aprimorar a segurança, a privacidade e a proteção de dados.

O Drex tem o potencial de modernizar transações bancárias, simplificar processos e impulsionar a economia digital no Brasil.

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O que é o Drex e como ele funciona?

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Imagem: Freepik e Canva

O Drex é a versão digital do real, desenvolvido pelo Banco Central para modernizar o sistema financeiro brasileiro. Diferente das criptomoedas, que operam de forma descentralizada, o Drex será controlado pelo BC e terá sua emissão regulamentada.

Objetivos do Drex

  • Facilitar transações digitais entre pessoas e empresas.
  • Modernizar processos burocráticos, como compra e venda de bens.
  • Integrar novas tecnologias ao sistema financeiro nacional.
  • Aumentar a segurança e a rastreabilidade das transações.

Com o Drex, espera-se uma revolução no setor financeiro, permitindo que operações complexas sejam realizadas de forma instantânea e segura.

Detalhes do relatório do Banco Central

A primeira fase do teste foi realizada em um ambiente isolado, onde consórcios participantes e o próprio Banco Central simularam transações para avaliar a segurança do Drex.

Como os testes foram conduzidos?

Para garantir um ambiente seguro e próximo à realidade, foram criados usuários fictícios e simulações de transações financeiras reais. Além disso, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) participou dos testes, facilitando a emissão de Títulos Públicos Federais Tokenizados.

Os testes foram feitos com três tipos de tokens:

  1. Drex de Atacado – utilizado para transações entre instituições financeiras.
  2. Drex de Varejo – versão destinada ao uso pelo público em geral.
  3. Títulos Públicos Tokenizados – ativos digitais do Tesouro Nacional.

Durante o período de simulação, foram realizadas:

  • 1.263 operações com títulos públicos.
  • 420 transações utilizando o Drex de Atacado.
  • 5.500 transações com o Drex de Varejo, incluindo transferências entre bancos.
  • 1.700 operações de queima de tokens, para avaliar a eficiência do sistema.

Os resultados foram positivos, mas desafios importantes foram identificados.

Principais desafios apontados no relatório

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Imagem: rafapress / shutterstock.com

O relatório técnico destacou algumas questões que precisam ser aprimoradas antes da implementação definitiva do Drex. Entre elas:

Melhoria na anonimização de dados

A privacidade dos usuários ainda precisa de ajustes para garantir que as informações não sejam acessadas sem autorização.

Aperfeiçoamento do controle de tokens

A tecnologia utilizada para gerenciar os tokens do Drex precisa ser refinada para evitar problemas de duplicação ou erro na contabilização.

Ampliação da programabilidade

Os desenvolvedores trabalham para tornar o Drex mais flexível, permitindo a inclusão de regras automatizadas em transações digitais.

Integração com normas regulatórias

O Banco Central precisa adaptar o Drex ao arcabouço regulatório existente, garantindo que sua implementação ocorra sem conflitos com a legislação financeira.

Segurança e privacidade

A segurança dos dados dos usuários e das transações precisa ser reforçada para evitar fraudes e vazamento de informações.

Potenciais benefícios do Drex para o Brasil

Apesar dos desafios, o Drex pode trazer diversas vantagens para a economia brasileira.

Facilidade na concessão de crédito

Com transações mais rápidas e seguras, a obtenção de crédito poderá ser simplificada, beneficiando consumidores e empresas.

Redução da burocracia em transações imobiliárias

A compra, venda e transferência de imóveis poderão ser feitas digitalmente, sem a necessidade de cartórios físicos.

Modernização dos cartórios

A digitalização de documentos e contratos poderá reduzir custos e acelerar processos burocráticos.

O que esperar da segunda fase do piloto Drex?

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Imagem: Freepik e Canva

Com a conclusão da primeira fase, o Banco Central já iniciou a segunda etapa de testes, selecionando metade das 101 propostas recebidas. Nesta fase, o foco será:

  • Implementação de melhorias na privacidade e segurança.
  • Testes mais aprofundados com instituições financeiras.
  • Aprimoramento da tecnologia e da integração regulatória.

Segundo André Carneiro, CEO da BBChain, a nova fase trará avanços inéditos para o setor financeiro.

Conclusão

O Drex é um projeto inovador que pode transformar o sistema financeiro brasileiro. Os primeiros testes confirmaram sua viabilidade, mas ajustes são necessários para garantir segurança e privacidade. O Banco Central seguirá com a fase dois do piloto, aprimorando a tecnologia antes de seu lançamento oficial.

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