Anatel, Huawei e Softex apresentam tendências e oportunidades de monetização com o 5G-A no Brasil

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Barcelona, Espanha.- O avanço da conectividade móvel no Brasil ganhou um novo capítulo com a publicação do whitepaper sobre o 5G-Advanced (5G-A), divulgado durante o MWC 2025, numa parceria entre Huawei, Anatel e Softex.

O documento, assinado pelo conselheiro Vinicius Caram, traça um panorama detalhado sobre a evolução da tecnologia 5G no país e as perspectivas para a adoção dessa próxima etapa da quinta geração de redes móveis.

Segundo o estudo, o Brasil superou as metas estabelecidas no leilão do 5G em 2021 e já cobre 69% da população com a tecnologia. Agora, o foco se volta para a implantação do 5G-A, baseado no padrão Release 18 do 3GPP, que promete melhorias significativas em capacidade, baixa latência, mas principalmente em eficiência energética, além da integração com soluções de inteligência artificial (IA).

Este avanço coloca o país na segunda onda de mercados aptos a adotar a tecnologia, após as operadoras brasileiras já terem realizado seus testes, combinando diferentes faixas de espectro em 2024, acompanhando experiências já em curso na China e no Oriente Médio.“

É mandatório avançarmos e evoluirmos, inclusive explorando novos espectros que serão usados pelo 5.5G e pelo 6G”, disse Caram.

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“Quando falo de 5G, estou falando de slicing, novas soluções e modelos de negócios que monetizam a tecnologia. Sabemos que, no geral, as operadoras nem subiram o preço para o consumidor final com o 5G. O Advanced traz modelos que permitem essa monetização, especialmente em Smart Cities e setores econômicos verticais”, explicou.

Tendências

O documento destaca seis tendências globais que impulsionam a evolução do 5G-A. Entre elas, estão a mudança da monetização baseada no volume de dados para planos tarifários diferenciados por experiência de uso, o crescimento da IA generativa na produção de conteúdo e a digitalização de indústrias que exigem redes mais robustas.

No Brasil, a expansão das redes privativas B2B e do mercado de Internet das Coisas (IoT) — que cresce a 20% ao ano — também são apontadas como impulsionadores da nova tecnologia que nasceu para esse propósito.

Apesar dos avanços, os desafios ainda precisam ser superados para viabilizar a adoção do 5G-A no país. O estudo aponta a necessidade de harmonização do espectro, regulação de critérios para identificação da nova tecnologia e ampliação da disponibilidade de dispositivos compatíveis.

O estudo sugere que com a chegada do 5G-A, as operadoras brasileiras devem explorar novas oportunidades de monetização, como planos premium para influenciadores digitais e motoristas de aplicativo, além de expandir a internet fixa via 5G para regiões sem infraestrutura de fibra óptica. Também destaca-se o potencial do 5G-A para aumentar a eficiência operacional das redes, utilizando IA e machine learning para otimização energética e prevenção de falhas.

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