Huawei: melhor momento das teles brasileiras migrarem para 5,5G é agora

Ana Paula Lobo, de Barcelona

O momento das teles brasileiras migrarem para o 5,5G é agora, recomenda White paper feito pelo Softex, com prefácio do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, em parceria com a Huawei, e lançado no Mobile World Congress, em Barcelona.

O estudo faz recomendações efetivas como a realização do leilão da faixa de 6GHz – ou de 700 Mhz da faixa, até então destinada integralmente ao Wi-Fi – em 2026 (como aliás está no cronograma da Anatel), sendo que esse leilão deve ser não arrecadatório e alinhado com políticas públicas; sugere incluir o 5G A nos planos de infraestrutura de 2025 a 2030 e ações de fomento para a atualização da rede para o release 18 nas operadoras (jhoje as teles estão no release 17).

O release 18 promete melhorias significativas em capacidade, baixa latência, mas principalmente em eficiência energética, além da integração com soluções de inteligência artificial (IA). O 5,5G também traz a promessa de velocidades mais altas, com downlink de 10 Gb/s e uplink de 1 Gb/s.

O levantamento apresenta ainda seis tendências que impulsionam a evolução do 5G-A: monetização da experiência, onipresença da IA, novos cenários B2B, crescimento de dispositivos conectados, necessidade de operações autônomas e foco em economia de energia.

No Brasil, reforça o estudo, o 5G-A oferece quatro oportunidades de receita: mercados baseados em experiência, novos serviços baseados em IA, redes privadas B2B e dispositivos conectados. Operacionalmente, a autonomia e eficiência energética são áreas chave.

Outro mercado que ganha impulso com o 5,5G – que já foi testado por todas as operadoras brasileiras no ano passado – é o da banda larga móvel fixa, a FWA, em especial, em regiões mais remotas aonde a fibra não chega. A inteligência artificial também é um forte impulsionador para a migração.

“Os países estão repensando suas estratégias e estão avançando para o 5G A para explorarem o potencial da IA, em especial na China e no Oriente Médio”, afirmou Carlos Roseiro, diretor de Marketing ICT da Huawei do Brasil.

Presente ao lançamento do White Paper, o conselheiro substituto da Anatel, Vinícius Caram, lembrou que o 5G já está presente em mais de 1000 cidades brasileiras com uma cobertura, média, de 40%. “A evolução do 5G permitirá novas aplicações, em especial, no mercado corporativo e nos permitirá uma redução no consumo de energia” frisou o analista.

No Brasil, o espectro 5G está distribuído principalmente nas faixas de 2,3 GHz e 3,5 GHz, com extensões no mmWave (26 GHz). As operadoras nacionais obtiveram até 100 MHz em 3,5 GHz e entre 40 e 50 MHz em 2,3 GHz. O white paper sugere que as partes interessadas discutam critérios para a exibição do logotipo 5G-A, promovendo transparência e educação no mercado.

Ana Paula Lobo viajou a Barcelona a convite da Huawei do Brasil

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