Bancos vão cobrar 25% por dia no PIX por aproximação? Veja a verdade!

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Em janeiro de 2025, a Receita Federal implementou uma nova fiscalização sobre as transações feitas via Pix, exigindo que instituições financeiras notifiquem o órgão sempre que uma pessoa física realizar transações acima de R$ 5 mil mensais. Para pessoas jurídicas, o limite é de R$ 15 mil por mês.

Essa medida tem gerado discussões nas redes sociais e levantado dúvidas sobre a possibilidade de uma nova taxação sobre o Pix, mas na realidade, não se trata de um novo imposto, e sim de um controle mais rígido para evitar a sonegação fiscal e garantir maior transparência nas movimentações financeiras.

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O que está sendo fiscalizado?

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Imagem: rafapress/shutterstock.com

As novas regras se aplicam especificamente às transações realizadas via Pix que ultrapassam os R$ 5 mil mensais no caso de pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. O objetivo não é tributar essas transações, mas sim coletar informações sobre elas, permitindo à Receita Federal monitorar os fluxos financeiros e detectar eventuais irregularidades. A mudança se aplica tanto a transações realizadas por bancos tradicionais quanto a operações feitas por fintechs, como bancos digitais e aplicativos de pagamento.

Por que a Receita Federal decidiu fiscalizar as transações Pix?

A principal motivação por trás dessa fiscalização é o aumento da necessidade de monitoramento financeiro, especialmente em um momento em que as transações digitais se tornaram ainda mais populares. O Pix, sendo um meio de pagamento instantâneo e amplamente utilizado, tem se mostrado um meio eficaz de movimentação de valores. Contudo, isso também aumenta a possibilidade de fraudes fiscais, evasão de impostos e sonegação. A Receita Federal, portanto, busca garantir que todas as movimentações financeiras sejam devidamente informadas e, consequentemente, tributadas de forma correta.

Como será feita a fiscalização?

A fiscalização será realizada por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já é utilizado por instituições financeiras para o envio de dados à Receita Federal. A mudança estabelece que qualquer transação que ultrapasse o limite estabelecido será automaticamente notificada à Receita. Vale ressaltar que, embora a Receita Federal receba essas informações, ela não tem acesso ao conteúdo das transações, ou seja, ela não saberá exatamente quem enviou ou recebeu o dinheiro. O controle é realizado com base no valor movimentado, e não nos detalhes da transação.

Como isso afeta você?

Em termos práticos, a fiscalização de transações via Pix não deverá afetar diretamente a maioria dos cidadãos. As pessoas físicas que realizarem transações acima de R$ 5 mil mensais terão suas movimentações notificadas à Receita, mas isso não implica em uma taxação ou em uma mudança na forma como o Pix funciona. Na realidade, a mudança busca aumentar a fiscalização sobre grandes movimentações financeiras, ajudando a identificar inconsistências no preenchimento do Imposto de Renda e outras questões fiscais.

Mitos sobre as mudanças no Pix

Uma das dúvidas mais comuns nas redes sociais é sobre a suposta taxação do Pix. Muitas pessoas pensaram que as novas regras significariam uma nova forma de tributo sobre o uso do Pix. No entanto, isso não é verdade. As alterações não criam novos impostos sobre as transações realizadas por meio do Pix.

Outro mito que circulou nas redes sociais foi de que a Receita Federal teria acesso aos dados das transações, como o remetente e o destinatário. Na realidade, a Receita só terá acesso aos valores movimentados e não às informações pessoais dos envolvidos.

Verdades sobre as mudanças no Pix

A verdade é que as novas regras do Pix são uma maneira de melhorar o controle fiscal no Brasil. As transações acima de R$ 5 mil serão apenas monitoradas e notificadas à Receita Federal, mas não haverá nenhum imposto adicional sobre essas movimentações.

Além disso, o objetivo da mudança é melhorar a coleta de dados e facilitar a fiscalização de transações financeiras, garantindo mais transparência e ajudando na luta contra a evasão fiscal.

E as pessoas jurídicas?

No caso das pessoas jurídicas, o limite de movimentação mensal que aciona a notificação para a Receita Federal é de R$ 15 mil. Empresas que realizarem transações acima desse valor também terão suas operações monitoradas. Da mesma forma que ocorre para pessoas físicas, isso não implica em uma nova taxação, mas sim no aumento da transparência e da fiscalização das transações.

Como as fintechs e bancos digitais se encaixam nesse novo cenário?

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Imagem: Wright Studio / shutterstock.com

As novas regras também afetam as instituições financeiras não tradicionais, como bancos digitais e fintechs. Esses serviços de pagamento que se tornaram populares nos últimos anos também precisam seguir as mesmas regras que bancos tradicionais e cooperativas de crédito, ou seja, devem informar à Receita Federal todas as transações feitas por pessoas físicas que superem o limite de R$ 5 mil mensais.

A evolução do controle fiscal no Brasil

A introdução da fiscalização das transações do Pix é uma evolução do sistema de controle fiscal já existente no Brasil. Desde 2003, a Receita Federal já monitorava as operações realizadas por meio de cartões de crédito, por meio da Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred). A mudança para o sistema atual, chamado e-Financeira, permite a coleta de dados de um maior número de operações financeiras, incluindo aquelas realizadas via Pix.

O que isso significa para o Imposto de Renda?

Uma das principais razões pelas quais a Receita Federal quer monitorar as transações de grande valor via Pix é garantir que as informações financeiras dos cidadãos estejam corretas no momento do preenchimento do Imposto de Renda. Caso haja discrepâncias entre os valores transferidos via Pix e o que foi declarado na declaração de Imposto de Renda, a Receita poderá identificar possíveis fraudes ou erros.

Conclusão

Em resumo, a fiscalização das transações realizadas via Pix acima de R$ 5 mil mensais não representa um novo imposto, mas sim uma estratégia para melhorar o controle sobre as movimentações financeiras no Brasil. Essa medida visa garantir maior transparência nas transações financeiras, combater fraudes fiscais e tornar mais fácil para a Receita Federal identificar inconsistências durante o processo de preenchimento do Imposto de Renda.

Embora a mudança tenha gerado confusão, principalmente nas redes sociais, é importante que os cidadãos compreendam que o objetivo não é tributar ou penalizar quem faz transações via Pix, mas sim monitorar as grandes movimentações financeiras para garantir a conformidade fiscal.

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