Ronaldinho Gaúcho volta ao mercado cripto com nova moeda após negar fraude

Ronaldinho Gaúcho em ambiente de carnaval

Neste fim de semana, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, uma das maiores lendas do futebol mundial, anunciou oficialmente a criação de sua própria criptomoeda: o $STAR10. A moeda digital foi apresentada como uma forma de consolidar sua imagem como um ícone global e oferecer uma plataforma inovadora para seus fãs e investidores.

Porém, o lançamento não passou despercebido, e o projeto logo se viu envolvido em uma polêmica relacionada à segurança. No momento da divulgação, foi identificado um risco grave que poderia permitir aos desenvolvedores “queimar” os tokens dos investidores a qualquer momento, causando grandes prejuízos para quem comprasse a moeda.

Este alerta foi feito por Changpeng Zhao (CZ), fundador da Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo. Em resposta, os desenvolvedores do projeto afirmaram que a falha de segurança foi corrigida, mas a controvérsia levantou questões sobre a transparência e a confiabilidade do projeto.

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O que é a Criptomoeda $STAR10?

Liquidez em criptomoedas
Imagem: Chinnapong/ Shutterstock.com

A $STAR10 é uma criptomoeda criada para representar a imagem de Ronaldinho Gaúcho e se posiciona como um “utility token” (token de utilidade), diferente das tradicionais “memecoins”, que são moedas digitais criadas em torno de temas populares ou celebridades, mas com pouco valor real ou funcional.

A proposta do $STAR10 é fornecer aos detentores do token acesso a uma série de recompensas, como competições, eventos exclusivos e benefícios relacionados à marca de Ronaldinho.

A moeda foi registrada na Binance Smart Chain (BSC), um dos maiores blockchains do mundo, que oferece uma plataforma mais barata e rápida para transações em comparação com outras redes como o Ethereum.

No entanto, apesar de ser um “utility token”, muitos críticos afirmam que o $STAR10 ainda carrega elementos típicos das memecoins, como especulação e a grande dependência da figura pública para gerar valor.

O Problema de Segurança e as Reações do Mercado

No lançamento, o projeto de Ronaldinho Gaúcho foi alvo de críticas intensas devido a uma falha de segurança que permitiria aos desenvolvedores “queimar” os tokens dos investidores.

Esse tipo de vulnerabilidade é extremamente prejudicial para quem investe em criptomoedas, pois significa que os criadores da moeda poderiam manipular a oferta da moeda, retirando os tokens de quem comprou e transferindo para outros endereços.

A falha foi detectada rapidamente por Changpeng Zhao (CZ), o CEO da Binance, que alertou os investidores sobre o risco iminente em uma postagem feita em sua conta oficial no X (anteriormente conhecido como Twitter).

No entanto, após a repercussão do alerta, os desenvolvedores do $STAR10 anunciaram que o problema de segurança foi resolvido, garantindo que a criptomoeda agora está segura para negociação.

Esse incidente gerou uma série de discussões no mercado cripto, já que a segurança é uma das principais preocupações dos investidores ao lidar com moedas digitais. A falha em um lançamento tão amplamente divulgado colocou o projeto de Ronaldinho Gaúcho sob uma luz negativa, levantando questionamentos sobre a seriedade e a transparência do projeto.

Memecoins e a Era das Criptomoedas de Celebridades

A criação do $STAR10 acontece em um momento de crescente popularidade das memecoins, moedas digitais que ganham destaque principalmente pela especulação e pelo apoio de celebridades e figuras públicas.

Exemplos disso incluem o lançamento de criptomoedas como $TRUMP e $MELANIA, associadas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua esposa Melania Trump. Ambas as moedas tiveram um pico de valor, mas logo perderam grande parte de sua capitalização de mercado, levantando críticas sobre sua sustentabilidade.

Além disso, outros líderes políticos e figuras públicas, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e o empresário Eike Batista, também se aventuraram no mercado de criptoativos, lançando tokens como o $LIBRA e $EIKE. Esses projetos muitas vezes seguem uma tendência de especulação e hype, sem uma base sólida para garantir seu sucesso a longo prazo.

O lançamento de criptomoedas como o $STAR10 segue esse mesmo modelo de aproveitamento da imagem de uma personalidade para criar um token digital, muitas vezes sem um uso prático real, o que levanta dúvidas sobre a longevidade e a confiabilidade desses ativos.

A Estrutura e Distribuição do $STAR10

A criptomoeda $STAR10 tem uma oferta total de 1 bilhão de tokens, dos quais uma parte será disponibilizada ao público em geral, enquanto outras frações são distribuídas entre os desenvolvedores e Ronaldinho Gaúcho. A distribuição do token segue a seguinte estrutura:

  • 20% para o público em geral, ou seja, para os investidores que comprarem o token.
  • 20% para Ronaldinho Gaúcho, que manterá uma parte significativa dos tokens.
  • 25% para pools de liquidez, o que ajuda a garantir que os tokens possam ser negociados de maneira fluida nas exchanges.
  • 15% para o time de desenvolvimento, responsável por criar e manter o projeto.
  • 15% será destinado a operações de marketing, para aumentar a visibilidade da criptomoeda.
  • 5% será destinado às corretoras de criptomoedas centralizadas.

Os tokens reservados para Ronaldinho Gaúcho e para o time de desenvolvimento terão um bloqueio de seis meses, o que significa que não poderão ser vendidos até que esse período termine.

Essa medida foi tomada para evitar que os criadores da moeda se desfaçam de suas participações logo após o lançamento, uma prática comum em golpes conhecidos como “rug pulls”.

A Participação de Ronaldinho Gaúcho na CPI das Pirâmides

Este não é o primeiro envolvimento de Ronaldinho Gaúcho com criptomoedas e projetos relacionados. Em 2023, o ex-jogador foi convocado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, a fim de esclarecer sua possível ligação com a empresa 18k Ronaldinho, que prometia lucros de 400% por mês em investimentos em criptomoedas.

Na época, Ronaldinho negou qualquer envolvimento no esquema e afirmou que havia licenciado sua imagem apenas para a linha de relógios 18k Watches.

Após os rumores sobre o suposto esquema de pirâmide, ele alegou que rescindiu seu contrato com a empresa, que estava envolvida em um esquema de marketing multinível. No entanto, a associação com o escândalo levantou dúvidas sobre sua imagem e sua relação com o mercado de criptoativos.

O Futuro do $STAR10: Promessas de Transparência e Sustentabilidade

Apesar das controvérsias iniciais, os desenvolvedores do $STAR10 afirmam que o projeto foi criado com o objetivo de oferecer algo mais sólido e transparente do que as tradicionais memecoins. Eles garantem que, ao contrário dos tokens lançados anteriormente, o foco da $STAR10 é construir um projeto sustentável, com benefícios reais para a comunidade e para os investidores a longo prazo.

De acordo com os criadores, o $STAR10 se distanciará dos esquemas especulativos e buscará proporcionar aos seus detentores acesso a eventos exclusivos, competições e uma série de outras recompensas. Eles também afirmam que o projeto tem o objetivo de unir a imagem de Ronaldinho Gaúcho a uma proposta inovadora no mercado de criptoativos e Web3.

Conclusão: O Desafio da Sustentabilidade no Mercado Cripto

O lançamento do $STAR10 por Ronaldinho Gaúcho marca mais um capítulo no crescente envolvimento de celebridades no mercado de criptomoedas. Embora o projeto tenha atraído atenção pela fama do ex-jogador, as falhas iniciais de segurança e a natureza especulativa do mercado de memecoins geram incertezas sobre seu futuro.

O sucesso da $STAR10 dependerá de sua capacidade de entregar benefícios reais aos seus investidores e de evitar as armadilhas que levaram outras criptomoedas relacionadas a celebridades ao fracasso.

O mercado de criptoativos continua em um estágio de evolução, e o caso de Ronaldinho Gaúcho e sua criptomoeda serve como mais um lembrete da volatilidade e dos riscos associados a esse setor.

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