Dinheiro de golpes é sacado em 7 minutos, segundo o Nubank

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Nos dias de hoje, a segurança financeira tem se tornado uma preocupação crescente entre os consumidores de serviços bancários digitais. O Nubank, um dos maiores bancos digitais do Brasil, não está imune a essas ameaças. Embora o banco tenha desenvolvido diversas ferramentas para proteger seus clientes, os criminosos continuam criando formas de fraude, seja por engenharia social ou pela rápida movimentação do dinheiro.

Recentemente, o departamento de combate a fraudes do Nubank revelou dados alarmantes sobre como esses golpes acontecem e como os criminosos operam. A seguir, explicaremos como esses golpes funcionam, o que o Nubank está fazendo para combatê-los e o que você pode fazer para proteger suas finanças.

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Como funciona o Golpe no Nubank?

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Imagem: Gorodenkoff / Shutterstock.com

De acordo com Fabiola Marchiori, vice-presidente de engenharia e gerente geral de combate a fraudes do Nubank, os criminosos são rápidos e eficazes. Em mídia, eles transferem o dinheiro roubado para contas de “laranjas” em sete minutos , o que dificulta o rastreamento e a recuperação dos valores.

A principal estratégia usada pelos golpistas é a engenharia social , uma técnica em que os criminosos manipulam as vítimas para que eles realizem ações que favoreçam o ataque. Seja através de telefonemas, mensagens falsas ou até mesmo sites fraudulentos, o objetivo é enganar a vítima para que ela forneça informações úteis ou autorize transferências de dinheiro.

O impacto da engenharia social nos golpes

A engenharia social é uma das principais ferramentas dos criminosos. Ela não se baseia apenas em brechas tecnológicas, mas na habilidade de manipular a vítima. Fabiola Marchiori destaca que esse tipo de golpe pode atingir qualquer pessoa, independentemente de sua classe social ou idade. Em muitos casos, os golpistas aproveitam situações de vulnerabilidade, criando um falso senso de urgência.

O exemplo mais comum é o golpe do Pix errado , que ocorre quando um criminoso faz uma transferência via Pix para a vítima e, logo após, um contato alegando que foi um erro e solicitando o estorno do valor. Após a vítima devolver o dinheiro, o criminoso entra em contato com o banco, usando o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para conseguir o estorno da transação e devolver o dinheiro ao golpista.

A estratégia do Nubank para lidar com as fraudes

O Nubank tem adotado diversas medidas para tentar proteger seus clientes desses ataques. Fabiola Marchiori, em evento promovido pelo Mobile Time , revelou que a instituição implementou mecanismos para atrair transações suspeitas. Isso significa que, em alguns casos, uma transação pode ser suspensa por até três horas ou até o dia seguinte, dependendo da situação. A ideia é dar mais tempo para verificar a legitimidade da transferência e evitar que o dinheiro seja movimentado rapidamente.

Esse atraso pode parecer simples, mas tem sido mostrada uma ferramenta eficaz para combater fraudes, especialmente quando o crime está tentando realizar transferências rápidas para contas externas.

O papel da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

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Imagem: TV eventos/ Joyce Cury/Reprodução

A Febraban, entidade que representa os bancos no Brasil, tem sido um dos maiores apoiadores de mudanças para aumentar a segurança nas transações digitais. A instituição defende que o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix seja mais abrangente e permita o bloqueio de recursos em camadas, ou seja, mesmo que o golpista transfira o dinheiro para outra conta, esse valor poderia ser congelado antes que fosse movimentado.

No entanto, apesar de ser uma medida importante, a Febraban confirma que isso não resolveria completamente o problema, uma vez que os infratores têm capacidade de sacar o dinheiro rapidamente. Isso significa que, mesmo que a transferência esteja bloqueada, os golpistas ainda podem retirar o dinheiro em espécie, o que torna a recuperação mais difícil.

Como o golpista se beneficia das ferramentas de proteção

Embora as ferramentas de proteção, como o MED, ajudem a reduzir o impacto das fraudes, os criminosos continuam encontrando formas criativas de assaltar esses mecanismos. A estratégia do Pix errada é apenas uma das maneiras pelas quais eles se beneficiam das regulamentações de proteção. Após realizar a transferência errada, a infração solicita a devolução do valor e, em seguida, entra em contato com o banco para pedir o reembolso através do MED.

Esse golpe mostra como as falhas podem existir, até mesmo dentro dos mecanismos de segurança, e como os crimes são cada vez mais sofisticados.

O que o cliente pode fazer para se proteger

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Imagem: Freepik e Canva

Embora os bancos digitais, como o Nubank , ofereçam uma série de recursos para proteger os clientes, é essencial que os próprios usuários adotem medidas de segurança para não se tornarem vítimas desses golpes. Aqui estão algumas dicas para evitar cair em fraudes:

1. Desconfio de solicitações de transferências

Se alguém entrar em contato solicitando que você faça uma transferência urgente ou forneça informações pessoais, desconfie. Lembre-se de que o banco nunca solicita dados bancários ou informações pessoais por telefone ou mensagem.

2. Verifique a autenticidade das mensagens

Sempre que você receber uma mensagem suspeita, verifique suas correções. Não clique em links diretamente e evite responder a contatos duvidosos. Prefira sempre entrar em contato diretamente com o banco por meio de canais oficiais.

3. Ativo a autenticação de dois fatores

Ativar a autenticação de dois fatores (2FA) em sua conta do Nubank ajuda a adicionar uma camada extra de segurança. Isso dificulta que golpistas acessem sua conta, mesmo que obtenham sua senha.

4. Fique atento às transferências de Pix

Sempre que realizar ou receber uma transferência Pix, verifique os detalhes da transação. Certifique-se de que os dados estão corretos antes de autorizar qualquer transação.

5. Acompanhe suas transações bancárias

Verifique frequentemente o extrato da sua conta para garantir que não haja movimentações suspeitas. Caso perceba algo irregular, entre em contato imediatamente com o banco.

Conclusão

Os golpes contra clientes do Nubank e de outras instituições financeiras digitais estão se tornando cada vez mais sofisticados. Com a ajuda de técnicas como a engenharia social e o uso de sistemas de pagamento como o Pix, os criminosos conseguem enganar as vítimas rapidamente. Contudo, com a combinação de medidas preventivas do banco e a adoção de boas práticas de segurança pelos clientes, é possível reduzir os riscos e evitar se tornar uma vítima desses crimes.

Sempre desconfie de ofertas que pareçam boas demais para ser verdade e manter seus dados bancários seguros. Ao seguir essas barreiras, você ajuda a proteger suas finanças e a garantir a segurança de suas transações digitais.

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