Justiça condena a 17 anos de prisão homem por matar namorada grávida; mãe critica pena e diz viver ‘prisão perpétua de dor e saudade’


Segundo o júri, Matheus Henrique Alecrim matou e escondeu o corpo de Thainá Russo. A investigação apontou que o motivo foi por ela não querer fazer um aborto do filho que esperava dele. Justiça condena a 17 anos de prisão o homem acusado de matar namorada Thainá Russo
A Justiça de São Paulo condenou a 17 anos e quatro meses de prisão o homem acusado de matar a ex-namorada grávida de 27 anos, em Itaquera, na Zona Leste da capital.
O crime cometido por Matheus Henrique Lopes Alecrim aconteceu em 29 de abril de 2023, quando Thainá Krishna Russo desapareceu ao sair da casa dele.
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Na época, Matheus disse que ela deixou o local em um carro de aplicativo. No entanto, a Justiça entendeu que ele matou a jovem porque ela teria se recusado a fazer um aborto da criança que esperava dele.
Matheus foi condenado por homicídio, ocultação de cadáver e aborto. A jovem já tinha outros dois filhos quando foi assassinada.
‘Prisão perpétua de dor’
Depois do julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste, na noite de quinta-feira (6), a mãe da jovem, muito abalada, criticou a pena aplicada pela Justiça.
A vida da minha filha e do meu neto custaram 17 anos só da liberdade dele. Ele condenou eu, minha família e meus netos a uma prisão perpétua de dor e de saudade. Nós sabemos que ele não vai ficar 17 anos, que foi a pena que ele pegou.
“Minha filha perdeu a vida aos 27 anos, meu neto nem chegou a nascer e o assassino fica, não fica né… pegou uma pena de 17 anos, mas não vai ficar 17 anos preso”, completou.
Defesa do condenado
O advogado de defesa de Matheus, Ubirajara Mangini, disse que vai recorrer da sentença condenatória. “Nós vamos recorrer e tentar ou um novo júri ou, na pior das hipóteses, uma diminuição dessa pena”, declarou.
Segundo ele, não há provas concretas. “Entendo que não há provas concretas da materialidade [do crime]. Não há uma prova definitiva, foi uma somatória que a promotoria tentou juntar de algumas provas, inclusive falhas, sem produção de novas provas que eles teriam que produzir. Acredito que possa estar o verdadeiro assassino aí na rua, e ele condenado no lugar”, disse.
Thainá Russo, de 27 anos, está desaparecida desde 29 de abril
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