Saiba como descobrir a qual classe social você pertence

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No Brasil, a questão das classes sociais é um tema de grande relevância para a compreensão das desigualdades sociais e econômicas.

A classificação social é uma forma de categorizar as pessoas de acordo com diferentes critérios, como a renda, o nível educacional e o patrimônio, refletindo o acesso a recursos e oportunidades dentro da sociedade.

Este artigo explica as principais classificações de classes sociais no Brasil, com foco no Critério Brasil, um dos métodos mais amplamente utilizados para analisar a distribuição de renda no país.

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O que são as Classes Sociais?

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Imagem: Canva

As classes sociais referem-se a grupos de indivíduos que compartilham uma posição semelhante na estrutura econômica e social de um país. Em geral, a classificação leva em consideração a renda (principalmente a familiar), o nível educacional, o patrimônio e a ocupação profissional.

A partir desses fatores, a sociedade é dividida em diferentes camadas, o que permite analisar as desigualdades e oportunidades que surgem de uma distribuição desigual desses recursos.

A discussão sobre as classes sociais tem sido um tema central nos estudos de sociologia e economia e serve como ferramenta para entender como a distribuição de renda e o acesso a bens e serviços influenciam as condições de vida de cada grupo social.

Fatores que Influenciam a Classificação Social

1. Renda Familiar

A renda familiar é um dos principais critérios para classificar as classes sociais no Brasil. Quanto maior a renda, maior o acesso a bens e serviços, como saúde de qualidade, educação e moradia. No Brasil, as classes sociais são frequentemente segmentadas pela renda domiciliar per capita, ou seja, pela média de renda por membro de cada família.

2. Nível de Escolaridade

O nível educacional também desempenha um papel fundamental na classificação social. Indivíduos com maior nível de escolaridade tendem a ocupar posições mais privilegiadas na sociedade, com acesso a melhores empregos e maiores oportunidades de ascensão social. Além disso, a educação está diretamente relacionada à maior renda e estabilidade financeira.

3. Patrimônio e Propriedade

O patrimônio, que engloba bens como imóveis, veículos e investimentos, também é um indicador importante para classificar as classes sociais. O acesso à propriedade e a acumulação de riqueza ao longo do tempo indicam um maior nível de segurança financeira e, consequentemente, uma posição mais elevada na hierarquia social.

4. Ocupação Profissional

A ocupação profissional também tem forte relação com a classificação social. Profissões de alto nível, como médicos, advogados e engenheiros, geralmente estão associadas a um maior status social, enquanto ocupações de menor qualificação, como operários e trabalhadores informais, são mais comuns nas classes sociais mais baixas.

O Critério Brasil: A Classificação das Classes Sociais no Brasil

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Imagem: Freepik

O Critério Brasil é amplamente utilizado para classificar as classes sociais brasileiras, e foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Esse critério é baseado principalmente na renda domiciliar per capita e é utilizado por diversas empresas e órgãos públicos para a segmentação do mercado e a análise da distribuição de renda no Brasil.

Como funciona o Critério Brasil?

O Critério Brasil divide a população brasileira em seis classes sociais, de acordo com a renda mensal por pessoa. Essas faixas de renda são as seguintes:

Classe A: Mais de R$ 28.240,00 por mês

Indivíduos ou famílias que se enquadram nessa classe possuem um alto poder aquisitivo, podendo acessar os melhores bens e serviços disponíveis no mercado. Eles têm acesso a educação superior de qualidade, saúde privada e geralmente possuem patrimônio significativo.

Classe B1: R$ 12.683,34 até R$ 28.240,00 por mês

A Classe B1 é formada por famílias com boa renda, que conseguem acessar uma educação superior e uma saúde de qualidade, mas podem não ter tanto acesso a bens de luxo quanto as famílias da Classe A.

Classe B2: R$ 7.017,64 até R$ 12.683,34 por mês

A Classe B2 representa uma classe média relativamente alta, com capacidade para consumir produtos e serviços de qualidade, mas com algumas limitações em relação à Classe A e B1.

Classe C1: R$ 3.980,38 até R$ 7.017,64 por mês

A Classe C1 é composta pela classe média emergente, que possui uma renda razoável e consegue acessar bens e serviços essenciais com conforto. Embora com menos acesso a luxos, esta classe tem um padrão de vida considerável.

Classe C2: R$ 2.403,04 até R$ 3.980,38 por mês

A Classe C2 é caracterizada por famílias com uma renda mais baixa, mas que ainda assim têm acesso a bens e serviços básicos. Muitas vezes, as famílias dessa classe social dependem de benefícios governamentais e enfrentam dificuldades econômicas.

Classe D-E: Até R$ 1.087,77 por mês

A Classe D-E representa as famílias com menor renda, muitas vezes com dificuldades para acessar os serviços básicos de saúde, educação e moradia. Essa classe está mais exposta à pobreza e às desigualdades sociais.

Como Identificar Sua Classe Social?

Para identificar sua classe social, é preciso realizar uma análise de alguns critérios importantes. O primeiro passo é calcular a renda familiar per capita, ou seja, dividir a renda total da família pelo número de membros. A partir desse valor, você pode compará-lo com as faixas de classificação do Critério Brasil e descobrir em qual classe social você se enquadra.

No entanto, é importante lembrar que a classificação social não se resume apenas à renda. Outros fatores, como nível educacional, patrimônio e ocupação profissional, também desempenham papéis importantes na determinação da classe social.

A Classe Social é uma Definição Rígida?

Não, a definição de classe social não é rígida nem fixa. Ela é fluida e pode mudar ao longo do tempo, dependendo de vários fatores. Mudanças na renda familiar, nas condições educacionais ou nas oportunidades de trabalho podem levar uma pessoa ou uma família a mudar de classe social ao longo de sua vida.

Por exemplo, uma pessoa que comece em uma classe social mais baixa, mas que tenha acesso a uma boa educação e oportunidades de trabalho, pode ascender para uma classe social mais alta ao longo do tempo. Da mesma forma, uma pessoa que perca o emprego ou tenha uma diminuição significativa de sua renda pode descer para uma classe social inferior.

O Impacto das Classes Sociais nas Desigualdades no Brasil

Uma pilha grande de moedas cercada por várias pilhas menores. Sobre a pilha maior, está sentado um homem ilustrado em miniatura, vestido de terno e com aparência de executivo. Sobre as pilhas menores, aparecem ilustrações 5 operários realizando trabalhos braçais. A imagem simboliza a desigualdade social. relatório
Imagem: Hyejin Kang / Shutterstock.com

As classes sociais têm um impacto profundo nas desigualdades no Brasil. A divisão entre as classes sociais afeta diretamente o acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, além de influenciar a qualidade de vida das pessoas. A classe social também pode determinar as oportunidades de trabalho e o acesso ao mercado de consumo.

As desigualdades sociais no Brasil são um reflexo de muitos fatores históricos, econômicos e estruturais. A luta pela redução dessas desigualdades envolve políticas públicas que visam melhorar o acesso à educação, saúde e renda para as classes mais baixas, e promover um crescimento mais igualitário para todos os brasileiros.

Considerações Finais

Compreender a classificação das classes sociais no Brasil e os fatores que determinam a posição de uma pessoa na sociedade é fundamental para analisar as desigualdades e as oportunidades no país. Através do Critério Brasil e outras ferramentas de classificação, podemos entender melhor a distribuição de renda e os padrões de consumo, além de identificar áreas que precisam de mais atenção em termos de políticas públicas.

As classes sociais são uma maneira de segmentar a sociedade, mas sua definição não deve ser vista como algo fixo ou imutável. Mudanças econômicas, educacionais e sociais podem alterar a posição de uma pessoa na hierarquia social, e o foco deve ser sempre promover a redução das desigualdades e melhorar a qualidade de vida de todos os brasileiros.

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