Em um ano, café fica 96% mais caro em Belo Horizonte, aponta Dieese

Com ou sem açúcar? Seja qual for a preferência do consumidor, o tradicional cafezinho dos mineiros ficou mais “salgado” este ano. Isso porque, nos últimos 12 meses, o preço do café em pó subiu 96,76% nas prateleiras dos mercados de Belo Horizonte. As informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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De acordo com o levantamento do instituto, o custo da cesta básica em BH chegou a R$ 726,01 em fevereiro de 2025, registrando um aumento de 1,18% em relação a janeiro. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a alta é de 4,50%. Entre os itens da cesta, o maior aumento registrado foi o do café.

Em fevereiro de 2025, o preço do café em pó subiu em todas as cidades brasileiras analisadas pelo Dieese. Em 12 meses, todas as 17 capitais também apresentaram taxas positivas, com destaque para Goiânia (113,98%) e Brasília (112,81%). “Os baixos estoques, consequência da menor produção de café no Brasil e no Vietnã, e a firme demanda internacional pressionaram os preços do grão”, explica o centro em comunicado.

Outros produtos também registraram alta significativa no período de um ano, como o óleo de soja (28,17%), a carne bovina de primeira (15,88%) e a manteiga (10,27%). O leite integral teve um acréscimo de 8,94%, enquanto o preço do pão francês aumentou 5,09%. Já o tomate, que subiu 24,52% entre janeiro e fevereiro, acumulou alta de 4,78% em 12 meses.

Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda expressiva nos últimos 12 meses. O preço da batata caiu -46,68%, seguido pela banana (-33,62%) e pelo feijão carioquinha (-32,29%). O açúcar cristal recuou -4,15%, enquanto o arroz agulhinha (-2,61%) e a farinha de trigo (-2,57%) também tiveram redução.

Ainda conforme a pesquisa, para adquirir a cesta básica em fevereiro, um trabalhador remunerado com o salário mínimo de R$ 1.518 precisou trabalhar 105 horas e 13 minutos, mais tempo do que em janeiro, quando foram necessárias 103 horas e 59 minutos. O percentual da renda líquida comprometido com a compra dos alimentos foi de 51,70%, menor do que os 55,70% registrados em fevereiro de 2024.

No cenário nacional, o custo da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%) e Natal (2,28%). Já as quedas ocorreram em Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).

São Paulo teve a cesta mais cara do país, custando R$ 860,53, seguida por Rio de Janeiro (R$ 814,90) e Florianópolis (R$ 807,71).

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