Médico e empresária que estavam em barco que afundou nas Maldivas filmaram resgate para mostrar para a família: ‘Não sabíamos que ia ter essa repercussão’


Casal estava em lua de mel nas ilhas do Oceano Índico. Médico contou que a tripulação ficou cerca de 30 a 40 minutos até um barco chegar para buscá-los. Casal que estava em barco que afundou nas Maldivas filmaram resgate para mostra à família
O médico Caio Gomes contou, à TV Anhanguera, que ele e a esposa, a empresária Fernanda Diniz, gravaram quando o resgate chegou após saírem do barco que afundou nas Maldivas para mostrar para a família. “A gente não sabia que ia ter toda essa repercussão” (veja o vídeo acima). Caio relatou o desespero vivido nas ilhas do Oceano Índico após o barco em que estavam afundar durante a lua de mel deles.
“Quando a gente viu os barcos chegando, quando a gente conseguiu avistar o primeiro barco de resgate, aí minha esposa fez o vídeo só para mostrar para família mesmo, mas a gente não sabia que ia ter toda essa repercussão”, relatou. Ao g1, Caio contou que só avisaram a família sobre o ocorrido no dia seguinte e mostraram o vídeo do resgate chegando quando contaram.
O caso aconteceu em 2 de março. Ao todo, havia 45 passageiros e três tripulantes na embarcação. O cirurgião contou que os dois tiveram de dividir um colete salva-vidas até a chegada do resgate. Apesar de ninguém ter se ferido, Caio afirmou que o episódio foi um trauma.
“Ninguém se machucou. Não teve lesão, arranhão, não teve nada, só o trauma psicológico mesmo, pois foi um baque gigante pra nós”, relatou.
QUANDO: Médico e empresária contam que dividiram colete salva-vidas após barco afundar durante lua de mel nas Maldivas: ‘Trauma’
PREPARO: Médico e empresária que estavam em barco que afundou já tinham feito curso de mergulho: ‘Nos ajudou a manter a calma’
VÍDEO: Veja quando água entra em barco que levava médico e empresária brasileiros minutos antes de afundar nas Maldivas
Médico e empresária relatam desespero após barco afundar nas Maldivas
Arquivo pessoal/Caio Gomes
Como aconteceu
Caio contou que eles estavam navegando há cerca de 40 minutos, após saírem de uma das ilhas em direção à capital do país, quando o barco bateu forte em uma onda. O médico contou que o barco estava todo fechado, mas a porta que dava acesso para parte interna quebrou após o impacto.
“Quando ele bateu nessa onda, entrou uma onda bem grande dentro do barco, só que ele não afundou na hora. Depois, a gente continuou navegando cerca de uns 20 minutos. Só que o barco foi pendendo para o lado direito aos poucos à medida que ia navegando. Então, eu acho que aconteceu que ele bateu forte numa onda e quebrou alguma coisa na calha do barco e entrou água naquele compartimento” descreveu.
O médico contou que não foi dito o que estava acontecendo, apenas ordenado para que todos colocassem o colete e saíssem do barco. “A saída do barco foi tranquila, ninguém se apavorou demais e ninguém se machucou. Eram 45 pessoas, no total, e mais três tripulantes, todo mundo conseguiu sair tranquilo do barco e aguardar o resgate chegar”, falou.
De acordo com Caio, depois que os dois caíram no mar, o colete dele e o da esposa não inflaram e não foi possível enchê-los. “Na hora que a gente saiu do barco, começamos a nadar e achamos um colete solto. Conseguimos segurar esse colete e boiamos nele, esse colete aguentou nós dois”, narrou.
Caio contou que a tripulação ficou cerca de 30 a 40 minutos até um barco chegar para buscá-los (veja o vídeo abaixo). O médico relatou que perdeu uma mochila com os passaportes. Segundo ele, foi preciso fazer um boletim de ocorrência na polícia que permitiu que o casal fizesse voo interno nas Maldivas.
“Para voltar para o Brasil, a gente fez uma ‘ARB’, autorização de retorno ao Brasil. Ligamos para a embaixada do Brasil, que fica no Sri Lanka, e conversamos com o embaixador. Ele foi super tranquilo conosco, deu dicas e fez essa autorização e mandou para nós. Chegou no hotel no dia em que embarcamos”, contou.
Médico e empresária relatam desespero após barco afundar nas Maldivas
Curso de mergulho
O médico contou, ao g1, que ele e sua esposa fizeram curso básico de mergulho e isso os ajudou. “Nós temos o curso de mergulho, mas o curso básico só. Já mergulhamos em Fernando de Noronha e no Egito. A gente pratica mergulho, tanto de cilindro quanto mergulho de snorkel, e a gente já tava ali há uma semana mais ou menos fazendo praticamente só isso. Então, isso aí foi bom para manter a gente conseguir manter a calma”, relatou.
Apesar do baque que sofreu com o naufrágio, o médico contou que a experiência não estragou a lua de mel do casal, nem a experiência nas Maldivas. “Se a gente pudesse a gente voltaria, porque o lugar é muito bom, muito bonito. A parte de mergulho lá é sensacional, o pessoal é muito acolhedor também”, descreveu.
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