Insulfilm com controle remoto já existe, mas ideia pode ser uma grande furada

A busca por novas tecnologias em vidros automotivos tem gerado discussões sobre a praticidade e segurança de soluções como o vidro eletrocromático.

Este tipo de vidro ajusta sua transparência por meio de um controle remoto, oferecendo uma solução moderna e flexível.

Embora já presente em aeronaves e alguns modelos de carros elétricos, o vidro eletrocromático enfrenta desafios de custo e instalação.

Sua conexão a uma fonte elétrica pode implicar riscos à garantia do veículo e à segurança dos ocupantes devido à opacidade em caso de falha de energia.

Tecnologia eletrocromática: uma visão aprofundada

O vidro eletrocromático é composto por um gel especial que reage à eletricidade, permitindo o ajuste da opacidade. Essa tecnologia está presente em modelos da Volkswagen, como o ID.7 e o ID.Buzz, mas apenas em tetos solares, evitando problemas de segurança.

Nos carros, a instalação dessa tecnologia requer uma modificação elétrica significativa, com custos adicionais e potencial risco de anulação de garantias. Além disso, em caso de falta de energia, a transparência se perde, prejudicando a segurança.

Nova tecnologia foge do tradicional insulfilm (Foto: Shutterstock)

Alternativas viáveis: o papel da película fotocromática

A película fotocromática surge como uma opção mais acessível e eficiente. Tal como os óculos de grau que se adaptam à luz do sol, essa película reage aos raios solares, dispensando o uso de energia elétrica.

No Brasil, as normas do Contran de 2022 permitem o uso desse tipo de película, desde que respeitem os limites de transparência: 70% para para-brisas e vidros laterais dianteiros. Cumprir esses padrões é essencial para evitar multas e penalidades.

Cuidados legais e de instalação

Especialistas alertam que a película deve obedecer às regulamentações para evitar infrações. Vidros que não atendem às normas podem resultar em multas de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na CNH, além do recolhimento do veículo.

Portanto, é crucial verificar a compatibilidade das películas com os tratamentos de fábrica dos vidros automotivos, evitando interferências no desempenho do material fotocromático.

A tecnologia dos vidros automotivos está em constante evolução. Enquanto o vidro eletrocromático oferece uma solução inovadora, seu custo e os desafios de instalação limitam seu uso.

Por outro lado, as películas fotocromáticas representam uma alternativa prática e acessível, desde que sigam as normas regulatórias vigentes, garantindo segurança e conformidade com a legislação brasileira.

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