Bacalhau fica 15% mais caro na Quaresma; veja quanto custa

Bacalhau fica 15% mais caro na Quaresma; veja quanto custa

A Quaresma de 2025 trouxe um reajuste considerável no preço do bacalhau, tradicionalmente consumido durante esse período. A alta nos valores tem impactado as famílias brasileiras que seguem a tradição de consumir peixe e frutos do mar na Páscoa.

Este artigo explora os motivos por trás do aumento, os impactos econômicos, e como os consumidores podem se adaptar a essa realidade.

Aumento de 15% no preço do bacalhau

Bacalhau fica 15% mais caro na Quaresma; veja quanto custa
Imagem; chandlervid85/ Freepik

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro, o bacalhau sofreu um aumento de 15,72% durante a Quaresma de 2025. O quilo do bacalhau Saithe, por exemplo, passou de R$ 73,50 para R$ 85,05. Já o bacalhau Cod, uma das variedades mais procuradas, teve um reajuste de 8%, subindo de R$ 171,58 para R$ 185,46.

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Este aumento afeta diretamente os consumidores que estão acostumados a comprar esses produtos para as celebrações de Páscoa. No entanto, é necessário entender os fatores que contribuem para essa elevação de preços.

Por que o preço do bacalhau subiu?

A alta nos preços do bacalhau é resultado de uma combinação de fatores, sendo os mais significativos a demanda sazonal, os custos de importação e os desafios logísticos.

Demanda sazonal

Durante a Quaresma, a procura por peixes e frutos do mar cresce substancialmente. Esse aumento na demanda gera uma pressão natural sobre os preços. O bacalhau, que já é um item de consumo tradicional durante a Páscoa, tem sua demanda elevada, o que contribui para a alta nos preços.

Impactos da importação e do câmbio

O bacalhau é um produto importado, o que significa que a flutuação do dólar tem grande impacto no custo. O preço do bacalhau tende a subir quando o valor da moeda americana se eleva, como ocorreu recentemente. A variação cambial afeta diretamente o valor final dos produtos importados, tornando-os mais caros para o consumidor brasileiro.

O transporte e a distribuição de produtos alimentícios também influenciam no preço final. O custo do frete, por exemplo, tem se tornado mais elevado devido ao aumento no preço dos combustíveis e aos desafios logísticos causados pela pandemia e outros fatores econômicos. Além disso, os impostos sobre produtos importados podem contribuir para o aumento do preço final do bacalhau.

O impacto de outros aumentos

Além do bacalhau, outros produtos pesqueiros também registraram aumentos consideráveis. Por exemplo, o camarão Sete Barbas Grande teve um aumento de 40,79%, passando de R$ 63,79 para R$ 89,81 por quilo. O camarão Rosa Limpo Médio, por sua vez, subiu 13,74%, passando de R$ 90,94 para R$ 103,44.

Os preços de outros peixes, como a corvina e a tainha, também apresentaram alta. A corvina, por exemplo, teve um aumento de 4%, com o quilo passando de R$ 25,61 para R$ 26,66. A tainha, por sua vez, registrou um reajuste de 4%, com o preço subindo de R$ 26,40 para R$ 27,48.

Esses aumentos são reflexos da alta demanda e dos custos operacionais do setor pesqueiro, que enfrentam desafios semelhantes aos do mercado de bacalhau.

Produtos pesqueiros que ficaram mais baratos

Embora muitos produtos pesqueiros tenham registrado aumento de preço, alguns itens apresentaram queda nos valores. O filé de surubim, por exemplo, teve uma redução de 13,75%, caindo de R$ 71,68 para R$ 61,82 por quilo. A sardinha, outro peixe popular durante a Quaresma, teve uma queda de 14%, indo de R$ 19,63 para R$ 16,83.

Além disso, o surubim em posta também registrou uma redução de 7,57%, com o preço passando de R$ 45,25 para R$ 41,82. O cascudo, que é uma opção para quem busca peixes mais baratos, também teve um pequeno reajuste negativo de 3%, indo de R$ 22,21 para R$ 21,52.

Variação de preços no bacalhau

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Imagem: AnotherPerfectDay/ Shutterstock

A pesquisa do Mercado Mineiro também revelou grandes variações de preços para o bacalhau entre supermercados e peixarias na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O bacalhau Saithe, por exemplo, pode custar entre R$ 56,90 e R$ 139,80, o que representa uma diferença de 145%. O bacalhau Porto Imperial pode variar entre R$ 109,90 e R$ 299,80, uma diferença de 172%. O bacalhau Cod, por sua vez, tem preços que vão de R$ 129,80 a R$ 269,00, uma diferença de 107%.

Essas variações de preços destacam a importância de pesquisar antes de realizar a compra, pois a diferença de valores pode ser significativa dependendo do local.

Considerações finais

O aumento no preço do bacalhau na Quaresma de 2025 reflete a alta demanda, os desafios econômicos do setor e as questões logísticas. Com reajustes que chegam a 15%, os consumidores precisam se adaptar à realidade do aumento dos preços. No entanto, é possível economizar e continuar com a tradição de consumir bacalhau durante a Páscoa com as estratégias certas de compra e pesquisa de preços.

A busca por alternativas, como cortes mais baratos ou peixes frescos, e a comparação de preços entre diferentes pontos de venda podem ajudar a garantir que a tradição da Quaresma seja mantida sem comprometer as finanças.

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