Selic pode subir para 14,25% ao ano: previsão do mercado para esta semana

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O mercado financeiro segue atento às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que deverá anunciar na próxima quarta-feira (19) um novo aumento na taxa Selic. A expectativa é de uma elevação de 1 ponto percentual, levando os juros de 13,25% para 14,25% ao ano.

A medida visa conter o avanço da inflação, que tem mostrado resistência mesmo diante do aperto monetário realizado pelo Banco Central (BC). O Relatório Focus, divulgado semanalmente pela instituição, também apontou revisões nas projeções inflacionárias para os próximos anos.

Como devem ficar os juros?

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Imagem: rafastockbr/Shutterstock

Quinto aumento consecutivo da Selic

Caso a previsão do mercado se concretize, esta será a quinta alta consecutiva da taxa básica de juros, reafirmando a postura do Banco Central no combate à inflação. Especialistas afirmam que a pressão sobre os preços e a necessidade de ancorar as expectativas do mercado justificam essa sequência de ajustes.

Leia mais: Copom deve aumentar a Selic para 14,5% na quarta-feira (19)

Indefinição sobre o fim do ciclo de alta

A ata da última reunião do Copom indicou que os juros poderiam subir para 14,25% ao ano, mas não deixou claro se esse será o último ajuste do ciclo. Segundo a autoridade monetária, as decisões futuras dependerão da evolução dos índices inflacionários e das condições macroeconômicas.

Projeção de juros para os próximos meses

Atualmente, analistas do mercado projetam que a Selic possa atingir 15% ao ano até dezembro. Esse cenário reflete a necessidade de juros elevados para conter a inflação e garantir a estabilidade econômica no médio prazo.

Inflação e seus impactos na economia

Expectativa de inflação para 2025

As projeções para a inflação de 2025 foram reduzidas para 5,66%, de acordo com o Relatório Focus. Apesar do alívio nas estimativas futuras, a inflação corrente ainda preocupa, especialmente após a divulgação do índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) de fevereiro, que registrou alta de 1,31%, o maior avanço para o mês em 22 anos.

Pressão inflacionária e política monetária

A decisão do Copom de continuar elevando os juros busca justamente conter o avanço da inflação. O mecanismo de aumento da Selic impacta diretamente o crédito, tornando-o mais caro e reduzindo o consumo, o que tende a segurar a alta dos preços.

Como a Selic afeta a economia?

Impacto no crédito e no consumo

Com uma Selic mais alta, os juros cobrados em empréstimos e financiamentos também sobem. Isso desestimula o consumo e os investimentos, o que pode desacelerar o crescimento econômico. Empresas e consumidores passam a enfrentar condições mais restritivas para obter crédito.

Repercussão no mercado financeiro

A elevação dos juros também influencia o mercado financeiro. Ativos de renda fixa, como títulos públicos, se tornam mais atraentes, podendo reduzir a liquidez na Bolsa de Valores. Investidores passam a buscar opções mais seguras e rentáveis, afetando o desempenho de ações e fundos imobiliários.

Reflexos no dólar e na inflação

A taxa de juros elevada também impacta o câmbio. Com rendimentos mais atrativos, o real tende a se valorizar em relação ao dólar, o que pode reduzir a inflação de produtos importados. No entanto, se a taxa Selic permanecer elevada por um longo período, pode haver efeitos negativos sobre a atividade econômica.

Perspectivas futuras para a política monetária

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Imagem: rafastockbr/ shutterstock.com

Expectativa de redução da Selic nos próximos anos

O mercado mantém as previsões de recuo gradual da Selic a partir de 2026, com a taxa chegando a 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a projeção é de uma Selic em torno de 10,5% e 10%, respectivamente, indicando um possível arrefecimento do ciclo de aperto monetário.

Fatores que podem influenciar futuras decisões

A evolução da inflação, o crescimento econômico e o cenário fiscal do país serão determinantes para as decisões futuras do Copom. Caso a inflação desacelere de maneira consistente, pode haver espaço para uma redução dos juros nos próximos anos.

Considerações finais

A expectativa de alta da Selic para 14,25% ao ano reflete a necessidade de conter a inflação e ancorar as expectativas do mercado. Os impactos dessa medida são sentidos em diversos setores da economia, desde o crédito até os investimentos. O futuro da política monetária dependerá do comportamento dos preços e do equilíbrio fiscal do país. Com o cenário ainda incerto, a próxima decisão do Copom será fundamental para definir os rumos da economia brasileira.

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