Duas marcas populares de azeite são retiradas das prateleiras por determinação da Anvisa

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma medida drástica ao proibir a importação e distribuição dos azeites das marcas Serrano e Cordilheira no Brasil. A decisão foi oficializada pela Resolução nº 3.508, publicada no Diário Oficial da União, e tem como principal motivo a falta de identificação das empresas responsáveis pela importação.

Essa ausência impossibilita a verificação da qualidade e da segurança dos produtos, fatores essenciais para qualquer alimento comercializado no país. Com isso, a Anvisa reforça seu papel na fiscalização do setor de alimentos, evitando que produtos sem procedência clara cheguem ao consumidor.

Leia mais:

Pagamentos do Bolsa Família começam nesta terça, NIS final 1 são os primeiros a receber

O que diz a Anvisa sobre a proibição?

Anvisa
Imagem: Brenda Rocha – Blossom/shutterstock.com

De acordo com o órgão regulador, os azeites Serrano e Cordilheira são classificados como extra virgem, apresentando 0,5% de acidez. No entanto, a ausência de um Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) para as empresas importadoras levanta sérias dúvidas sobre a procedência e confiabilidade dos produtos.

Sem essa identificação, a Anvisa não pode garantir que os azeites sigam os padrões estabelecidos para a comercialização segura. O controle de qualidade é um requisito fundamental, pois azeites fraudados ou adulterados podem conter substâncias prejudiciais à saúde.

Por que a Anvisa proibiu os azeites Serrano e Cordilheira?

A principal razão para a proibição é a falta de rastreabilidade. Sem informações concretas sobre os importadores, não há como realizar inspeções ou exigir comprovações de qualidade.

Outros pontos que pesaram na decisão incluem:

  • Risco de adulteração: Produtos sem identificação clara podem ser misturados com óleos de qualidade inferior.
  • Ausência de controle sanitário: Sem um importador registrado, não há como assegurar que os lotes passaram por testes exigidos no Brasil.
  • Proteção ao consumidor: O veto evita que produtos possivelmente irregulares cheguem às prateleiras dos supermercados.

Quais são os riscos de consumir azeites sem procedência?

Anvisa
Imagem: DUSAN ZIDAR/ Shutterstock.com

O azeite de oliva é um dos produtos mais fraudados no mercado mundial. A mistura com outros óleos mais baratos, a adição de corantes e a venda de produtos vencidos como se fossem frescos são práticas comuns em fraudes alimentares.

Os principais riscos incluem:

⚠ Azeite adulterado pode prejudicar a saúde

  • Azeites falsificados podem conter óleos refinados, que passam por processos químicos prejudiciais.
  • Misturas com óleos vegetais podem aumentar o risco de reações alérgicas.
  • Produtos de baixa qualidade podem ter substâncias inflamatórias, comprometendo a saúde cardiovascular.

⚠ Falta de benefícios nutricionais

  • Azeites sem procedência podem perder os antioxidantes naturais, como polifenóis e vitamina E.
  • Se armazenados incorretamente, podem oxidar rapidamente, perdendo suas propriedades saudáveis.

Como identificar um azeite de qualidade?

Diante da preocupação com fraudes, é essencial que os consumidores saibam como escolher um bom azeite de oliva. Algumas dicas incluem:

✅ Verifique o rótulo

  • O produto deve indicar a origem e a empresa importadora com um CNPJ válido.
  • Busque selos de qualidade, como Selo de Pureza do Ministério da Agricultura.

✅ Prefira embalagens escuras

  • O azeite deve ser armazenado em vidro escuro, pois a luz pode oxidar os compostos benéficos.

✅ Desconfie de preços muito baixos

  • Azeites autênticos e de alta qualidade costumam ter um preço condizente com o custo de produção.

O que fazer se já tiver comprado os azeites proibidos?

anvisa
Imagem: ededchechine / Freepik

A Anvisa recomenda que consumidores que já adquiriram azeites das marcas Serrano e Cordilheira evitem o consumo e entrem em contato com órgãos de defesa do consumidor para relatar a compra.

Caso tenha dúvidas sobre a autenticidade do azeite, é possível enviá-lo para análises laboratoriais especializadas. Outra opção é recorrer ao Procon ou a um órgão de vigilância sanitária local para mais orientações.

Conclusão

A decisão da Anvisa de proibir a venda dos azeites Serrano e Cordilheira reforça a importância da fiscalização rigorosa no setor alimentício. O veto protege os consumidores contra possíveis fraudes e garante que apenas produtos seguros sejam comercializados no Brasil.

Para evitar problemas, é fundamental que os consumidores fiquem atentos à procedência dos azeites e optem por marcas confiáveis e bem regulamentadas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.