Metanol e ‘bomba baixa’: operação prende envolvidos em fraude em postos de combustíveis

Uma operação coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) resultou na prisão de cinco pessoas envolvidas em um esquema ilícito de adulteração de combustíveis. A ação, batizada de Bomba Baixa, ocorreu nesta semana.

O objetivo foi desmantelar uma rede criminosa que atuava em diversos postos na cidade.

A investigação revelou que os administradores de postos da rede GTB adicionavam metanol, um composto químico proibido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), à gasolina e ao etanol. O uso dessa substância não apenas reduzia os custos para os infratores, mas também colocava em risco a saúde e a segurança dos consumidores.

Detalhes da operação

Os promotores constataram que o metanol, além de ser altamente tóxico, é inflamável e sua queima produz uma chama invisível, aumentando os riscos de incêndio.

Durante o período de 2017 a 2023, o capital da GTB Brasil aumentou significativamente, de R$ 100 mil para R$ 3,9 milhões, evidenciando o lucro obtido pelas atividades ilegais.

Acusações e crimes

A 20ª Vara Criminal da Capital recebeu denúncias contra nove indivíduos por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, além de crimes que afetam as relações de consumo, a ordem econômica e a saúde pública.

O grupo também manipulava bombas de combustível para entregar volumes inferiores ao registrado.

Postos envolvidos

Os postos identificados na operação estão localizados em diversas áreas do estado.

• Auto Posto de Serviços Elite de Madureira (Madureira)
• Auto Posto do Trabalho Vila Valqueire (Vila Valqueire)
• Auto Posto Coimbra da Vila São Luiz (Marechal Hermes)
• Auto Posto Universidade Realengo (Realengo)
• Postos da rede GTB (Gardênia Azul e Tanque – Jacarepaguá)
• Posto de Abastecimento Aimee e Posto Flor do Mato Alto (Campo Grande e Guaratiba)
• Posto Guerreiros de Caxias (Duque de Caxias)
• Posto Enzo Queimados (Queimados)
• Posto e Garagem Raja (Cascadura)
• Posto de Gasolina Braz de Pina (Brás de Pina)

As autoridades continuam a investigar o caso para impedir futuras ocorrências e garantir a segurança pública.

Cabe destacar que o metanol, ao ser inalado ou em contato prolongado, pode causar sérios danos à saúde, incluindo cegueira e morte. A operação reforça a importância da fiscalização rigorosa em estabelecimentos de combustíveis.

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