Israel volta ao combate; coronel da reserva explica objetivos

Israel efetuou os bombardeios mais intensos na Faixa de Gaza desde o cessar-fogo de janeiro e prometeu aumentar a pressão militar sobre o HamasOmar AL-QATTAA

Após mais de dois meses sem ofensivas, a força aérea israelense realizou uma série de ataques a Gaza depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que o Hamas se recusou a estender o acordo de cessar-fogo.

Israel tem pressa: 53 reféns israelenses continuam sendo mantidos nos túneis de Gaza, sujeitos a abusos e torturas há mais de 530 dias.

A atual operação militar tem três objetivos principais, segundo o coronel da reserva do Exército de Israel Yaron Buskila, ex-Oficial de Operações na Divisão de Gaza.

O primeiro é impedir que o Hamas se reerga e possa planejar um novo ataque como o de 7 de outubro de 2023. A estratégia inclui atacar terroristas, destruir infraestruturas estratégicas e manter o controle da fronteira entre Gaza e Egito, impedindo o contrabando de armas.

O segundo objetivo, segundo o coronel, é remover ameaças diretas às forças israelenses, como foguetes, explosivos e estruturas usadas pelo Hamas. Israel busca garantir a maior segurança possível para seus soldados em futuras operações militares dentro de Gaza, que devem continuar enquanto o Hamas não depuser as armas.

O terceiro objetivo é forçar o Hamas a retornar à mesa de negociações. Israel deseja negociar a libertação dos reféns antes de iniciar uma nova fase da operação terrestre. De acordo com Buskila, o governo israelense acredita que isso só será possível por meio de um acordo, o qual o Hamas só aceitará caso esteja sob forte pressão militar. Israel já comunicou que, caso as negociações não avancem nos próximos dias, suas forças de segurança estão preparadas para intensificar os ataques por terra e ar.

A logística da operação também está mudando. A distribuição da ajuda humanitária será gerida de maneira diferente, e os ataques, antes concentrados em áreas específicas de Gaza, ocorrerão simultaneamente em diversos pontos.

Em resumo, Israel acredita que a única forma de garantir a libertação dos reféns é por meio da pressão militar contra o grupo. Além disso, concluiu que é necessário pôr fim às concessões feitas em troca da libertação dos sequestrados, pois isso incentivaria novos sequestros no futuro, perpetuando um ciclo de violência insustentável.

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