Mais de 30 mil litros de azeite adulterados são apreendidos por fiscalização

Marcas de azeite são proibidas pelo Ministério da agricultura! Veja quais são

O mercado de alimentos no Brasil tem sido alvo de fiscalização rigorosa por parte das autoridades competentes, a fim de garantir a segurança e a qualidade dos produtos consumidos pela população. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma apreensão de 30,99 mil litros de azeite de oliva adulterado, após uma ação coordenada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov).

Essa medida busca combater a fraude no setor, protegendo os consumidores de produtos de qualidade inferior ou até mesmo impróprios para o consumo. A seguir, detalhamos os acontecimentos e as implicações desse caso.

Apreensão de azeite adulterado

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Imagem: ededchechine / Freepik

Em uma operação de fiscalização, o Mapa desclassificou dois produtos de marcas conhecidas no mercado, que estavam comercializando azeite de oliva adulterado. Os produtos apreendidos pertencem às marcas Doma, de Santa Catarina, e Azapa, de São Paulo. O azeite foi encontrado em grandes quantidades, somando 30,99 mil litros. As mercadorias foram identificadas em redes de supermercados de destaque, como a Comercial Zaffari Ltda. e Master Sonda Hipermercados.

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As análises laboratoriais realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária confirmaram que os azeites dessas marcas continham outros óleos vegetais em sua composição, o que contraria as regulamentações que definem os padrões de qualidade e identidade do azeite de oliva. O produto adulterado não só compromete a qualidade esperada pelo consumidor, mas também configura uma infração grave, sujeitando os responsáveis a penalidades.

O impacto da fraude no mercado de azeite

A adulteração de azeite de oliva representa um problema sério, especialmente considerando que o Brasil é um dos maiores consumidores desse produto. O azeite de oliva é tradicionalmente considerado um alimento de alta qualidade, associado a benefícios para a saúde devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Quando adulterado, ele perde essas qualidades e pode até se tornar prejudicial à saúde.

Além disso, a fraude em alimentos como o azeite viola a confiança do consumidor, que espera adquirir um produto genuíno e de qualidade. A prática de falsificação de azeites é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor, e as ações de fiscalização desempenham um papel fundamental na proteção do mercado e dos consumidores.

O papel da fiscalização do Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio do Dipov, tem um papel crucial na proteção do consumidor e na manutenção da qualidade dos alimentos. As fiscalizações realizadas pelo órgão são baseadas em análises físico-químicas detalhadas, que identificam adulterações e irregularidades nos produtos alimentícios. O laboratório do Mapa é responsável por realizar esses testes, que incluem a análise de amostras coletadas de lotes de produtos vendidos no mercado.

No caso específico do azeite de oliva, as análises revelaram que os produtos das marcas Doma e Azapa continham outros óleos vegetais, além do azeite de oliva, o que comprometeu a autenticidade do produto. Isso não somente afetou a qualidade do azeite, mas também violou as normas estabelecidas pela Instrução Normativa do Mapa.

Análises sensoriais

Embora as análises físico-químicas sejam fundamentais, as análises sensoriais também desempenham um papel importante na classificação do azeite de oliva. Essas análises envolvem a avaliação das características sensoriais do azeite, como sabor, aroma e textura, determinantes para a classificação do produto como “extravirgem”, “virgem” ou “refinado”.

A análise sensorial é crucial para garantir que o azeite esteja conforme os padrões de qualidade e identidade estabelecidos pelo Mapa. O presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, pediu um aumento na frequência dessas análises para evitar que mais marcas e redes de supermercados comercializem produtos adulterados.

Desafio da adulteração no azeite de oliva

O caso recente de apreensão de azeite adulterado é um exemplo claro de como o mercado de azeite de oliva ainda enfrenta desafios no combate à fraude. De acordo com Fernandes, há uma evidência crescente de que muitas marcas de azeite vendidas no Brasil são rotuladas erroneamente, sendo classificadas como extravirgem quando, na verdade, são azeites virgens ou, até mesmo, refinados.

Essa adulteração não só prejudica o consumidor, que paga por um produto de alta qualidade, mas também coloca em risco a reputação de marcas e empresas sérias no mercado. O aumento das fiscalizações e a realização de análises mais rigorosas são fundamentais para garantir a transparência e a confiança do consumidor.

Papel do consumidor

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Imagem: DUSAN ZIDAR/ Shutterstock.com

Os consumidores também têm um papel importante na fiscalização do mercado. O Mapa alerta que, caso alguém tenha adquirido os azeites adulterados das marcas Doma ou Azapa, pode solicitar a substituição do produto, conforme previsto pelo Código de Defesa do Consumidor. O Mapa também oferece um canal para denúncias por meio do sistema Fala.BR, onde os consumidores podem informar sobre a compra de produtos fraudulentos e ajudar na fiscalização.

É importante que os consumidores fiquem atentos à origem e à qualidade dos produtos que adquirem, especialmente em um mercado onde a fraude é uma preocupação constante. A transparência e a confiança são essenciais para que o setor de azeite de oliva se desenvolva de forma saudável e sustentável.

Considerações finais

A apreensão de 30,99 mil litros de azeite adulterado pela fiscalização do Ministério da Agricultura representa um passo importante no combate à fraude no setor de azeite de oliva. Com a adulteração, a qualidade dos produtos é comprometida, prejudicando os consumidores e a reputação do mercado.

Ações como essas, aliadas ao fortalecimento das análises sensoriais e à conscientização do consumidor, são essenciais para garantir a integridade e a confiança no mercado de azeite de oliva no Brasil. A fiscalização deve continuar a ser um pilar importante na proteção da saúde e do interesse dos consumidores.

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