Starlink limita velocidade a 1 Mbps após franquia em planos prioritários

A Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, liderada por Elon Musk, começou a aplicar uma nova política de limitação de velocidade em seus planos Priority. Os clientes dessas modalidades corporativas e governamentais passarão a navegar a apenas 1 Mbps de download e 0,5 Mbps de upload ao atingirem o limite mensal de dados. A medida já está em vigor em países como Estados Unidos e Reino Unido, e agora foi confirmada também no Brasil.

De acordo com uma atualização recente no site oficial da Starlink em português, a operadora deixou claro que, ao esgotar a franquia de dados, os clientes só poderão manter velocidades superiores se comprarem pacotes adicionais. A mudança não afeta os planos residenciais, que seguem sendo os mais utilizados pelos brasileiros, especialmente em áreas remotas e sem cobertura de internet convencional.

Neste artigo, você confere todos os detalhes da nova política da Starlink, os impactos para os usuários dos planos prioritários, e quais são as alternativas possíveis para driblar a limitação.

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O que muda nos planos Priority da Starlink

Limite de velocidade após o consumo da franquia

A principal alteração anunciada pela Starlink é a redução drástica na velocidade da conexão para usuários do plano Priority que esgotarem a cota de dados mensal. Segundo a empresa:

“Com um plano Prioritário Local ou Global, você tem uma alocação limitada de dados. Se você esgotar seus dados e não tiver autorização para recargas automáticas ou não adquirir um pacote adicional, sua conexão será reduzida para velocidades de até 1 Mbps de download e até 0,5 Mbps de upload“, informa a central de ajuda da Starlink no Brasil.

Essa velocidade limitada é considerada insuficiente para a maioria das aplicações profissionais, como chamadas de vídeo em alta qualidade, transmissão de dados corporativos, videoconferências ou uso de serviços de nuvem.

Quem é afetado pela mudança?

Planos Priority atendem empresas e governos

Os planos Starlink Priority foram desenvolvidos para clientes corporativos, industriais e governamentais, e não para consumidores residenciais. Esse modelo oferece maior largura de banda e prioridade na conectividade, ideal para operações remotas, monitoramento em tempo real e projetos em áreas com baixa infraestrutura.

Entre os públicos que contratam essa modalidade, estão:

• Empresas de energia e mineração;
• Órgãos governamentais em áreas rurais;
• Forças de segurança e defesa;
• Projetos de pesquisa em locais isolados;
• Grandes empreendimentos rurais.

Residenciais não são impactados, por enquanto

Segundo a apuração do site Tecnoblog, a nova política não impacta os planos residenciais, que são populares no Brasil, especialmente em regiões com cobertura precária de internet terrestre. Nesses planos, não há franquia de dados mensais nem redução automática da velocidade, o que os torna atrativos para moradores de zonas rurais.

Pacotes adicionais: a única forma de manter a velocidade

A Starlink permite que os clientes Priority comprem pacotes avulsos de dados para continuar navegando com velocidade máxima, mesmo após o consumo total da franquia. No entanto, a empresa ainda não divulgou publicamente os preços desses pacotes no Brasil.

Nos Estados Unidos, os valores variam de acordo com a quantidade de dados adicionais contratados e podem encarecer significativamente a fatura mensal.

Migração para o plano residencial é uma saída?

Opção com velocidade inferior, mas sem limite de dados

Usuários que não desejam arcar com pacotes adicionais ou se incomodam com a limitação da velocidade podem optar por migrar do plano Priority para o plano residencial, que não possui limite mensal de dados e não sofre redução automática de velocidade.

Entretanto, essa opção tem limitações:

• A velocidade geral é inferior ao plano Priority;
• O serviço é projetado para uso doméstico, o que pode ser insuficiente para algumas empresas;
• A migração depende da disponibilidade de capacidade satelital na área de cobertura.

Em regiões onde os satélites da constelação da Starlink já operam no limite de capacidade, a migração pode ser recusada ou colocada em fila de espera.

Qual é o impacto para o mercado corporativo?

Empresas terão que rever uso da internet

A nova política exige que empresas e órgãos governamentais que usam o plano Priority reavaliem o consumo de dados, para evitar surpresas na velocidade ou custos extras com pacotes adicionais. A limitação pode impactar diretamente operações que dependem de alta conectividade.

Entre os possíveis impactos, destacam-se:

• Redução de produtividade em áreas remotas;
• Custo operacional mais alto, com a compra recorrente de pacotes adicionais;
• Adaptação de processos e aplicações para reduzir o uso intensivo da rede;
• Necessidade de planejamento de consumo de dados.

Comparativo entre planos Starlink no Brasil

O que diz a Starlink sobre a mudança

A empresa atualizou discretamente sua central de ajuda em português, sem uma grande campanha de comunicação aos clientes. A política já estava em vigor em outros países e agora foi estendida ao Brasil.

Segundo especialistas do setor, a medida pode estar relacionada à necessidade de equilibrar a capacidade da rede, diante do crescimento de usuários e da demanda por dados em tempo integral.

Starlink em crescimento no Brasil

Apesar da mudança nos planos Priority, a Starlink segue crescendo no país. Em áreas onde a fibra óptica ainda não chegou, a internet via satélite tem se mostrado uma solução viável, inclusive para pequenos negócios rurais e educação à distância.

Desde que começou a operar no Brasil, a Starlink tem se consolidado como alternativa tecnológica em regiões remotas, com alta adesão especialmente na região Norte e interior do Nordeste.

Imagem: Freepik/Edição: Seu Crédito Digital