Consignado CLT já fechou 48 mil contratos e soma R$ 340,3 milhões em empréstimos

O programa Crédito do Trabalhador, uma das mais recentes iniciativas do Governo Federal, já mostrou resultados expressivos no início de sua operação. Até as 17h de terça-feira, 25 de março de 2025, foram liberados R$ 340,3 milhões em empréstimos consignados para trabalhadores com carteira assinada.

O número de contratos fechados ultrapassa 48 mil, um aumento significativo em relação aos 22.545 acordos firmados até o dia anterior, demonstrando a crescente adesão à nova linha de crédito.

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O impacto do Crédito do Trabalhador

O Crédito do Trabalhador foi lançado com o objetivo de oferecer uma alternativa de crédito mais acessível e com juros mais baixos para trabalhadores com carteira de trabalho assinada. Este tipo de empréstimo tem como característica o desconto das parcelas diretamente da folha de pagamento, o que reduz os riscos para as instituições financeiras e, consequentemente, permite taxas de juros mais atrativas.

Até o momento, o programa registrou 8.704.759 solicitações de crédito e 64.718.404 simulações, indicando uma alta demanda por esta linha de crédito entre os trabalhadores brasileiros. Apesar de um mesmo trabalhador poder fazer mais de uma simulação, esses números refletem o interesse crescente pela modalidade.

Dados de contratos fechados

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os 48.170 contratos de consignado já fechados até o final da terça-feira têm valor médio de R$ 7.065,14 por trabalhador. A parcela média desses empréstimos é de R$ 333,88, com prazo de pagamento médio de 21 meses. O ministro em exercício do MTE, Francisco Macena, comemorou os números: “Em 5 dias, já foram realizados mais de 48 mil contratos. São muitos trabalhadores acessando a plataforma, simulando e fazendo propostas de consignado.”

A modalidade de crédito, além de oferecer taxas mais baixas, também contribui para a inclusão bancária, já que muitos trabalhadores estão acessando a plataforma por meio da Carteira de Trabalho Digital, o que facilita a solicitação e simulação do crédito. O governo estima que cerca de 47 milhões de trabalhadores, incluindo domésticos, rurais e empregados de microempresas, terão acesso ao programa.

Como funciona o Crédito do Trabalhador?

O Crédito do Trabalhador é uma linha de empréstimo destinada exclusivamente a quem tem carteira de trabalho assinada. O principal diferencial é que a prestação do empréstimo será descontada diretamente da folha de pagamento do trabalhador, através do sistema eSocial, o que garante maior segurança para as instituições financeiras.

A regra estabelece que o valor da parcela não pode ultrapassar 35% do salário do trabalhador, o que visa proteger o orçamento pessoal do mutuário e garantir que ele consiga honrar suas dívidas sem comprometer seu sustento. Além disso, o crédito não depende de autorização do empregador, o que facilita o processo para o trabalhador.

Embora a taxa de juros média ainda não tenha sido oficialmente divulgada, as instituições financeiras afirmam que elas serão mais baixas do que em outras modalidades de crédito, justamente por conta da segurança oferecida pela garantia do desconto automático da parcela.

Diferenças em relação ao consignado do INSS

Um aspecto importante do Crédito do Trabalhador é que, ao contrário do consignado do INSS, que possui um teto para os juros, não há um limite específico para as taxas na modalidade destinada aos trabalhadores com carteira assinada. Isso significa que as instituições financeiras poderão cobrar taxas de juros diferenciadas, mas com a garantia de que, devido ao desconto na folha de pagamento, o risco é consideravelmente menor.

O futuro do Crédito do Trabalhador

O programa está em fase de expansão. A partir de 25 de abril, os bancos poderão integrar a linha de crédito consignado privado diretamente em suas plataformas digitais. Isso deve ampliar ainda mais o acesso ao crédito, permitindo que os trabalhadores solicitem empréstimos de maneira rápida e prática, diretamente de seus dispositivos móveis.

Além disso, o programa já está sendo visto como um marco importante para a inclusão financeira dos trabalhadores, especialmente para aqueles que ainda não tinham acesso fácil ao sistema bancário. O fácil acesso à plataforma digital e a possibilidade de realizar simulações e escolher entre diferentes propostas de empréstimo representam um avanço significativo no empoderamento financeiro da classe trabalhadora.

Simulações e propostas: como funciona o processo?

O processo para obter o crédito consignado do trabalhador começa com a simulação do valor desejado e o número de parcelas no aplicativo da Carteira de Trabalho. O trabalhador pode testar diferentes cenários até encontrar o valor que mais se ajusta ao seu orçamento. Uma vez feita a simulação, o trabalhador pode solicitar propostas dos bancos participantes do programa. Esses bancos têm até 24 horas para enviar as propostas.

Após a análise das propostas, o trabalhador pode decidir se deseja aceitar uma delas e formalizar o empréstimo. Caso contrário, ele pode seguir com as simulações até encontrar uma condição mais adequada às suas necessidades.

Imagem: Freepik/Edição: Seu Crédito Digital