💣 Bitcoin em posição de ataque – Dado de inflação pode ser o estopim

Bitcoin

O Bitcoin (BTC) segue estável na faixa dos US$ 87 mil pelo terceiro dia consecutivo, sem força suficiente para romper resistências e iniciar um novo rali de alta. Enquanto isso, os investidores do mercado de criptomoedas voltam suas atenções para o Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE), um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos, que será divulgado na próxima sexta-feira (28).

O PCE é acompanhado de perto pelo Federal Reserve (Fed), pois influencia diretamente a política de juros do banco central americano. Caso os dados mostrem uma desaceleração da inflação, as expectativas para um corte de juros ganham força, o que pode favorecer ativos de risco como o Bitcoin e outras criptomoedas.

Apesar da estabilidade do BTC, algumas altcoins têm demonstrado um desempenho expressivo nos últimos dias, com destaque para Solana (SOL), Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB), que registram ganhos superiores a 25% na semana.

Além disso, o mercado acompanha movimentações importantes, como o lançamento de um ETF de Bitcoin pela BlackRock na Europa e mudanças na política de investimentos da GameStop para incluir criptomoedas.

Neste artigo, exploramos o cenário atual do mercado cripto, os impactos dos dados de inflação e os principais acontecimentos que estão moldando a trajetória dos ativos digitais.

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O mercado de criptomoedas hoje

Bitcoin criptomoedas
Imagem: stockphoto-graf / shutterstock.com

Bitcoin segue estável, altcoins disparam

O Bitcoin opera com leve alta de 0,56%, sendo negociado a US$ 87.652 na manhã desta quarta-feira. No entanto, a criptomoeda ainda encontra dificuldades para romper resistências e consolidar uma tendência de alta mais forte.

Enquanto isso, algumas altcoins se destacam com ganhos expressivos. O Dogecoin (DOGE) subiu 8,57% nas últimas 24 horas, enquanto o Shiba Inu (SHIB) registrou alta de 12,81%. A Solana (SOL) também mantém uma tendência positiva, com valorização de 1,40%.

Confira o desempenho das principais criptomoedas:

  • Bitcoin (BTC): +0,56%, US$ 87.652
  • Ethereum (ETH): -0,05%, US$ 2.061
  • XRP (XRP): +0,35%, US$ 2,44
  • BNB (BNB): -0,44%, US$ 630,30
  • Solana (SOL): +1,40%, US$ 144,06
  • Dogecoin (DOGE): +8,57%, US$ 0,2017
  • Shiba Inu (SHIB): +12,81%, US$ 0,00001518

O que explica a divergência entre bitcoin e altcoins?

A recente valorização de algumas altcoins pode indicar que investidores estão retomando o apetite por ativos de maior risco dentro do mercado cripto. Historicamente, em períodos de incerteza, os investidores tendem a migrar para o Bitcoin, considerado o ativo mais seguro do setor.

No entanto, conforme a confiança retorna, é comum que altcoins apresentem performances superiores ao BTC.

Outro fator que pode estar impulsionando as altcoins é o aumento da liquidez no mercado, especialmente após os recentes fluxos para ETFs de Bitcoin à vista e a maior adoção institucional de criptomoedas.

O papel da inflação nos EUA e do Federal Reserve

PCE: O indicador que pode mudar o rumo do mercado

O Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) é um dos principais indicadores de inflação nos Estados Unidos e tem grande influência sobre as decisões do Federal Reserve em relação às taxas de juros.

Se o PCE mostrar uma desaceleração na inflação, o mercado pode precificar um corte nos juros ainda este ano, o que tende a ser positivo para ativos de risco como o Bitcoin.

Por outro lado, se a inflação permanecer persistente, o Fed pode manter sua postura mais rígida, pressionando os mercados de ações e criptomoedas.

Corte de juros e seu impacto no bitcoin

Os juros elevados tornam investimentos tradicionais, como títulos do Tesouro americano, mais atraentes, reduzindo o apelo de ativos como o Bitcoin.

Por isso, um possível corte de juros pode beneficiar o BTC, aumentando a liquidez no mercado e incentivando a entrada de novos investidores.

No entanto, ainda há incertezas sobre o caminho que o Fed seguirá, e os próximos meses serão decisivos para determinar a trajetória do mercado cripto.

Principais notícias do mercado cripto

BlackRock lança ETF de bitcoin na Europa

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, anunciou o lançamento do iShares Bitcoin ETP (IB1T), um fundo negociado em bolsa atrelado ao Bitcoin, disponível para investidores da Alemanha, França e Países Baixos.

Esse movimento reforça o crescente interesse institucional no Bitcoin e pode impulsionar a adoção da criptomoeda em novos mercados. Além disso, a iniciativa da BlackRock demonstra a demanda crescente por produtos regulados que permitem exposição ao BTC.

GameStop inclui bitcoin em sua política de investimentos

A varejista de videogames GameStop atualizou sua política de investimentos para incluir criptomoedas como ativos permitidos. O documento enviado à SEC destaca que a empresa pode comprar Bitcoin sem um limite máximo estabelecido, o que abre espaço para um acúmulo significativo da criptomoeda no balanço da companhia.

Essa mudança de postura da GameStop pode incentivar outras grandes empresas a adotarem estratégias similares, fortalecendo ainda mais a tese do Bitcoin como reserva de valor corporativa.

Debate sobre reserva estratégica de bitcoin no Brasil

No Brasil, a discussão sobre a criação de uma reserva estratégica nacional em Bitcoin ganhou destaque após declarações de Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin. Ele argumenta que a adoção do BTC como uma reserva soberana pode ser um fator determinante para a prosperidade econômica do país.

Esse debate reflete o crescente reconhecimento do Bitcoin como um ativo de proteção contra instabilidades econômicas e inflacionárias, seguindo uma tendência já observada em países como El Salvador.

O que esperar para o bitcoin nos próximos dias?

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Imagem: Seu Crédito Digital / Freepik

Cenário otimista

Se o PCE indicar uma queda mais acentuada na inflação, o mercado pode antecipar um corte de juros pelo Fed, o que impulsionaria o Bitcoin para patamares acima de US$ 90.000. Além disso, o aumento da adoção institucional e os fluxos para ETFs podem fortalecer ainda mais a criptomoeda.

Cenário neutro

Caso os dados de inflação fiquem dentro das expectativas do mercado, o Bitcoin pode continuar se consolidando na faixa entre US$ 85.000 e US$ 90.000, sem uma tendência clara de curto prazo.

Cenário pessimista

Se a inflação vier acima do esperado e o Fed indicar que manterá os juros elevados por mais tempo, o Bitcoin pode sofrer uma nova correção, testando suportes abaixo dos US$ 85.000.

Considerações finais

O Bitcoin mantém estabilidade na faixa dos US$ 87 mil enquanto investidores aguardam dados cruciais de inflação nos EUA. O resultado do PCE pode ser um divisor de águas para o mercado cripto, influenciando as expectativas sobre juros e liquidez.

Enquanto isso, as altcoins seguem demonstrando forte valorização, refletindo um aumento no apetite por risco. Além disso, a crescente adoção institucional, com iniciativas como o ETF de Bitcoin da BlackRock e a nova política da GameStop, reforça a posição do BTC como um ativo financeiro de relevância global.

Nos próximos dias, os investidores devem acompanhar de perto os dados macroeconômicos e as movimentações institucionais para entender o próximo movimento do mercado cripto.

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