Bitcoin cai com divulgação da inflação dos EUA e mercado cripto opera no vermelho

A sexta-feira (28) começa com pessimismo no mercado de criptomoedas, refletindo o impacto da divulgação dos novos dados de inflação nos Estados Unidos. O Bitcoin (BTC) registra uma queda de aproximadamente 2%, enquanto outras criptomoedas também operam no vermelho.

Além disso, o vencimento de opções no valor de US$ 12 bilhões contribui para a volatilidade do mercado.

Leia mais:

Ações da GameStop despencam: Dúvidas sobre estratégia com bitcoin impactam o mercado

O impacto da inflação dos EUA no Bitcoin

Os investidores aguardam com atenção os dados do Índice de Preços sobre Despesas de Consumo Pessoal (PCE), principal indicador de inflação utilizado pelo Federal Reserve (Fed). As projeções indicam um aumento mensal de 0,3% tanto para o índice cheio quanto para o núcleo de preços.

No acumulado anual, espera-se um crescimento de 2,5%, com o núcleo atingindo 2,6%, acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed.

Com inflação acima do esperado, os mercados se preparam para uma política monetária mais dura por parte do banco central americano, o que pode resultar em juros elevados por mais tempo. Isso gera pressão sobre ativos de risco como criptomoedas, levando à recente desvalorização do Bitcoin e de outros ativos digitais.

Volatilidade elevada com vencimento de opções

Outro fator que contribui para a instabilidade do mercado é o vencimento de aproximadamente US$ 12 bilhões em contratos de opções de compra e venda de Bitcoin. Esses contratos permitem que investidores comprem ou vendam BTC a preços pré-determinados, mas sem a obrigação de fazê-lo.

O alto volume de vencimentos tende a aumentar a volatilidade, pois traders ajustam suas posições estratégicas diante das incertezas econômicas.

Mercado global e impacto nas criptomoedas

Queda generalizada nas bolsas mundiais

A instabilidade não se limita ao mercado de criptomoedas. As bolsas asiáticas, o mercado europeu e os futuros de Wall Street também apresentam desempenhos negativos.

Isso indica um receio generalizado em relação às condições macroeconômicas globais, o que afeta diretamente o apetite dos investidores por ativos de risco.

Novas tarifas de importação nos EUA podem agravar a situação

Outro fator que pesa sobre o mercado é a implementação de novas tarifas de importação nos Estados Unidos, previstas para entrar em vigor em 2 de abril. A medida pode elevar os custos de bens importados, contribuindo para uma inflação ainda maior.

Com isso, bancos centrais de vários países podem ser forçados a adotar medidas restritivas, elevando as taxas de juros e ampliando os riscos de recessão econômica global.

Desempenho das principais criptomoedas

Com a turbulência no mercado financeiro, as criptomoedas estão operando majoritariamente no vermelho. Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas em 24 horas:

Perspectivas para o mercado de criptomoedas

Possibilidade de novos suportes de preços

Com a queda do Bitcoin e o aumento da pressão vendedora, analistas avaliam que o criptoativo pode testar novos suportes. O nível de US$ 80.000 é observado como um ponto crítico, podendo indicar maior desvalorização caso seja perdido.

Expectativas para os próximos meses

O mercado cripto deve continuar sensível aos dados econômicos globais, especialmente nos Estados Unidos. Caso a inflação se mantenha alta e os juros continuem elevados, os investidores podem manter uma postura mais cautelosa, reduzindo a exposição em ativos digitais.

Considerações finais

A queda do Bitcoin e de outras criptomoedas reflete um cenário de maior cautela nos mercados globais, impulsionado por dados de inflação nos EUA e pelo vencimento de opções de BTC. Com a incerteza econômica persistindo, o mercado cripto deve permanecer volátil nos próximos meses.

Investidores devem acompanhar de perto os indicadores macroeconômicos e avaliar estratégias para minimizar riscos.