03 Perguntas para Ana Cañas, que abre show de Alanis Morissete em Curitiba

O único show solo de Alanis Morissette no Brasil tem um show de abertura especial. Ana Cañas foi convidada para abrir a apresentação da artista canadense em Curitiba. A brasileira vem de uma fase positiva na carreira: lançou recentemente uma parceria com Ney Matogrosso. Para abril, já tem anunciado seu próximo disco. Ela toca na Pedreira Paulo Leminski no dia 30 (domingo). Últimos ingressos disponíveis no site Ticketmaster. Ela contou com exclusividade ao Curitiba Cult sobre as expectativas do show.

Sobre Ana Cañas

A paulistana Ana Cañas estreou na carreira musical em grande estilo. O primeiro disco “Amor e Caos” (2007) emplacou trilha sonora em novela e, no ano seguinte, participou do Som Brasil Cazuza. Depois do segundo disco em 2009, lançou mais um álbum a cada três anos. Foi indicada ao Grammy Latino com “Todxs”, e depois lançou um projeto voltado a interpretar Belchior, com o qual rodou o Brasil.

A cantora e compositora lançou parcerias de peso ao longo dos anos, trabalhando com Arnaldo Antunes, Gilberto Gil e Nando Reis. O próximo disco, “Vida Real”, está em pré-save no perfil da cantora.

1 – Você é cantora e compositora, seguindo uma linha de artistas como Joni Mitchell, Patti Smith e até da própria Alanis. A carreira da Alanis como cantora e compositora te inspira?

“Jagged Little Pill” é um disco muito importante na minha vida. Foi o primeiro show que eu fui e fui sozinha, escondida dos meus pais. Fui esmagada na grade, desmaiei. Foi tipo um périplo louco. Eu era apaixonada pelo Taylor, o batera. Tipo, claro que tem muita banda gringa que eu acho foda, sei lá. Adoro o Dave Grohl, sou fã de muita coisa, assim, gringa. Neil Young, Patti Smith e tal. E várias outras coisas pop também. Mas a Alanis tem um lugar no meu artístico como feminino. Eu acho que ela tá muito no meu inconsciente existindo como mulher artista. Como está Rita Lee, como está Patti Smith, Billie Hiliday que tenho tatuada no braço.

2 – Qual sua expectativa para a apresentação de domingo?

Nossa, eu tô achando uma loucura. Eu sou muito fã da compositora, da jornada da Alanis. A adolescente que habita o meu peito está saltitante. Então, pra mim, a expectativa tá grande. É um show curto, a gente vai tocar meia hora. Mas são aqueles 30 minutos que vão pro resto da vida, né? E eu tô naquela vibe de fazer a galera feliz, de, tipo, gente, alegrar e vamos ver a Alanis, entendeu? Tô super, super, super, super feliz, assim. De verdade, tipo, realizando um sonho. Eu não decidi que não vou fingir nada. Vou ficar emocionada do começo ao fim e é isso.

3 – O que você espera da recepção do público para o show de domingo? E o que tem preparado para tocar?

Eu não sei o que vai acontecer e a vida é assim. Não tem roteiro, cara. Por isso que a gente é tudo doido nessa profissão, entendeu. O lance é a gente descobrir na hora que faz, né, aí é que tá a emoção. Vamos lá, vamos ver. E vai acontecer na hora que tiver que acontecer. E eu torço pra que o público seja legal comigo. Vai ser o dia que vai dizer. Vou fazer o meu melhor. Eu vou cantar lá duas do Belchior, vou cantar talvez uma inédita do disco. Sabe por que eu quero tocar uma inédita? Porque Alanis é importante. Eu vejo ecos da Alanis muito antes de saber que eu ia abrir esse show. Alanis tá no meu inconsciente junto com Patti Smith, Tina Turner, Rita Lee, Marina Lima. Seria como uma homenagem, do tipo “obrigado por você ter vindo antes e em 1994, você ter feito um dos discos que eu considero mais fodas que uma mulher já fez, que é o ‘Jagged Little Pill’”.

SERVIÇO – Alanis Morissette em Curitiba com a “Triple Moon Tour”

Quando: 30 de março de 2025 (domingo)

Horário: abertura dos portões às 16h, show a partir das 19h30

Onde: Pedreira Paulo Leminski (R. João Gava, 970)

Quanto: a partir de R$ 295 (meia) até R$ 920 (inteira), variando conforme setor e modalidade

Ingressos: no site Ticketmaster.

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