Com ‘perfil jovem’, Campinas tem 23% dos MEIs com atuação exclusiva no ambiente virtual


Levantamento do Sebrae-SP mostra que facilidade de gerações com a tecnologia tem impulsionado novos negócios na metrópole do interior paulista. Luísa Caroline da Silva, de 28 anos, é microempreendedora individual (MEI) em Campinas (SP) e atua com vendas na internet, sem uma loja física
Reprodução/EPTV
O número de microempreendedores individuais (MEIs) cresce ano a ano em Campinas (SP). Em 2020, no início da pandemia de Covid-19, eram 75,1 mil cadastros ativos no município. Atualmente, são 124.656, alta de 65,9% em cinco anos.
Uma análise do Sebrae-SP mostra que mais da metade (50,4%) tem um “perfil jovem”, com idade entre 18 e 40 anos, que dialoga muito bem com as redes sociais e vendas pela internet. Não à toa, 23% dos MEIs da metrópole atuam exclusivamente em ambiente virtual.
“Essa facilidade faz toda a diferença: a mescla entre os Millennials e a Geração Z traz esse impacto positivo para os empreendimentos”, defende Aldo Batista, consultor de negócios do Sebrae-SP.
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Em números brutos, são 28,7 mil microempreendedores que atuam em diversas áreas que não dependem de um ponto fixo para a venda.
“Essa é uma tendência que vem se confirmando, afinal, os custos diminuem e o alcance se torna mais amplo. Tem muitos MEIs daqui de Campinas e região que vendem para o Brasil todo”, explica Batista.
São ideias que viram negócios nas salas, quartos e cozinhas de muitas residências, como é o caso de Luísa Caroline da Silva.
Formada em gastronomia e estudante de nutrição, ela tem uma empresa de geleias e antepastos, criada durante a pandemia, em que mesclou o conhecimento para aproveitar melhor os alimentos com a necessidade de gerar renda.
Com 28 anos e três filhos, um deles bebê, enfrentou o desafio de empreender ainda amamentando, e a internet se mostrou um meio importante para divulgar e fechar negócios, expandindo fronteiras.
Crescimento
De uma pequena produção de 10 a 20 potes na antiga cozinha, já reformou a estrutura e conta, inclusive, com duas ajudantes.
O negócio que é o sustento da família produz até 1 mil potes mensais de geleias e antepastos, com linhas vegana e sem açúcar, com entregas para todo o Brasil.
“[Meu produto] Já chegou longe, foi para Alagoas. Eu ainda não fui para lá [risos]. Temos clientes em Santos, São Paulo, Belo Horizonte, na região Sul”, conta Luísa.
A microempreendedora prevê um novo crescimento da estrutura em casa, e vê no ambiente virtual novas oportunidades de negócio.
“Pretendo ainda ampliar, tornar uma fábrica, né, até pelo nível de produção que a gente tá crescendo, mas também pretendo dar aulas, cursos on-line sobre geleias e antepastos nessa área da gastronomia sustentável e de conservas”, conta.
O consultor do Sebrae-SP explica que a tecnologia é benéficas para praticamente todos os empreendimentos.
“Seja uma confeitaria, uma barbearia ou uma loja de semijoias, as redes sociais, as plataformas digitais de pagamento e os aplicativos para troca de mensagens, tudo faz parte das novidades e, com certeza, vieram para somar e melhorar as vendas.”
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