Nos últimos meses, a clonagem de veículos tornou-se um problema crescente no Brasil, afetando diretamente grandes montadoras como Fiat, Jeep e Toyota.
Este esquema fraudulento utiliza veículos internos das empresas, destinados à comunicação e marketing, para criar réplicas ilegais. A exposição de placas em vídeos e postagens nas mídias sociais facilita a ação dos criminosos.
O processo de clonagem envolve a falsificação de documentos e chassis, permitindo que veículos roubados ou irregulares circulem sem suspeitas. As montadoras identificam o problema ao receber multas em locais onde seus veículos não estiveram ou ao notar transferências de propriedade inesperadas.
A situação leva as empresas a registrar boletins de ocorrência e a abrir processos administrativos para normalizar a situação.
Manobras fraudulentas e ações das montadoras
A Stellantis, que possui marcas como Fiat e Jeep, confirma ter sido alvo dessa prática. As infrações cometidas por carros clonados chamam a atenção das autoridades.
Segundo Ivanio Inácio, presidente da Associação Nacional dos Estampadores de Placas de Identificação Veicular (Anepiv), a clonagem é facilitada pela fragilidade nos processos de estampagem e acesso aos materiais.
Desafios com a placa Mercosul
Introduzida em 2020, a placa Mercosul deveria aumentar a segurança e a integração regional, mas tem se mostrado vulnerável. QR Codes, que deveriam prevenir fraudes, são facilmente copiáveis.
As marcas procuram as forças policiais para registrar as ocorrências e colaborar nas investigações.
Penalidades para clonagem de veículos
A clonagem de veículos é crime previsto no art. 311 do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão de três a seis anos e multa.
Os proprietários de veículos clonados podem enfrentar sérios problemas legais, incluindo a apreensão do veículo e processos criminais.
Para enfrentar esse problema, algumas soluções tecnológicas estão sendo implementadas. Em certos estados, a validação dos dados dos veículos e dos proprietários é realizada com Inteligência Artificial, integrando-se aos Detrans.
Essa tecnologia, juntamente com a emissão automática de notas fiscais, ajuda a combater fraudes e sonegação.
*Com informações do UOL Carros.
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