
Em um movimento que reflete o compromisso com o poder de compra dos trabalhadores catarinenses, o Governo de Santa Catarina anunciou, por meio da Assembleia Legislativa, o reajuste do salário mínimo regional para o ano de 2025. O aumento de 7,27% vai impactar diretamente as finanças de diversos setores, incluindo a agricultura, construção civil, indústria e comércio.
Esta mudança, retroativa a 1º de janeiro de 2025, traz novos valores de piso salarial que prometem beneficiar uma vasta gama de trabalhadores. O reajuste foi aprovado por unanimidade na Assembleia, após intensas discussões entre entidades patronais e sindicatos de trabalhadores.
O que é o salário mínimo regional?

Antes de entender como o reajuste impacta os setores, é importante esclarecer o que é o salário mínimo regional e como ele funciona em Santa Catarina. O salário mínimo regional é uma legislação estadual que define um piso salarial para as categorias profissionais não contempladas por acordos ou convenções coletivas.
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Em Santa Catarina, a implementação dessa política ocorreu com a Lei Complementar nº 459, de 2009. Desde então, o reajuste do salário mínimo regional é um tema importante nas discussões trabalhistas e econômicas do estado.
Reajuste de 7,27% para 2025
O projeto de lei aprovado pelos deputados estaduais de Santa Catarina estabelece um reajuste de 7,27% no salário mínimo regional, com impacto direto nos valores pagos aos trabalhadores em diversas áreas. Esse aumento segue a tendência de garantir que os salários acompanhem a inflação e o custo de vida, mantendo assim o poder de compra dos trabalhadores catarinenses.
Com a aprovação unânime da Assembleia Legislativa, o novo valor será retroativo a janeiro de 2025, o que significa que os trabalhadores já têm direito a receber a diferença, mesmo que o reajuste tenha sido implementado após o início do ano.
Valores estabelecidos para cada setor
Abaixo, vamos detalhar os novos valores que serão pagos aos trabalhadores de diferentes setores, de acordo com o reajuste aprovado:
Agricultura e similares, construção civil e entregadores
Para trabalhadores que atuam na agricultura, construção civil e como entregadores, o novo valor do salário mínimo regional será de R$ 1.730,00. Este valor reflete um aumento significativo, especialmente para trabalhadores do campo e para aqueles que atuam em atividades de logística e transporte, uma categoria crescente no estado.
Indústria e empresas de comunicação
Já os empregados no setor industrial e em empresas de comunicação terão um salário mínimo regional de R$ 1.792,00. Este valor vai beneficiar não apenas trabalhadores da indústria, mas também aqueles do setor de mídia e comunicação, que têm um papel cada vez mais relevante no mercado catarinense.
Indústria química, cinematográfica, alimentação e comércio
Para os trabalhadores das indústrias química, cinematográfica e alimentícia, além de empregados do comércio, o reajuste vai resultar em um salário mínimo regional de R$ 1.898,00. Este é um valor que reflete as características dessas indústrias, que são de grande importância para a economia do estado de Santa Catarina, principalmente na geração de empregos e movimentação econômica.
Indústria metalúrgica, gráfica, vidros e borracha, entre outros
Finalmente, os trabalhadores da indústria metalúrgica, gráfica, de vidros e borracha, além de funcionários de edifícios, estabelecimentos de saúde, escolas, cultura e crédito, terão um piso salarial de R$ 1.978,00. Este valor é destinado a uma das categorias mais técnicas e com alto índice de especialização, o que se reflete no reajuste oferecido.
Impactos do reajuste no orçamento dos trabalhadores
O aumento no salário mínimo regional terá um impacto direto no orçamento de milhares de famílias catarinenses. Com o novo valor, os trabalhadores de diversos setores vão ver uma melhoria significativa em seus rendimentos mensais. Essa mudança é fundamental para acompanhar o aumento do custo de vida e garantir que os trabalhadores não percam poder de compra.
Além disso, a aplicação retroativa do reajuste a 1º de janeiro de 2025 garante que todos os trabalhadores afetados possam receber a diferença nos valores, proporcionando um alívio financeiro imediato.
Salário mínimo regional e as outras unidades federativas
Santa Catarina não é o único estado a adotar o salário mínimo regional. Além de Santa Catarina, outros quatro estados possuem essa política em vigor: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Esses estados, assim como Santa Catarina, reconhecem a importância de ter um piso salarial regional que considere as especificidades econômicas e sociais de cada local.
No entanto, é importante destacar que, enquanto o salário mínimo regional de Santa Catarina afeta diretamente várias categorias, em outros estados, as especificações podem variar de acordo com a realidade local. Essa diferenciação é crucial para adequar o valor do piso salarial às necessidades e custos de vida de cada região.
Expectativas para os próximos anos

Com a aprovação do reajuste para 2025, a expectativa é de que o salário mínimo regional de Santa Catarina continue sendo um tema relevante nas discussões econômicas do estado. A cada ano, trabalhadores e empregadores entram em negociações que buscam garantir um reajuste justo e adequado à inflação e aos custos locais.
O aumento de 7,27% para 2025 representa um compromisso tanto do governo quanto das entidades patronais e sindicais em proporcionar uma melhoria contínua nas condições de trabalho e na qualidade de vida dos catarinenses.
Considerações finais
O reajuste do salário mínimo regional de Santa Catarina para 2025 é uma medida que traz benefícios diretos para trabalhadores de diversos setores, garantindo uma melhoria no poder de compra e contribuindo para a redução das desigualdades econômicas no estado.
Com valores que variam de acordo com a categoria profissional, essa ação reflete a importância de políticas públicas que atendam às especificidades de cada setor da economia. A aplicação retroativa a 1º de janeiro de 2025 também garante um alívio financeiro imediato para os trabalhadores, que, agora, terão um salário mais condizente com a realidade econômica de Santa Catarina.