Com exceção da Oi, 2024 foi ano de forte alta nos lucros de telecom no Brasil

O setor de telecomunicações no Brasil registrou um crescimento de 6,6% na receita em 2024, superando a inflação medida pelo IPCA, que ficou em 4,83% no período. Entre as 13 empresas que divulgaram resultados, nove tiveram desempenho acima da média do setor, com destaques para Brisanet e V.tal, que apresentaram altas expressivas.

A Vivo registrou lucro líquido de R$ 5,54 bilhões em 2024, alta de 10,3%. A receita operacional líquida foi de R$ 55,84 bilhões no ano passado, um crescimento de 7,2%.

A Claro fechou 2024 com receita líquida total de R$ 48,9 bilhões, alta de 6,9%. A empresa registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – Ebitda – de R$ 21,7 bilhões, um crescimento de 10,6%.

Já a TIM teve receita líquida normalizada 6,6% superior a 2023, totalizando R$ 25,4 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 3,1 bilhões em 2024, alta de 17,1%.

Fonte: Teleco

A Oi seguiu em trajetória de declínio, com queda de 14,2% na receita (R$ 8,3 bilhões). O lucro foi de R$ 9,6 bilhões, como resultado da venda de ativos, especialmente a venda dos clientes de banda larga para a V.tal, um negócio de R$ 5,68 bilhões. Excluindo operações descontinuadas, a “Nova Oi” teve retração de 26,1%.

A Brisanet foi uma das empresas que mais se destacaram, com um crescimento de 16,3% na receita líquida, alcançando R$ 1,428 bilhão. No segmento móvel, a operadora já conta com 417 mil linhas e projeta chegar a 800 mil até o final do ano, mantendo o ritmo de 40 mil adições líquidas mensais.

A V.tal registrou o maior crescimento do setor, com alta de 33,1% na receita líquida, totalizando R$ 7,751 bilhões e lucro de R$ 864 milhões.  A Ligga (Sercomtel) cresceu 12,2% na receita (R$ 585milhões), mas teve prejuízo de 16 milhões e perda de 3% na banda larga fixa. A Algar teve alta de 2,7% (R$ 2,822 bilhões), com o segmento B2C puxando o resultado (+8,2%), enquanto o B2B ficou estável (+0,2%).

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