Othon Palace: a meia-lua que ilumina o Centro de BH há quase meio século

Uma meia-lua impera no céu do hipercentro de Belo Horizonte há mais de 45 anos, relutante às intempéries do tempo. Abaixo dela, milhares de pessoas admiram, diariamente, a imponência da construção que a sustenta. A soma das duas partes tem nome e endereço: Othon Palace, o icônico hotel situado no encontro da avenida Afonso Pena com a rua da Bahia. Ele é a próxima parada da série de reportagens do BHAZ sobre prédios emblemáticos de BH, que já mergulhou nas histórias dos edifícios Maletta, JK, Acaiaca e do Conjunto Sulamérica-Sulacap.

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Inaugurado em 1978, o Othon Palace foi o primeiro hotel de luxo de Belo Horizonte e manteve o título de única hospedagem de alto padrão da capital por quase duas décadas, até a fundação do Hotel Ouro Minas, em 1996. Com projeto assinado pelos arquitetos Raul de Lagos Cirne e Luciano Santiago, a construção pertence ao Conjunto Urbano Avenida Afonso Pena e Adjacências, protegido desde 1994, e ao Registro Histórico Documental de BH desde 2000, após ação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do município.

De expressão curvilínea e chamativa, o hotel já foi lar temporário de artistas, realezas, chefes de Estado e muitos outros títulos da alta sociedade. A fachada da entrada — outrora coberta por memorável toldo dourado — bem como a área interna, dividida entre quartos luxuosos, áreas de lazer, restaurantes e espaços de convenções, distribuídos por 29 andares (25 com acesso pelos elevadores e quatro por escadas), ajudam a contar parte da história política e cultural de Belo Horizonte. Ali nasceu uma nova cultura do fazer arquitetônico no Centro da cidade.

Império secular

A história do BH Othon Palace — como é chamada a unidade belo-horizontina da rede de hotelaria que se estende pelo Brasil — começa muito antes da inauguração em 1978. O edifício é um dentre os muitos empreendimentos alçados pelo pernambucano Othon Lynch Bezerra de Mello, nascido em fevereiro de 1880 e morto em junho de 1949. É ele quem empresta o nome para o ‘império hoteleiro’, que, aliás, após inúmeras repetições, sofre de ligeira distorção quanto à pronúncia. “O pessoal se acostumou a falar ‘Óthon’, mas é ‘Othôn’”, corrige o ex-gerente-geral da rede, Bruno Heleno.

De uma pequena loja de tecidos em Recife, Bezerra de Mello construiu um conglomerado de empresas que floreceram durante todo o século 20, totalizando, no período de maior prosperidade, 42 hotéis e três usinas de açúcar e álcool. O grande passo do empresário na empreitada hoteleira foi em 1943, sete anos antes de morrer, com a criação da Cia Brasileira de Novos Hotéis, que se transformou na maior rede do país com capital nacional.

“Talvez os traços mais fortes do meu pai fossem a retidão de conduta nos negócios e a visão de como os herdeiros deveriam procurar a harmonia para a empresa sempre prosperar. Ele foi um grande líder, que cativava seus assessores, e um pai excepcional, que soube educar seus onze filhos para seguirem sua forte orientação através dos anos e conservarem o Grupo Othon vivo e saudável”, assinou Alvaro Bezerra de Mello, um dos herdeiros do negócio e também já falecido, no livro de celebração dos cem anos do conglomerado, lançado em 2005.

Othon Bezerra de Mello e sua mulher, Maria Amália, acompanhados de 8 dos 11 filhos que tiveram (Othon 100 anos/Reprodução)

Europa em BH

Antes mesmo da inauguração, em 1978, o BH Othon Palace já causava burburinho na capital mineira. Ainda na década de 1950, era comum que representantes da empresa visitassem Belo Horizonte em busca de um local ideal para o próximo empreendimento do Grupo, conforme registrado por jornais da época. A facilidade de acesso e a vista para o Parque Municipal Américo Renné Giannetti despertaram o interesse dos investidores, que efetuaram, em 1960, a compra do terreno onde funcionava o antigo Palácio Hotel, anteriormente chamado de Hotel Globo.

“No térreo também havia o famoso Bar do Ponto, onde se encontravam artistas, escritores e intelectuais da cidade nas primeiras décadas da nova capital”, resgata a historiadora Michelle Torre, coordenadora de pesquisa do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH). “Tinha, ainda, uma livraria no térreo do prédio e outros estabelecimentos comerciais”, diz.

À direita, Bar do Ponto e Palácio Hotel (Reprodução/Biblioteca digital Luso-Brasileira)

Num dos registros obtidos pelo BHAZ, um periódico da época anunciava a novidade: “um empreendimento europeu está a caminho de Belo Horizonte”. Os boatos da nova ocupação na esquina da Bahia e, consequentemente, a demolição do tradicional Bar do Ponto, atravessaram as serras mineiras e chegaram até o Rio de Janeiro, onde vivia, à época, Carlos Drummond de Andrade, um dos frequentadores do local. Numa de suas crônicas para o Jornal Correio da Manhã, Drummond escreveu:

“Todos nós temos um cartório de registro de imóveis, na alma, para propriedades de vento e sonho; não é preciso que tenhamos habitado ou frequentado seus cômodos; basta que o olhar haja tomado posse; graças a esse processo aquisitivo, boa parte da cidade […] é minha, e não me venham cobrar impostos nem precisam pagar aluguel, essas miudezas não me interessam”.

Essa desaprovação do poeta é registrada no livro ‘Antigas e novas centralidades: a experiência da Cultura no consumo no Centro tradicional de Belo Horizonte’, de Celina Borges Lemos, professora titular da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Empreitada

Segundo a historiadora Michelle Torre, a análise das plantas do BH Othon Palace indica que o planejamento do prédio começou antes mesmo da compra do terreno.

“Pode-se observar que o planejamento tem início na década de 1950 passando pela década de 1960. Nela [a planta], são incluídas lojas no térreo do edifício, o que marca esse momento em que o comércio, a economia e o setor de negócios da cidade estão em destaque. Inicialmente seriam 19 pavimentos”, afirma Torre. “Esse tipo de construção acompanhava o processo de renovação do Centro de BH, que buscava se consolidar como um polo econômico e turístico, em sintonia com o crescimento industrial e a expansão do setor de serviços”.

Planejamento do BH Othon Palace (Reprodução/APCBH)

Na execução, foram empenhadas as mais inventivas ideias de engenharia e os recursos tecnológicos mais recentes para a época. De acordo com Celina, a imponência do Othon vem daí e das novas tecnologias de acabamento.

“Ele supera os edifícios com brises na fachada, supera edifícios com pilotis. Os pilotis desaparecem. Toda a área do térreo é ocupada com três pavimentos de galerias. O acesso tem um grande marco eloquente de entrada, que valoriza a riqueza quando se adentra, a vastidão do salão, o habitat que se cria com um mobiliário muito sofisticado”, explica professora da UFMG.

‘Modernismo tardio’

Baseada justamente nos recursos empregados na construção do hotel de luxo é que Celina descreve o projeto arquitetônico do BH Othon Palace como tardomoderno, isto é, relativo à fase final do modernismo.

“O modernismo inaugura uma ideia de pavimentos livres repetidos, de estrutura toda em concreto armado que viabiliza formas inusitadas, competência construtiva a partir de novas tecnologias, altas verticalizações e uso abundante de vidro. Mas a grande característica do modernismo tardio, ou tardomodernismo, é o uso de materiais já industrializados, que são cuidadosamente seccionados e modulados na fachada”, diz a arquiteta. “O que o Raul de Lagos Cirne e o Luciano Santiago fizeram foi uma arquitetura baseada na tecnologia do material”.

A poucos metros do cruzamento entre Bahia e Afonso Pena situa-se outro edifício icônico da história de Belo Horizonte, que Celina considera o ‘irmão’ do Othon Palace: o prédio do antigo Hotel Del Rey, localizado no início da avenida Augusto de Lima, de frente para a praça Afonso Arinos.

“Tanto no Othon quanto no Del Rey, Raul de Lagos Cirne e Luciano Santiago instalaram placas acrílicas estruturadas com metal muito leve. Isso dá leveza pras fachadas e as tonaliza. Nesse contexto, esse tipo de disposição da tectônica — como a gente chama na arquitetura — habilita cobrir passagens muito verticalizadas, com muita potência de altimetria”, analisa.

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Missão homogênea

Mais do que as características arquitetônicas e os arquitetos responsáveis pelas obras, Othon Palace e Del Rey compartilharam, pelo período que operaram em suas funções originais, um mesmo objetivo: a possiblidade dos hotéis serem frequentados por não-hóspedes.

“Para isso, foram criadas áreas de comissão, de piscina, bares e restaurantes, ou seja, alternativas capazes de estabelecer um hábito de frequência, uma ideia de luxo amparada pela sofisticação do mobiliário”, destaca Celina. “Os quartos, por exemplo, eram verdadeiros apartamentos. Isso também acontecia no Hotel Del Rey, mas no Othon a coleção era ampliada”.

Michelle Torre, do APCBH, acrescenta que o palácio da rua da Bahia foi pensado para atender a demanda crescente por turismo de negócios e eventos em BH. “Sua localização estratégica na avenida Afonso Pena, uma das principais vias da cidade, reforçava seu papel como um símbolo da nova fase urbana de Belo Horizonte, marcada pela verticalização e pela integração com o circuito comercial e financeiro”, diz.

Num exercício de memória, Celina reforça a importância histórica do Othon Palace no combate ao processo de “desvalorização da frequência” ao Centro, em curso na década de 1970. “Na mesma década que ele [Othon] é inaugurado, a região da Savassi começou a ser ocupada e muito valorizada como um ‘centro alternativo’ de vida e consumo. Então, o hotel surgiu com uma missão que também é muito típica do fundador, o senhor Othon Bezerra de Mello, que é fazer renascer áreas em que há dúvidas sobre a validade delas, a legitimidade enquanto localidade”, resgata.

Operação

A intenção de estabelecer um hotel de luxo no hipercentro da capital mineira exige mais do que uma megainfraestrutura; requer, também, toda uma logística capaz de garantir a qualidade do serviço prestado aos clientes. Nesse sentido, ninguém melhor que o ex-gerente-geral Bruno Heleno para falar sobre a hotelaria. Por quase 20 anos, o belo-horizontino acompanhou o dia a dia do BH Othon Palace, tendo atuado pela rede em dois momentos entre 2001 e 2018.

“Eu entrei como estagiário no departamento de Governança do hotel. Depois fui recepcionista, atuei na área de Vendas e subi para executivo de Contas. Virei supervisor de Vendas, gerente de Vendas e gerente regional de Vendas. Fui pra São Paulo como gerente nacional de Vendas, depois voltei para Belo Horizonte como gerente-geral do hotel”, relembra.

Mesmo não estando mais vinculado ao Grupo Othon, os números relacionados à operação da unidade mineira seguem na ponta da língua. De acordo com Bruno e com um guia completo da rede, lançado em 2006, o Palace abrigava à época:

  • Moradias: 287 apartamentos com ar condicionado, telefone com secretária eletrônica, frigobar, TV com canais internacionais, internet banda larga e acesso wireless no lobby e restaurante, serviço de quarto 24 horas;
  • Áreas de lazer: Piscina, sauna, massagem, sala de ginástica, tours, aluguel de carros e galeria comercial anexa ao hotel;
  • Centro de convenções: 15 salas distribuídas por quatro andares, além de mais três salas de apoio com capacidade para sediar diversos tipos de eventos e business center com computadores e acesso à internet, copiadora, impressora e serviços de secretaria;
  • Bares e restaurantes: Restaurante Tacho de Ouro, Restaurante Varandão e Bar do Ponto — esse, gourmetizado, uma referência ao bar que ocupou a mesma esquina nas primeiras décadas do século 20.

Celeiro de excelência

Orgulhoso da história construída no BH Othon Palace, Bruno faz questão de mencionar o desafio de gerir aquele que foi um dos maiores e mais luxuosos hotéis do país. “É um ‘mundo’ muito complexo. Imagine: um hotel com mais de 300 colaboradores, inúmeros espaços de lazer e salas de reuniões, que, juntas, vão somar mais de mil pessoas dentro do edifício. Com os hospedados, você eleva isso para 1500 pessoas. Fora a parte de engenharia, abastecimento de água, comida, energia, segurança, lavanderia, rouparia… É um mundo lá dentro”, aponta.

Dentre os ‘perrengues’ icônicos, o ex-gerente relembra a 47ª Reunião Anual da Assembléia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizada em Belo Horizonte entre março e abril de 2006. “Foi um negócio assustador, porque boa parte das conferências aconteceram no Palácio das Artes, então, muitos chefes de Estado ficaram hospedados no Othon por conta da proximidade. O quarteirão foi fechado pra facilitar a logística, por exemplo. Só entrava no perímetro quem tinha um crachá específico”, comenta.

Marla Stempliuc, outra ex-colaboradora do BH Othon Palace à época do BID, também tem o evento como grande exemplo de trabalho árduo na ‘vida da hotelaria’. “Lembro que entrei no hotel às vésperas da abertura do BID e não consegui sair até que ele se encerrasse. Foi preciso pedir a um taxi que fosse à minha casa buscar as minhas roupas. Foi intenso, o time se entregou de corpo e alma e trabalhamos como nunca. Mas, ao final, mesmo exaustos, estávamos extremamente felizes com o trabalho em equipe que conseguimos realizar”, resgata.

O esforço descrito por Marla e Bruno apontam não só o nível de excelência do serviço prestado no Othon Place, mas um legado deixado para a cidade, que vai além de beleza e arquitetura. “São as pessoas. Todo o legado da hotelaria de Belo Horizonte passou por lá. Os grandes profissionais e a parte de treinamentos são os catalisadores dessa hotelaria moderna que a gente vê por aí”, destaca o ex-gerente. “Qual a fama do mineiro? O mineiro é hospitaleiro, receptivo. Isso vem antes da hotelaria, claro, mas, sem dúvida nenhuma, quem esteve no Othon já pensou: ‘acho que entendi o porquê’. Ali dava pra sentir o que é hospitalidade de alto padrão misturada com detalhes nossos”.

Hóspedes célebres

De fato, eventos como o BID não são comuns em Belo Horizonte e merecem espaço destacado na memória dos que colaboraram para que ele ocorresse. Marla destaca a chegada do então primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ao BH Othon Palace, que foi coberto de “bandeirinhas da China” para a recepção, e, ainda, a estadia do então presidente da Bolívia, Evo Morales, que “levou à porta do hotel dezenas de jornalistas”.

Mas a lista de hóspedes famosos do hotel vai muito além deles. Já passaram por lá: Pelé, Xuxa, Ayrton Senna, Roberto Carlos, Djavan, Gal Costa, Caetano Veloso e muitos outros. “Presidentes do Brasil, foram todos”, diz Bruno Heleno, enquanto o Livro de Ouro do edifício, que reúne as assinaturas dos visitantes mais célebres, confirma. Estiveram no BH Othon Palace os presidentes João Baptista Figueiredo, Tancredo Neves, Fernando Collor e Itamar Franco, por exemplo.

Marla relembra alguns dos encontros especiais pelos corredores do palácio. “Antes dos artistas chegarem, eu fazia a inspeção dos quartos para conferir se tudo que eles pediam estava lá. Também fazia um clipping com matérias que tinham saído nos jornais e deixava uma cartinha. Certa vez, o pessoal me ligou na recepção dizendo que a Alcione queria falar comigo. Eu subi e ela disse: ‘foi você que fez isso?’. Eu falei que sim, e ela respondeu: ‘que maravilhoso! Eu nunca recebi uma cartinha assim’”, diz a ex-assessora.

Com a cantora Pitty não deu pra se encontrar, mas a gratidão da artista foi registrada num pedaço de papel que Marla guarda com carinho.

Recado deixado por Pitty (Arquivo pessoal)

Para Bruno, no entanto, o hóspede mais célebre do BH Othon Palace foi ele mesmo. “Uma curiosidade que talvez você não saiba é que os gerentes-gerais, na maioria das vezes, moram nos hotéis”, afirma enquanto ri. Mas a história do belo-horizontino se mistura à do edifício para além do vínculo empregatício. Foi lá que ele conheceu Luiza, hoje, sua esposa. “Ela era colaboradora. Nós nos casamos e a celebração também foi lá no hotel”.

Declínio e reconstrução

Após quatro décadas de funcionamento na capital mineira, em 2018, o Grupo Othon decidiu vender o BH Othon Palace, como parte de uma estratégia de reestruturação da empresa. O dinheiro levantado seria usado para o pagamento de verbas trabalhistas e outros credores. A ideia era fazer cumprir um plano de recuperação judicial. Para Celina, arquiteta da UFMG, no final da vida, o Othon já “soava uma decadência”. “Ele já não tinha aquele serviço de qualidade, o valor da hospedagem era bem menor, os serviços de restaurante também já haviam mudado e os grandes eventos corporativos não aconteciam mais”, diz.

Três anos depois do encerramento das atividades, em agosto de 2021, o icônico empreendimento foi arrematado pela Alfa Empreendimentos Imobiliários por R$ 32,4 milhões. Pouco mais tarde, em 2024, foi anunciado o retrofit do edifício, que passará a se chamar Afonso Pena 1050, em alusão ao endereço (nome da avenida e número) onde se estabelece. A mudança é assinada pelas empresas Play Arquitetura e Ar.Lo Arquitetos e prevê apartamentos de um, dois e três dormitórios, flats e unidades de hotel.

“A opção de alterar o nome pode simbolizar, para grupos de arquitetura e empreendedorismo atuais, um jeito de desmistificar negativamente a imagem que o Othon deixou no final”, analisa Celina Borges. “É um rebranding. Uma outra lógica de habitação, articulada com os valores e as formas de encontro e lazer atuais”.

De acordo com as primeiras informações do projeto, o público terá acesso a diversas operações comerciais, como bar, café, restaurante, coworking, espaços para eventos, rooftop com a piscina, entre outros. O BHAZ contatou o grupo responsável pelo novo empreendimento, que preferiu divulgar mais detalhes “no momento certo”.

Celina vê o negócio com otimismo, principalmete se emplementadas as áreas de uso coletivo do espaço. “Que isso seja facilitado para o morador da cidade ou o indivíduo que vem de fora e procura um lugar de apoio no Centro. Que eles [empreendedores] criem um serviço de menor custo, e não de alto custo, para que essa ideia de reunião de diferentes classes sociais seja realmente articulada”, torce.

Na visão da professora da UFMG, o novo edifício Afonso Pena 1050 deve se adaptar às necessidades urbanas para que o valor histórico e social residentes ali sejam preservados. “É pensar: como eu devolvo pro Centro e para os frequentadores dele alguma gentileza? Talvez, incorporando um programa de inclusão social e de diversidade cultural, fazendo um lugar onde o uso não é medido apenas pelo poder aquisitivo”, conclui.

Conforme a Play Arquitetura e a Ar.Lo Arquitetos, as obras começarão após aprovação do projeto e trâmites legais junto aos órgãos responsáveis. A expectativa é de que o Afonso Pena 1050 fique pronto em cerca de um ano após o início da mudança. Um site com todas as informações sobre o projeto será disponibilizado em breve.

Projeto do novo Afonso Pena 1050 (Divulgação)
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