
O Bitcoin (BTC) teve uma forte recuperação após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma pausa nas tarifas para países que não retaliaram. Esse movimento reacendeu o otimismo no mercado e trouxe de volta as esperanças de um rali que poderia levar o BTC à marca de US$ 100 mil.
Em 9 de abril, o Bitcoin registrou um salto de aproximadamente 9%, apagando grande parte das perdas recentes e voltando a testar o nível de US$ 83.000.
Com esse avanço, um padrão técnico de cunha descendente pode estar próximo de ser rompido, o que abriria caminho para uma valorização ainda maior da criptomoeda.
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O padrão da cunha descendente
Um dos indicadores técnicos que mais chamam atenção no momento é o padrão de cunha descendente. Esse padrão se forma quando o preço se movimenta dentro de uma estrutura de tendência descendente delimitada por duas linhas convergentes. Quando ocorre um rompimento acima da linha de tendência superior, o preço costuma disparar.
Atualmente, o Bitcoin está se aproximando dessa linha de tendência superior, localizada perto dos US$ 83.000. Se o rompimento for confirmado, o alvo otimista para o BTC nos próximos meses pode estar próximo de US$ 100 mil.
Possíveis níveis de suporte e resistência
Caso o BTC não consiga romper essa resistência imediatamente, o mercado pode observar uma retração para níveis de suporte cruciais:
- US$ 71.100: Região próxima ao vértice da cunha descendente, onde pode ocorrer um novo teste de suporte antes de uma alta mais forte.
- US$ 65.000: Considerado um nível de suporte fundamental por métricas on-chain.
Se o rompimento ocorrer a partir da faixa dos US$ 71.100, um primeiro alvo conservador já poderia ser US$ 91.500 antes de uma corrida rumo aos US$ 100 mil.
Dados On-Chain reforçam projeção de alta
Indicadores de preço realizado
Além da análise gráfica, os dados on-chain também sustentam uma perspectiva otimista para o Bitcoin. A recuperação recente ocorreu antes de testar uma zona de suporte crítico, entre US$ 65.000 e US$ 71.000.
Essa faixa é baseada em dois importantes indicadores on-chain:
- Preço realizado ativo (US$ 71.000): Representa o preço médio pago pelos investidores ativos.
- Média real de mercado (US$ 65.000): Filtra moedas inativas, oferecendo um custo médio mais preciso.
Historicamente, o Bitcoin passa metade do tempo negociando acima dessa faixa e metade abaixo, tornando-a um termômetro essencial do sentimento do mercado.
O que dizem os especialistas?
Analistas da Glassnode apontam que a convergência desses modelos de preço destaca essa faixa como uma área crítica para os touros consolidarem suporte.
Se o preço cair significativamente abaixo desse nível, a maioria dos investidores ativos entraria no prejuízo, o que poderia afetar negativamente o sentimento geral do mercado.
O pior cenário: Bitcoin pode cair para US$ 50.000?

Nem tudo, no entanto, é otimismo. Se o Bitcoin perder o suporte entre US$ 65.000 e US$ 71.000, o cenário de alta pode ser adiado.
A perda desse nível também implicaria um rompimento abaixo da média móvel exponencial de 50 semanas (EMA de 50 semanas), que atualmente está em torno de US$ 77.760.
O papel das médias móveis no mercado de alta
A EMA de 50 semanas é considerada um suporte dinâmico crucial em mercados de alta e uma resistência significativa em períodos de baixa. Perder esse suporte poderia abrir caminho para uma correção mais profunda até a EMA de 200 semanas, localizada em US$ 50.000.
Historicamente, quebras abaixo da EMA de 50 semanas resultaram em fortes quedas, como aconteceu nos ciclos de baixa de 2019-2020 e 2021-2022. Isso significa que, caso o Bitcoin perca esse suporte, um recuo mais prolongado poderia ocorrer antes de qualquer nova tentativa de alta.
Possibilidades para o BTC no Curto Prazo
Diante desse cenário, podemos traçar três possibilidades para o Bitcoin nos próximos meses:
- Cenário otimista: Rompimento da cunha descendente e disparada rumo aos US$ 100 mil;
- Cenário neutro: O Bitcoin oscila entre US$ 71.000 e US$ 83.000 antes de definir uma nova tendência;
- Cenário pessimista: Perda da EMA de 50 semanas e queda para US$ 50.000.
Conclusão: Bitcoin está pronto para uma nova alta?

O recente alívio tarifário promovido pelo governo Trump trouxe um impulso renovado para o Bitcoin, levando a criptomoeda de volta à casa dos US$ 83.000. A formação técnica de cunha descendente e os dados on-chain reforçam a possibilidade de um rali que pode levar o BTC a testar US$ 100 mil nos próximos meses.
No entanto, a manutenção do suporte entre US$ 65.000 e US$ 71.000 será fundamental para confirmar essa tendência de alta. Se esse nível for perdido, o mercado pode enfrentar uma correção mais acentuada, possivelmente até os US$ 50.000.
Diante desse cenário, os investidores devem ficar atentos às próximas movimentações do BTC e monitorar os indicadores técnicos e on-chain para avaliar a sustentabilidade dessa alta. O Bitcoin está novamente no centro das atenções e sua trajetória nos próximos meses pode definir o tom para o mercado de criptomoedas como um todo.