
Uma nova era da conectividade móvel começa a se desenhar com o avanço da tecnologia Starlink Direct-to-Cell, que permite o acesso à internet via satélite diretamente de celulares — e sem necessidade de antenas específicas. A funcionalidade, desenvolvida pela SpaceX, empresa de Elon Musk, está em fase beta nos Estados Unidos e já é compatível com 50 modelos de smartphones.
A novidade é fruto de uma parceria entre a T-Mobile e a Starlink, e representa um marco importante no objetivo de levar cobertura de rede a áreas remotas, onde o sinal celular tradicional não alcança. Embora ainda esteja em estágio inicial, a tecnologia abre caminho para uma transformação significativa na forma como as pessoas se conectam.
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Como funciona o acesso à internet sem antena com a Starlink?

Parceria com a T-Mobile e cobertura complementar
A proposta do serviço Starlink Direct-to-Cell é simples, mas poderosa: oferecer conectividade básica diretamente do satélite ao celular, sem a necessidade de torres terrestres ou equipamentos adicionais. Isso é possível graças à infraestrutura de satélites da Starlink em órbita baixa, que consegue se comunicar com os dispositivos móveis compatíveis.
Segundo a T-Mobile, o serviço está sendo disponibilizado sem custos adicionais para os clientes da operadora e, nesta fase inicial, permite apenas o envio e recebimento de mensagens de texto, compartilhamento de localização e comunicação com serviços de emergência.
Em um comunicado, a operadora reforçou que o objetivo da tecnologia é complementar a cobertura existente, garantindo acesso à conectividade mesmo em locais totalmente isolados.
“Esta tecnologia não é para substituir as redes móveis tradicionais, mas sim para estender sua cobertura para onde ela hoje não existe”, afirmou a T-Mobile.
Quais celulares já são compatíveis com a Starlink sem antena?
A seguir, confira a lista completa dos 50 modelos de celulares que já são compatíveis com o serviço de internet via satélite da Starlink nos EUA:
Apple
- iPhone 14
- iPhone 14 Plus
- iPhone 14 Pro
- iPhone 14 Pro Max
- iPhone 15
- iPhone 15 Plus
- iPhone 15 Pro
- iPhone 15 Pro Max
- iPhone 16
- iPhone 16e
- iPhone 16 Plus
- iPhone 16 Pro
- iPhone 16 Pro Max
Google
- Pixel 9
- Pixel 9 Pro
- Pixel 9 Pro XL
- Pixel 9 Pro Fold
Motorola
- razr (2024)
- edge (2024)
- moto g stylus 5G (2024)
- moto g power 5G (2024)
- moto g 5G (2024)
Samsung Galaxy
- A35
- A36
- A36 SE
- A53
- A54
- S21 FE
- S21, Plus & Ultra
- S22, Plus & Ultra
- S23, Plus & Ultra
- S23 Fan Edition
- S24
- S24+
- S24 Ultra
- S24 Fan Edition
- S25
- S25+
- S25 Ultra
- S25+ SE
- Z Flip3
- Z Fold3
- Z Flip4
- Z Fold4
- Z Flip5
- Z Fold5
- Z Flip6
- Z Fold6
T-Mobile
- REVL 7 5G
- REVL 7 Pro 5G
Quando o serviço estará disponível para mais usuários?

Expansão global ainda sem previsão oficial
Por enquanto, a funcionalidade está restrita aos Estados Unidos e vinculada à parceria com a T-Mobile. Não há uma data oficial para a chegada da tecnologia em outros países, mas especialistas indicam que a expansão depende de acordos com operadoras locais e de ajustes regulatórios em cada região.
O plano da SpaceX é, no entanto, ambicioso. A empresa já demonstrou interesse em levar a conectividade Starlink Direct-to-Cell para outras partes do mundo, principalmente onde há baixa cobertura de rede móvel, como regiões amazônicas, áreas rurais e zonas de desastre.
O que esperar do futuro da internet via satélite em celulares?
Evolução esperada: voz e dados em breve
Segundo a T-Mobile, a intenção é que o serviço Starlink Direct-to-Cell seja ampliado gradualmente para voz e dados móveis, além de mensagens de texto. A expectativa é que, ainda em 2025, os testes com chamadas e navegação sejam iniciados.
Com isso, a tecnologia pode representar uma alternativa viável de conectividade, principalmente para profissionais que trabalham em locais isolados, como caminhoneiros, guias turísticos, pescadores e moradores de regiões afastadas dos centros urbanos.
Além disso, a funcionalidade pode se tornar um importante recurso de emergência, garantindo comunicação mesmo quando redes tradicionais falharem, como em desastres naturais ou interrupções generalizadas.
Considerações finais
O início da era dos celulares com conexão direta via satélite sem antena marca um avanço tecnológico significativo. Embora ainda limitado, o projeto Starlink Direct-to-Cell mostra o potencial de um futuro mais conectado — literalmente, em qualquer lugar do mundo.
À medida que a tecnologia evolui e mais operadoras aderem à iniciativa, é possível que, em breve, usuários em diferentes países possam contar com acesso à internet mesmo nos cantos mais remotos do planeta.
Imagem: Saulo Angelo/Thenews2/Folhapress