Ex-prefeito de cidade boliviana é preso no Acre pela Polícia Federal após pedido de extradição da Interpol


Luis Gatty Ribeiro Roca morava em Epitaciolândia há três anos e é procurado na Bolívia por crimes contra a administração pública. Ex-presidente foi encaminhado para Rio Branco, onde aguarda audiência de custódia. Gatty Ribeiro está preso em Rio Branco à espera da audiência de custódia
Arquivo pessoal/Alexandre Lima
O ex-prefeito de Cobija, capital do departamento de Pando na Bolívia, Luis Gatty Ribeiro Roca foi preso pela Polícia Federal em Epitaciolândia, interior do Acre, nessa sexta-feira (11). O Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil representou pela prisão preventiva e pediu a extradição do boliviano para o país vizinho ao Superior Tribunal Federal (STF) no último dia 4.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
O g1 apurou que Gatty Ribeiro foi preso em casa no início da manhã dessa sexta e levado para a delegacia da Polícia Federal. Ele morava em Epitaciolândia há três anos, desde quando saiu da Prefeitura de Cobija.
O preso foi trazido para Rio Branco pela PF e aguarda audiência de custódia neste sábado (12). Conforme a Polícia Federal, os detalhes da extradição devem ser decididos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Gatty Ribeiro é ex-jogador da seleção boliviana de futebol entre a década de 90 e meados de 2000. Em 2019, ganhou as eleições bolivianas e foi eleito pela força opositora Pando Unido Y Digno (PUD) com 49,1% dos votos.
Após quase dois anos na prefeitura, o ex-prefeito resolveu ir para o partido do ex-presidente boliviano Evo Morales, Movimento ao Socialismo, o que irritou seus apoiadores. Ele ficou na prefeitura até 2022. Em 2023, teve a prisão preventiva determinada pela Justiça boliviana por suspeita de corrupção na administração pública.
Ele foi incluído na lista da Interpol em julho de 2023.
No mandado de prisão preventiva, o STF destacou que Gatty Ribeiro é investigado também contra ‘crimes contra a saúde pública, previstos nos artigo 216 do Código Penal boliviano, segundo a notificação vermelha com pena máxima aplicável de 4 anos’.
Em março, foi determinada vista à Procuradoria-Geral da República (PGR), que ‘manifestou-se pela determinação de prisão cautelar para fins de extradição’ do ex-prefeito.
Reveja os telejornais do Acre
Adicionar aos favoritos o Link permanente.