Alta nos preços: saiba como economizar na compra de remédios

seucreditodigital.com.br alta nos precos saiba como economizar na compra de remedios remedios

Desde o início de abril, os brasileiros têm enfrentado mais um desafio ao cuidar da saúde: o aumento nos preços dos remédios. Autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o reajuste máximo de 5,06% já tem gerado impacto real no valor cobrado nas farmácias, com variações que extrapolam — e muito — esse percentual.

Segundo levantamento da plataforma CliqueFarma, a diferença pode atingir até 216,58%, dependendo do produto e da política comercial adotada pelas drogarias. A mudança afeta principalmente quem depende de tratamentos contínuos, exigindo atenção redobrada e estratégias eficazes para aliviar o impacto financeiro.

Leia Mais:

Caixa libera novo saque do FGTS; saiba se está na lista para receber!


Por que o aumento parece maior do que o autorizado?

Pessoa organizando uma prateleira de remédios em uma farmácia
Imagem: i viewfinder / shutterstock.com

Entendendo o Preço Máximo ao Consumidor (PMC)

De acordo com Lélio Souza, vice-presidente da Afya, o aumento autorizado incide sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC). Esse valor representa o teto que pode ser cobrado, mas não necessariamente o preço real praticado pela farmácia. Antes do reajuste, muitos produtos eram vendidos abaixo do PMC. Agora, com a atualização, há estabelecimentos que passaram a aplicar o valor máximo, o que explica os aumentos superiores aos 5,06%.

Um exemplo concreto: o anticoncepcional Gestodeno + Estinilestradiol, com 72 comprimidos, saltou de R$ 39 para R$ 67,92 — uma elevação de 74,15%. Ainda assim, está abaixo do PMC em São Paulo, fixado em R$ 93,31.


Efeitos no mercado e no bolso do consumidor

Impacto será gradual, mas inevitável

O economista Eduardo Amendola, professor da Estácio, alerta que o impacto não será sentido de forma imediata por todos os consumidores. Muitas farmácias ainda estão vendendo estoques adquiridos antes do aumento. No entanto, nas regiões com poucas opções de compra, a atualização tende a ocorrer mais rapidamente.

Além disso, fatores como inflação, variação cambial, custos de produção e promoções reduzidas também contribuem para o aumento final percebido pelo consumidor.


Por que os preços variam tanto?

Falta de reajuste negativo e influência da concorrência

Segundo Yuri Hidd, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a legislação brasileira não permite reajuste negativo nos preços dos medicamentos. A fórmula usada pela CMED para definir o percentual leva em consideração três critérios principais: a inflação, o ganho de produtividade da indústria e o nível de concorrência.

Com isso, o mercado farmacêutico brasileiro, embora regulado, apresenta grande variação de preços — o que abre margem para estratégias de economia, mas também para práticas questionáveis, como a exigência do CPF para liberação de descontos.


CPF por desconto: uma prática abusiva?

Descontos exigem dados pessoais, mas isso pode ser ilegal

Embora a cessão do CPF seja comum nas farmácias para obtenção de descontos, essa exigência pode ferir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Segundo o Idec, muitas farmácias só liberam os valores mais baixos após o cadastro dos dados do consumidor, o que tem motivado investigações e multas por parte de órgãos de fiscalização.


Dicas práticas para gastar menos na compra de medicamentos

Três montes de moedas, cada uma com uma cápsula azul e branca no topo. À volta dos montes, várias cápsulas do mesmo medicamento.
Imagem: Vitalii Stock/shutterstock.com

Aposte em alternativas mais econômicas

➤ Prefira medicamentos genéricos ou biossimilares

Com eficácia comprovada, essas versões podem custar até 80% menos do que os medicamentos de referência. A economia é significativa, especialmente para tratamentos prolongados.

➤ Utilize o programa Farmácia Popular

O governo federal ampliou a gratuidade de medicamentos no programa, que hoje oferece 41 itens — entre eles, fraldas geriátricas e absorventes. Basta apresentar receita médica e documento com foto em uma farmácia credenciada.

➤ Acesse a assistência farmacêutica do SUS

Diversos medicamentos essenciais estão disponíveis gratuitamente em postos de saúde e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive para doenças crônicas como hipertensão e diabetes.


Use a tecnologia a seu favor

➤ Compare preços online

Plataformas como CliqueFarma ajudam a localizar as melhores ofertas em tempo real, sem sair de casa. Uma simples pesquisa pode gerar uma economia de dezenas de reais por compra.

➤ Explore diferentes canais de compra

Em muitos casos, as farmácias oferecem preços mais baixos em seus aplicativos ou sites do que nas lojas físicas. Pesquisar entre esses canais pode render descontos significativos.


Participe de programas de desconto e fidelidade

➤ Cadastre-se em programas das farmácias

Redes como Pacheco, São Paulo e Venâncio oferecem descontos exclusivos para clientes cadastrados em seus clubes de fidelidade. Os abatimentos podem chegar a 20%.

➤ Considere parcerias com planos de saúde

Algumas farmácias têm acordos com operadoras de planos de saúde, permitindo que os beneficiários tenham acesso a preços reduzidos em medicamentos.

➤ Cadastre-se nos clubes de laboratórios

Muitos laboratórios oferecem descontos diretos para consumidores que realizam cadastro em seus programas. O benefício, porém, não é cumulativo com os programas de fidelidade das farmácias.

➤ Utilize ecossistemas de vantagens

Clubes como o Stix (Droga Raia e Drogasil) ou o Meu INSS+ (para aposentados e pensionistas) permitem acumular pontos e trocá-los por descontos, inclusive em medicamentos.


Não tenha vergonha de negociar

➤ Barganhe no balcão

Falar com o gerente da farmácia ainda pode render descontos extras. Leve orçamentos de concorrentes e, se for possível, compre em maior quantidade para negociar melhores condições.

Imagem: Nudphon Phuengsuwan/shutterstock.com

Adicionar aos favoritos o Link permanente.