Crédito do trabalhador: descubra como fazer empréstimo usando o FGTS

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Com o objetivo de ampliar o acesso a crédito com condições mais favoráveis, o governo federal lançou o programa Crédito do Trabalhador, que permite utilizar até 10% do saldo do FGTS como garantia para contratar empréstimos pessoais.

A novidade beneficia empregados com carteira assinada e já está disponível desde o dia 21, prometendo taxas mais atrativas e menos burocracia na contratação.

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O que é o Crédito do Trabalhador?

Crédito do Trabalhador empréstimo
Imagem: Freepik e Canva

O programa é uma nova modalidade de crédito consignado voltada para trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Com ele, o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) funciona como uma espécie de garantia adicional ao contrato de empréstimo.

A contratação é feita digitalmente, pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou diretamente com as instituições financeiras autorizadas. O sistema apresenta uma espécie de leilão de propostas, permitindo ao trabalhador comparar ofertas e escolher a mais vantajosa.

Como funciona o empréstimo com FGTS como garantia

Etapas da contratação

  1. Acesso ao aplicativo: O trabalhador entra na Carteira de Trabalho Digital (app ou site) e escolhe a opção de solicitação do crédito.
  2. Informação do valor desejado: Ele preenche o valor que pretende contratar.
  3. Análise de propostas: O sistema exibe diferentes ofertas de bancos, com taxas e prazos variados.
  4. Escolha da oferta: O trabalhador seleciona a proposta mais interessante.
  5. Desconto automático: As parcelas são descontadas diretamente do salário, via eSocial, com limite de até 35% da remuneração mensal.
  6. Acompanhamento: Após o contrato firmado, é possível acompanhar os pagamentos pelo próprio aplicativo.

Garantia adicional em caso de demissão

Além dos 10% do saldo do FGTS, o valor referente à multa rescisória de até 40%, prevista em casos de demissão sem justa causa, também pode ser usado como garantia. Isso torna o risco para o banco menor, o que, por sua vez, permite juros mais baixos.

Caso o trabalhador mude de emprego, desde que continue sob regime CLT, nada muda no contrato. Os descontos continuam a ser feitos normalmente.

Por que essa linha de crédito pode ser vantajosa?

Juros mais baixos

Como o risco para o banco é reduzido pela garantia do FGTS e da folha de pagamento, os juros cobrados são menores que os do crédito pessoal comum e, em muitos casos, até inferiores ao consignado tradicional.

Alternativa para sair do endividamento

Essa modalidade é considerada uma boa solução para substituir dívidas caras, como o rotativo do cartão de crédito ou cheque especial. A partir de 25 de abril, será possível migrar contratos já existentes com desconto em folha para essa nova modalidade, o que pode ajudar a reduzir o endividamento excessivo.

“Essa é uma excelente alternativa para quem está com dívidas caras e precisa reorganizar suas finanças”, afirma Letícia Camargo, planejadora financeira da Planejar.

Economia em imprevistos

A nova linha de crédito também pode ser uma saída para imprevistos, principalmente para quem não tem uma reserva de emergência. “É mais vantajoso recorrer ao Crédito do Trabalhador do que cair no rotativo do cartão”, complementa Letícia.

Quando essa opção não é indicada

Apesar das vantagens, nem todos devem recorrer a essa modalidade. Segundo especialistas, ela não é recomendada para aposentados que continuam trabalhando e já possuem empréstimos consignados vinculados ao benefício do INSS.

“Neste caso, é melhor continuar com o consignado da aposentadoria, que costuma ter taxas ainda menores”, orienta Letícia.

Também é fundamental ter disciplina financeira e não comprometer uma parcela grande do salário com empréstimos, o que pode gerar novos problemas de endividamento.

Como avaliar as propostas?

Fique atento ao CET

Na hora de escolher a oferta, o trabalhador deve observar o CET (Custo Efetivo Total) — indicador que mostra o valor real da dívida, incluindo todos os encargos.

“O ideal é escolher uma proposta que tenha uma taxa de juros competitiva, mas que também caiba no bolso. Comprometer a renda com parcelas elevadas pode ser perigoso”, alerta um consultor financeiro.

Use com planejamento

O uso do crédito deve ser bem pensado. Apesar de parecer uma solução simples, não é indicado utilizar essa modalidade para cobrir gastos rotineiros ou manter um padrão de vida acima do possível.

Como acessar a Carteira de Trabalho Digital

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Imagem: Julio Ricco / Shutterstock.com

Para solicitar o Crédito do Trabalhador, é necessário acessar a Carteira de Trabalho Digital. Veja o passo a passo para criar sua conta:

Cadastro no Gov.br

  1. Acesse gov.br;
  2. Informe seus dados (CPF, nome completo, data de nascimento, nome da mãe e estado de nascimento);
  3. Responda o questionário de segurança;
  4. Crie sua senha de acesso.

Acesso ao aplicativo

Após o cadastro, baixe o aplicativo “Carteira de Trabalho Digital”, disponível para Android e iOS. Se preferir, acesse via navegador no site https://servicos.mte.gov.br.

Quem já tem CPF já possui carteira digital

De acordo com a Secretaria de Trabalho, todos os brasileiros com CPF já têm uma versão digital da carteira. Para quem nunca teve vínculo empregatício formal, o documento exibirá apenas os dados pessoais.

Conclusão

O Crédito do Trabalhador é uma iniciativa inovadora que promete democratizar o acesso ao crédito com condições mais justas. Com taxas de juros menores, processo digital e uso inteligente do FGTS como garantia, a modalidade surge como uma alternativa eficiente para reorganizar dívidas ou cobrir emergências.

Contudo, como em qualquer tipo de financiamento, o uso deve ser feito com planejamento e responsabilidade. Avaliar as propostas com atenção, priorizar o CET e manter o controle sobre o orçamento são passos fundamentais para evitar o superendividamento.

Imagem: Freepik e Canva

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