O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), declarou na manhã desta terça-feira (15), que ainda não analisou o projeto de lei aprovado na Câmara que autoriza o uso de bíblias em escolas públicas e particulares como “material de apoio”.
Apesar de não ter um parecer formado pelo tema, o político fez uma ponderação que pode dar o tom da decisão de sancionar ou não a proposta.
“Uma das coisas que eu quero conversar com a Câmara é que, sobre esses projetos que não têm impacto no orçamento da prefeitura, que descida-se pela maioria. Quando eu falo que respeito a Câmara, não é só falar, mas no papel não respeitar. Tem projetos enviados pela a Câmara em que a maioria escolhe votar a favor ou contra. É respeitar essas pessoas. E, quando estes projetos vierem pra cá [prefeitura], sentar com essas pessoas e entender o porquê foi votado. Não é vetar por vetar. Não é vetar porque é da direita ou da esquerda”, declarou.
O texto aprovado em dois turnos pela Câmara prevê a possibilidade de leitura da bíblia em escolas da capital mineira para estudo de conteúdo cultural, histórico, geográfico e arqueológico.
O projeto de autoria da vereadora Flávia Borja (DC) recebeu 28 votos favoráveis, oito contrários e duas abstenções. “Não estamos trazendo como material religioso. Poderia ser, mas não é esse o objetivo. O objetivo é o enriquecimento do conteúdo dentro das escolas”, disse a parlamentar ao defender que a ideia é permitir aos professores usar o livro religioso para ensinar pontos históricos não encontrados em outras fontes.
Reunião com secretariado
O comentários de Damião sobre o tema foi feito após a primeira reunião do prefeito com todo o secretariado e coordenadores de órgãos. O encontro aconteceu nesta terça-feira (15) na sede da prefeitura.
De acordo com o chefe do Executivo, a reunião serviu para alinhar perspectivas com a equipe e explicar que cada pasta terá um plano de governo próprio. “Os assuntos mais importantes serão tema de reuniões mensais. Vamos ter metas que precisam ser cumpridas”, detalhou.
Apesar da reunião, a Secretaria de Meio Ambiente e a Fundação Municipal de Cultura ainda estão com chefes interinos. Segundo Damião, os nomes são analisados com cautela para minimizar erros.
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