
O descarte irregular de resíduos em um ribeirão no bairro Santa Luzia, em Brusque, está incomodando diversos moradores que passam próximo à rua João Batista Coelho, por conta do mau cheiro.
O forte odor seria decorrente de uma tinturaria da região. Ciente do caso, a Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema) explicou a situação.
Conforme o relato dos moradores, o cheiro é “insuportável” e que todos os vizinhos já fizeram denúncias. Sobre a condição da água, as informações são de que “ela fica escura e com espumas”.
Uma outra pessoa que não mora no local, mas que passa com frequência pela região, disse que a situação acontece há muito tempo. “Às vezes você passa lá na frente e tem cheiro de produto químico de limpeza, tipo amaciante de roupa, em outras, um cheiro bem podre”.
Fundema
Em contato com a Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema), a reportagem recebeu a informação de que a empresa da região está em processo de transição no sistema de tratamento de efluentes têxteis. “Informamos que uma empresa da região está em processo de transição no sistema de tratamento de efluentes têxteis, substituindo o método biológico convencional pelo uso de ozônio”.
“Em razão dessa mudança, pode haver a percepção temporária de odores indesejáveis, os quais deverão cessar nos próximos dias. Ressaltamos que a empresa em questão possui Licença Ambiental de Operação vigente, emitida pelo órgão ambiental estadual, Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA)”.
Ainda assim, uma equipe de fiscalização da Fundema segue acompanhando a situação. Conforme o órgão, funcionários estiveram na empresa durante a manhã da última terça-feira, 15.
“A adoção da nova tecnologia visa, entre outros benefícios ambientais e operacionais, a possibilidade futura de reutilização da água no próprio processo produtivo”, encerrou via nota.
Peixes mortos
No início do mês, na quinta-feira, 6, diversos peixes foram encontrados mortos em um ribeirão no bairro Águas Claras. O homem que fez a denúncia relatou ter visto a água com uma coloração escura. A Fundema foi acionada.
No problema envolvendo o ribeirão do bairro Santa Luzia, moradores apontaram que poderia haver indícios de que a morte dos peixes estaria relacionada ao despejo de efluentes da empresa na água, porém, a Fundema não confirmou o caso.
Sobre esta situação, o órgão menciona que foi realizada vistoria no local imediatamente após os relatos sobre mortandade de peixes, “mas não foi possível identificar lançamentos pontuais de material poluente, nem possíveis responsáveis por eventuais irregularidades”.
Ao final, a Fundema destacou que em setembro de 2024, com o objetivo de conservar os recursos hídricos, foi dado início a um projeto de monitoramento da qualidade das águas do rio Itajaí-Mirim, em conformidade com os parâmetros estabelecidos pela Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005.
“A iniciativa prevê coletas periódicas de amostras de água em pontos estratégicos do município, como principais pontes e saídas de ribeirões, para análise de diversos indicadores de qualidade. Um dos objetivos é identificar substâncias com potencial risco ao abastecimento público, correlacionando sua presença às prováveis fontes poluidoras”, finalizou.
Assista agora mesmo!
Como o atentado de 11 de setembro quase afetou abertura do Alivia Cuca, famoso bar de Brusque:
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