
A empresária e personalidade da mídia Val Marchiori enfrenta mais um capítulo conturbado em sua trajetória pública. Conhecida por seu estilo de vida luxuoso e por declarações polêmicas, a ex-participante do reality show Mulheres Ricas teve um de seus carros mais valiosos, uma Porsche Cayenne, leiloado por determinação judicial após acumular uma dívida milionária junto ao Banco do Brasil.
A decisão, que ocorreu apesar de tentativas de reverter o processo, escancara os desdobramentos legais enfrentados por celebridades endividadas e reacende o debate sobre a efetividade da justiça no cumprimento de sentenças civis.
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Dívida milionária e ação do Banco do Brasil
O processo contra Val Marchiori foi movido pelo Banco do Brasil, que buscava reaver uma quantia expressiva não paga pela empresária. A instituição financeira iniciou uma ação de execução, que culminou no bloqueio e posterior leilão de bens da devedora. Entre os ativos, a Porsche Cayenne foi um dos mais valiosos e de maior visibilidade no processo.
Apesar das investidas jurídicas da defesa de Val para tentar suspender o leilão, o juiz responsável pelo caso foi categórico ao afirmar que os prazos legais foram respeitados e que não houve qualquer irregularidade que justificasse a anulação do procedimento.
Recurso rejeitado pela Justiça
No dia 24 de março, Val Marchiori ingressou com um recurso na Justiça, alegando supostas falhas no processo de leilão. Segundo seus representantes legais, houve desrespeito aos prazos processuais, além de erros terminológicos que poderiam comprometer a validade do ato. No entanto, no dia 7 de abril, o juiz da causa julgou improcedente o recurso e confirmou a legalidade da arrematação.
“O procedimento respeitou os trâmites legais e os prazos estabelecidos”, pontuou o magistrado em sua decisão, encerrando as possibilidades de reverter a alienação judicial do veículo.
Novo obstáculo: bloqueios judiciais em série
Comprador da Porsche enfrenta entraves
A reviravolta, no entanto, não parou por aí. Dois dias após a decisão judicial que manteve o leilão, o novo proprietário da Porsche Cayenne — arrematante do bem — passou a enfrentar dificuldades para transferir o veículo para seu nome. Isso porque o automóvel estava registrado com dois bloqueios judiciais provenientes de outros processos em que Val Marchiori também figura como ré.
O comprador solicitou judicialmente a derrubada dos impedimentos para usufruir do bem adquirido. Em decisão favorável, o juiz da 16ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo determinou, no dia 10 de abril, o cancelamento dos bloqueios, liberando o veículo.
Leilão insuficiente para saldar a dívida

Novos bloqueios à vista
Mesmo com a alienação do veículo de luxo, a dívida total de Val Marchiori com o Banco do Brasil não foi completamente quitada. O valor arrecadado com o leilão da Porsche foi considerado insuficiente para cobrir o montante devido. Por isso, outros bens da socialite podem vir a ser bloqueados nas próximas etapas do processo.
Essa possibilidade mantém a empresária sob constante vigilância judicial, com o risco de novas perdas patrimoniais a qualquer momento.
Celebridades e o peso das dívidas na Justiça
O caso de Val Marchiori joga luz sobre um tema recorrente na Justiça brasileira: o enfrentamento do inadimplemento por parte de figuras públicas. Muitas vezes, personalidades que ostentam riqueza e prestígio social acabam enfrentando dificuldades para manter seus compromissos financeiros, levando a processos complexos e desgastantes.
Além disso, o episódio reacende o debate sobre a transparência dos processos judiciais envolvendo figuras públicas. A ampla cobertura midiática de casos como esse tende a evidenciar o impacto das decisões judiciais na imagem dos envolvidos, o que pode gerar consequências diretas para suas carreiras e reputações.
O futuro de Val Marchiori após o leilão
Imagem pública e estratégias jurídicas
Val Marchiori, que construiu uma imagem de mulher bem-sucedida e sofisticada na mídia brasileira, tem agora o desafio de gerenciar sua reputação diante da exposição negativa do processo. A empresária ainda não se manifestou publicamente sobre o resultado do leilão e o indeferimento do seu recurso.
Especialistas em direito civil avaliam que, diante da firmeza das decisões judiciais até agora, as chances de reversão são mínimas. “É uma situação difícil, principalmente quando já há decisões de mérito que confirmam a legalidade do leilão e do procedimento de arrematação”, explica o advogado Rafael Mota, especialista em execução judicial.
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