
A administradora de shoppings Iguatemi S.A. (BOV:IGTI11) anunciou na terça-feira (22) a aprovação da distribuição de R$ 200 milhões em dividendos referentes ao exercício social encerrado em 2024. A medida reforça o compromisso da companhia com a geração de valor aos acionistas e ocorre em um momento em que o setor de shopping centers mostra sinais de recuperação após anos de volatilidade no varejo.
Dos R$ 200 milhões aprovados, R$ 50 milhões já foram pagos em 6 de março de 2025, e o restante — R$ 150 milhões — será depositado em três parcelas de R$ 50 milhões cada, nas seguintes datas: 30 de abril, 30 de julho e 30 de outubro de 2025.
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Quem tem direito aos dividendos?
Data de corte e negociação ex-dividendos
A Iguatemi informou que a data de corte para recebimento das parcelas restantes foi o dia 17 de abril de 2025. Isso significa que tiveram direito aos dividendos todos os acionistas que possuíam ações da companhia até essa data.
A partir de 22 de abril, as ações da Iguatemi passaram a ser negociadas ex-dividendos, o que significa que os novos compradores não terão direito aos pagamentos futuros já anunciados.
Entendendo a lógica do ex-dividendos
Essa prática é comum no mercado financeiro e garante clareza sobre quem tem ou não direito ao provento. Ao comprar a ação após a data ex, o investidor não recebe os dividendos daquela distribuição específica, mas continua elegível para futuras remunerações, conforme novas deliberações da companhia.
Calendário completo dos dividendos da Iguatemi em 2025
Parcela | Valor (R$) | Data de pagamento |
---|---|---|
1ª | 50 milhões | 06 de março de 2025 |
2ª | 50 milhões | 30 de abril de 2025 |
3ª | 50 milhões | 30 de julho de 2025 |
4ª | 50 milhões | 30 de outubro de 2025 |
Total distribuído: R$ 200 milhões
A distribuição expressiva reforça o posicionamento da Iguatemi como uma das principais players do segmento de shoppings premium, além de refletir o bom desempenho operacional em 2024.
Impacto dos dividendos no valor das ações
Ajuste automático no preço das cotas
Com a divulgação de proventos, é comum ocorrer uma redução proporcional no valor da ação no primeiro dia útil após a data de corte, refletindo o pagamento do dividendo. Esse movimento é automático e técnico, não devendo ser confundido com uma queda real no desempenho da empresa.
Expectativa do mercado
Apesar do desconto momentâneo, investidores de perfil voltado à renda veem os dividendos como uma das principais formas de retorno no longo prazo, especialmente quando aplicados em empresas com histórico consistente de pagamento — caso da Iguatemi.
Iguatemi: performance e posicionamento no setor

Foco em shopping centers premium
A Iguatemi é reconhecida por operar empreendimentos de alto padrão, como o JK Iguatemi, Shopping Iguatemi São Paulo, Shopping Iguatemi Campinas, entre outros. A estratégia da empresa foca em atrair marcas de luxo, promover experiências diferenciadas e fortalecer o consumo das classes A e B.
Resultados financeiros em 2024
Embora o resultado completo ainda não tenha sido divulgado detalhadamente no comunicado, a distribuição robusta de dividendos sugere um bom desempenho financeiro da companhia em 2024, com geração de caixa suficiente para remunerar seus acionistas de forma atrativa.
Projeções para 2025
Analistas apontam que o setor de shoppings tende a continuar em recuperação, beneficiado por uma eventual queda na taxa Selic, maior circulação de pessoas nos centros urbanos e a retomada do consumo presencial. A Iguatemi, por seu posicionamento estratégico e perfil resiliente, está entre as empresas favoritas nesse movimento.
O que considerar antes de investir em ações que pagam dividendos

Vantagens
- Renda passiva recorrente, especialmente interessante para investidores de longo prazo.
- Indicação de saúde financeira da empresa, que distribui parte dos lucros.
- Potencial de reinvestimento dos proventos, gerando juros compostos no tempo.
Riscos e cuidados
- A distribuição de dividendos não é garantida e depende dos lucros da companhia.
- O recebimento de proventos pode ser tributado em certas condições, como no caso de juros sobre capital próprio (JSCP).
- Fatores externos, como crises econômicas, podem impactar a capacidade da empresa de manter o pagamento regular.
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