Nando Reis prepara maratona de shows em BH e comenta novo disco: ‘muita gratificação’

“Eu gosto de trabalhar”, diz Nando Reis ao BHAZ. “Ontem eu estava conversando com a Vânia (esposa do compositor) e falei ‘nossa, acho que eu sou viciado em trabalhar’”. A afirmação ganha legitimidade frente ao calendário apertado do paulista: em 20 de setembro último, Nando estreou em Macapá (AP) a turnê homônima do seu mais novo disco de inéditas, “Uma Estrela Misteriosa Revelará o Segredo”; pulou para Belém (PA) no dia seguinte (21) e foi à Manaus (AM) no outro (22). Agora, o artista chega a BH para compromisso triplo: show exclusivo no bar do Hotel Fasano, na quinta (26), no festival 2000 Rock Fest, no sábado (28), às 13h, e no Palácio das Artes, horas depois.

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“Antes de tudo, entendo que eu tenho o privilégio de poder trabalhar com uma coisa que eu gosto”, destaca Nando. “Alia desgaste, demanda, esforço, mas com um retorno de muito prazer, de muita gratificação”, completa. E a remuneração do trabalho – que, por definição, engloba mais do que o retorno financeiro – é estampada em cada fala do compositor sobre o novo disco. Dividido em quatro partes, incluindo uma bônus, o projeto é composto por 30 faixas inéditas e traz parcerias com músicos do Pearl Jam, Guns N’ Roses e Nirvana. Também é considerado o mais ambiciosa de sua carreira, segundo Nando. “Na minha profissão, é preciso estar em movimento”, aponta.

A vitalidade do artista serve de inspiração até para novas gerações. “Eu tenho 61 anos mas tô muito melhor do que eu estava aos 51”, diz. Ainda assim, conciliar trabalho e vida pessoal segue sendo “uma trabalheira”, nas palavras do artista. “Cada um de nós tem que administrar a gama de desejos, de possibilidades que nos assolam, motivam, inquietam”, afirma. “Eu sou uma pessoa inquieta. Por outro lado, tenho uma crença, confirmada pela minha experiência, de que trabalho gera mais trabalho”.

Estrela misteriosa

Composto de músicas “de várias épocas”, o novo disco de Nando Reis apresenta um elo fundamental evidente entre as faixas: ele próprio. “O fato de todas as músicas serem de minha autoria já dá a elas uma unidade”, explica. Mas não só. Também a banda foi a mesma na gravação de três quartos do álbum, o que, nas palavras de Nando, firma um elo ainda melhor. “Eu acho que se você tem um suporte único, com a mesma timbragem, você evidencia mais a unidade e a distinção de cada composição. As pessoas tendem a achar que elas ficam parecidas, e eu acho que é o contrário”, tece.

A explicação antecipa a visão de Nando sobre a quarta parte do projeto, “Revelará o Segredo”, ser, além de tudo, um disco extra. “Porque ele foi gravado em Seattle com outros músicos”, aponta. “É claro que ele se relaciona (com as partes anteriores), porque sou eu, o mesmo produtor, a mesma pessoa que mixou, as composições são minhas, mas aí há uma distinção. É um corrente com um elo a menos”, brinca.

Perguntado sobre o segredo a ser revelado, Nando rebate que “por definição, ele não se elucida”. “Como diz o gênio, o mestre Gilberto Gil, ‘mistério sempre há de pintar por aí’, resgata. “Acabei de decidir. Eu vou ter essa frase na minha lápide”, ri. “A estrela misteriosa revelará o segredo, isso quer dizer, algo que estava oculto. E cada um se relacionará com isso de uma forma única. Pessoalmente você pode até achar que o segredo foi revelado, mas ao alheio, ao outro, ele nunca saberá, sempre permanecerá em segredo o mistério do pensamento”.

Afinidades

Antes de embarcar rumo à capital mineira novamente – nos últimos tempos, Nando Reis visitou Belo Horizonte junto dos Titãs, do duo Anavitória e solo, em momentos diversos –, o artista comenta a afinidade com o público local. “É um ponto muito frequente. Desde sempre eu vou a BH. Minas Gerais também, né? É um estado enorme. Não sei dizer ao certo, mas talvez seja o estado onde eu mais tenha me apresentado. Se não for o primeiro, tá entre os dois”, aposta.

O compositor toma cuidado para não ser redutor na fala. “Eu não vou dizer ‘ah, Belo Horizonte é assim, o público mineiro…’. Eu não gosto disso, acho impreciso. Tende a achar que Minas é uma coisa só e que todos os mineiros são iguais. Não”, destaca. “Mas Minas, no geral, é incrível. Eu fico feliz de ir sempre, ter público, passar três dias, curtir a cultura”.

Nando revela, ainda, os permenores que o fascinam em Minas. “Eu gosto do sotaque, das expressões idiomáticas… isso eu posso dizer que é comum! Eu adoro, gosto de tocar aí, me sinto super bem recebido”, finaliza.

Nesta quinta-feira (26), o Baretto, bar do Hotel Fasano, recebe Nando Reis para show intimista e com ingressos esgotados. No sábado (28), o artista divide espaço com Detonautas, Pitty, Raimundos e companhia na lineup do 2000 Rock Fest, cujos ingressos estão à venda pelo Ingresse. Também no sábado, às 21h, o mesmo Nando sobe ao palco do Palácio das Artes. Os bilhetes disponíveis para o show da nova turnê são poucos, no Eventim.

Então se liga!

Maratona de Nando em BH

Baretto, no Hotel Fasano
Data: quinta (26), 20h
Ingressos esgotados

2000 Rock Fest
Local: Mineirão
Data: sábado (28), a partir das 13h
Ingressos: a partir de R$ 165, no Ingresse

Turnê ‘Uma Estrela Misteriosa’
Local: Palácio das Artes
Data: sábado (28), às 21h
Ingressos: a partir de R$ 110, no Eventim

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