Bar office no desafio dos 100 bares

Por motivos racionais e sensatos, mas que não serão expostos no momento, a Day e eu resolvemos mudar um pouco as coisas: Até o fim do ano, o Um Bar por Semana vai virar “Um Bar por dia”.

Tudo bem que a frequência de visitas há muito já superava um por semana, mas um por dia era fronteira ainda não cruzada. Começamos no dia 23 de setembro e postaremos no total 100 bares, encerrando precisamente no dia 31 de dezembro. Um por dia, incluindo natal, réveillon e sem repetir lugares que já postamos.

Dediquei um tempo para pensar como isso encaixaria na minha rotina. Em dias de trabalho externo, não é muito difícil pensar em desviar o caminho e parar em um bar para conhecer. Mas em muitos dias, trabalho de casa. Nestes, tive a brilhante (ou não) ideia de trabalhar algumas horas no próprio bar. Um Bar Office, que no meu caso, significa levar o computador e tentar concentrar.

De certa forma, trabalhar em bar não é coisa nova. Quando estamos fazendo resenha de um estabelecimento, estamos trabalhando. Acho que a estranheza da coisa é caderno, caneta e computador. Gente mergulhada em uma tela de celular, tem aos montes nos bares, mas no notebook eu mesmo nunca tinha visto.

Claro que alguns dias podemos usar o cheat de conhecer o bar na hora do almoço. Mas fazer isso com frequência prejudica o projeto, visto que a experiência no almoço costumar ser completamente diferente dos outros horários. Então o necessário seria ir ao bar no fim de tarde/noite, munido de computador e intenção de foco. Gravar, matar as outras tarefas do dia e torcer pelo melhor.

Ir a um bar sozinho já é normal para mim, mas abrir o notebook DO NADA é muito estranho. O garçom não sabe se sou um agente da lei, os clientes querem julgar, mas não sabem exatamente pelo que, os motoristas trafegam num misto de perplexidade e inveja e eu, por prestar atenção nisso tudo, não produzo nada na primeira meia hora.

Descobri que precisava tirar algumas coisas da frente para começar: Sem decidir o que eu iria comer eventualmente, a mente sempre voltava ao cardápio e se perdia nas opções. Entendi também que era melhor já ceder à tentação da cerveja. Acabei nem bebendo muito, mas o fato de poder beber se quisesse, já aliviou a pressão. Outra boa ideia foi não sentar nas mesas da calçada, visando reduzir exposição aos múltiplos estímulos. Tentei por fim um fone de ouvido. Pareceu funcionar, mas a bizarrice pareceu tão grande que a ideia foi deixada de lado.

No final das contas acho que o que eu precisava mesmo era me acostumar comigo. Depois da primeira hora a coisa foi e pareceu não mais voltar. Reconheço que no bar não encontrei meu apogeu da produtividade, mas achei caminhos que viabilizaram cumprir algumas tarefas. O importante é entregar o desafio dos 100 dias sem danos irreversíveis.

Nota mental: Trabalhar em bares que não tem TV. Especialmente em dia de jogo do Real Madrid

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