Pulseiras ‘bate enrola’ são proibidas de serem vendidas em SC após acidentes; entenda a decisão

Uma operação liderada pelo Procon SC (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de Santa Catarina) resultou na apreensão de diversos brinquedos irregulares em mais de 40 municípios catarinenses. Entre eles estão as pulseiras “bate enrola” por conta de recentes acidentes com crianças no estado.

Pulseiras 'bate enrola' foram apreendidas em ação nesta quinta-feira (26) em Santa Catarina

Pulseiras ‘bate enrola’ foram apreendidas em ação nesta quinta-feira (26) em Santa Catarina – Foto: Osvaldo Sagaz/Secom/Reprodução/ND

A ação, segundo o Procon SC, partiu de uma denúncia da influenciadora Karla Silva, de Florianópolis, cujo filho teve a boca rasgada por uma dessas pulseiras. O intuito da operação é proibir a venda do produto e evitar que o objeto cause danos ao público infantil, principalmente por conta da proximidade com o Dia das Crianças.

A ação foi realizada em cooperação com o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e a Polícia Civil de SC.

O que são as pulseiras “bate enrola”

As pulseiras “bate enrola” fizeram grande sucesso com o público infantil nos anos 80 e 90. Elas consistem em uma fita de metal revestida de plástico que, ao ser “batida” contra o pulso, enrola-se sozinha.

Em entrevista ao Balanço Geral SC, a diretora do Procon SC Michele Alves alertou que o metal possui pontas cortantes e o plástico que o reveste não garante a segurança do brinquedo.

“Esse plástico é muito frágil. [O brinquedo] vem em uma caixinha, cujo preço é R$ 2, sem nenhuma informação sobre o produto, o que é totalmente irregular pela legislação vigente”, explicou a diretora.

Diretora do Procon SC também alerta para a comercialização das pulseiras pela internet

Diretora do Procon SC também alerta para a comercialização das pulseiras pela internet – Foto: Internet/Reprodução/ND

A diretora do Procon SC também afirmou que o órgão irá solicitar ao Ministério Público de Santa Catarina para tomar providências sobre a comercialização feita na internet.

Segundo a diretora, as pulseiras “bate enrola” ainda são comercializadas e são adquiridas, inclusive por pais e responsáveis, para que as crianças brinquem com elas.

“Parece um produto inofensivo, mas é muito comum, nas lembrancinhas de festas de aniversário, a criança receber com o nome. Tem outros que têm personagens, o que acaba chamando a atenção das crianças, se for personagem infantil”, complementa Michele.

Operação continuará nos próximos dias

A operação deverá apreender as pulseiras “bate enrola” comercializadas em todo o estado. Segundo o Procon SC, os produtos ficarão retidos na própria loja e os fornecedores terão um prazo de 30 dias para adequar as pulseiras às conformidades de rótulo.

Com a readequação, o comerciante pode voltar a vender o objeto. Se reincidir na venda sem as especificações obrigatórias, o Procon SC pode autuar o estabelecimento pela infração.

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