
Roer as unhas é um hábito que, na maior parte das vezes, está ligado a fatores de ansiedade. Tratamento é multidisciplinar. Além de, esteticamente, não ser tão legal, roer as unhas pode fazer mal a saúde — há riscos de inflamação na cutícula e até infecção por bactérias e fungos que encontram, aí, uma porta de entrada para o organismo.
Oficialmente, o hábito é chamado de onicofagia. Os motivos levam as pessoas a viciarem nisso podem depender da idade.
“Quando criança, a tendência maior é que ela tenha algum problema, ou que houve algum distúrbio, naquela fase do desenvolvimento oral, psicológico, dela de chupar os dedos. Então pode ter tido realmente, ali, uma alteração.”
“E, mais tarde um pouquinho, na pré-adolescência, na idade adulta, é pela ansiedade mesmo.”
Imagem ilustrativa mostra as unhas das mãos de uma mulher
Sarah Cervantes/Unsplash
“Roer a unha, comer a unha alivia a tensão. Por isso [a pessoa] mantém [o hábito].
Tem ainda aqueles que, além de roer, comem a unha. Um problema que pode ser ainda pior, já que pode gerar um trauma interno — além claro, das sujeiras que podem estar incrustradas nela.
“Você pode arranhar a parte do esôfago, você pode arranhar a parte da do estômago. Então isso pode gerar, realmente, uma uma alteração gastrointestinal nesse paciente.”
Acha que acaba aí? Não… Depois de roer a unha até o limite, há, ainda, quem coma as pelinhas laterais.
“Pode entrar uma bactéria naquele local. E aí vai ter um processo inflamatório, infecioso, podendo gerar pus, secreção…. Pode precisar de antibiótico, o que complica o quadro.”
Passar pimenta?
Para além do tratamento com profissionais de saúde específicos de cada caso, Leverone explica que é até possível que passar alguns tipos de esmaltes recomendados por dermatologistas, mas que o tratamento, de fato, precisa ser na cabeça.
No caso de crianças e adolescentes, é ainda mais importante que os pais estejam atentos ao que está por trás desse comportamento — dificuldades na escola, com colegas, problemas de relacionamento, tensão com o vestibular…
“Mas assim, sinceramente, não alivia, porque o ato de comer a unha é compulsivo. Então ele vai continuar comendo mesmo que seja amargo. Ele vai se adaptar ao gosto amargo”, complementa Leverone.
Ouça a íntegra do episódio para aprender mais sobre o tema.
Arte/Bem Estar